quarta-feira, 15 de outubro de 2025

São Francisco de Assis: O Pedagogo.

São Francisco de Assis, o Pedagogo: Uma Leitura Protestante da Sabedoria Franciscana

> “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração.” (Mateus 11:29, NAA)

Entre os muitos títulos dados a São Francisco de Assis — o Pobrezinho de Cristo, o Amigo das Criaturas, o Santo de Assis — poucos percebem o quanto ele foi, acima de tudo, um pedagogo espiritual. Não no sentido formal da educação, mas como mestre da alma e formador de consciências. Sua vida tornou-se uma verdadeira escola do Evangelho, onde cada gesto, palavra e silêncio ensinavam algo sobre o discipulado de Cristo.


1. A pedagogia da conversão

As Fontes Franciscanas, particularmente o Testamento, revelam que Francisco não começou sua vida como santo, mas como alguém profundamente educado pelo Espírito Santo por meio da dor e da revelação. Ele confessa:

> “O Senhor deu a mim, Frei Francisco, a graça de começar a fazer penitência; pois, como eu vivia em pecados, parecia-me muito amargo ver os leprosos; e o Senhor mesmo me conduziu entre eles e usei de misericórdia com eles. E quando me afastei deles, o que me parecia amargo se converteu em doçura de alma e de corpo.”
(Testamento, 1-3; Fontes Franciscanas [FF] 110)


Nesse testemunho, vemos o método pedagógico de Deus na vida de Francisco: a transformação pelo encontro. Deus não o educou por discursos, mas pela experiência concreta da misericórdia. Assim como Jesus educou seus discípulos na convivência e no serviço, também Francisco foi formado na escola do sofrimento e da compaixão.


2. O ensinamento pelas obras

Muitos atribuem a São Francisco a frase: “Pregai o Evangelho em todo tempo; se necessário, use palavras.”
Contudo, estudos críticos e edições das Fontes Franciscanas (incluindo Speculum Perfectionis e Fioretti) mostram que essa citação não aparece literalmente em nenhum escrito autêntico de Francisco. Ela é, na verdade, uma paráfrase moderna inspirada por um princípio que ele realmente escreveu em sua Regra não Bulada (1221):

> “Omnes tamen fratres operibus praedicent.”
— “Que todos, porém, os irmãos preguem pelas suas obras.”
(Regula non bullata, cap. XVII, v. 3; FF 45)

Aqui encontramos o verdadeiro coração da pedagogia franciscana: o testemunho silencioso, o ensino pelo exemplo, a coerência entre fé e vida. Francisco não opunha palavra e ação — ele as unia no mesmo movimento do Espírito, onde a pregação se torna vida encarnada.

Para nós, protestantes, esse princípio encontra eco em Tiago 1:22 — “Sede praticantes da palavra, e não somente ouvintes.” Assim, o pedagogo de Assis nos recorda que o Evangelho mais convincente é aquele que se torna visível no comportamento dos redimidos.


3. A pedagogia da humildade

O Fioretti — as “pequenas flores” da tradição franciscana — registram que Francisco via a humildade como a base de toda formação espiritual. Numa passagem marcante, lê-se:

> “Um dia, disse o bem-aventurado Francisco: ‘Tens certeza, irmão, de que sabes o que é ser verdadeiramente humilde? É quando, diante das injúrias e dos insultos, permaneces alegre por amor de Cristo.’”
(Fioretti, cap. VI; FF 1843)

Trata-se de uma pedagogia do Calvário: aprender o amor na humilhação, a paciência na ofensa, a alegria na cruz.
A humildade não era para Francisco uma teoria moral, mas um exercício prático da fé — uma escola do coração moldada pelo Espírito Santo.


4. Uma leitura protestante da pedagogia franciscana

Para os teólogos protestantes, especialmente na tradição metodista e reformada, a santificação é também um processo pedagógico.
John Wesley chamava esse processo de “school of Christ” — a escola de Cristo. Ele escreveu:

> “A santidade não é recebida num instante, mas aprendida pela convivência com o Santo. Cristo é nosso Mestre, e nós, seus alunos.”
(Sermon 85: On Working Out Our Own Salvation, Works of John Wesley)



Aqui, Francisco e Wesley se encontram: ambos acreditam que a vida cristã é um aprendizado contínuo de amor.
Enquanto Wesley falava do “caminho da perfeição cristã”, Francisco vivia a “vida de penitência”, ambas expressões da mesma pedagogia divina — o discipulado que nos conforma à imagem de Cristo.


5. Conclusão: o educador do coração

São Francisco de Assis não escreveu tratados teológicos, mas sua vida foi um catecismo vivo.
Ensinou com os pés descalços, com as lágrimas e com o cântico.
Sua escola não tinha paredes, mas campos e praças; não tinha livros, mas gestos e orações.

Em tempos de erudição sem piedade e de fé sem prática, sua pedagogia é um apelo à coerência evangélica.
O protestante que contempla Francisco pode, sem idolatria, reconhecer nele um educador do discipulado, alguém que nos recorda que aprender Cristo é o maior de todos os saberes.

> “O verdadeiro saber é amar a Deus.”
(Admoestação 27; FF 178)

E quem melhor do que Francisco para ensinar essa lição que nenhum diploma concede, mas que o Espírito Santo grava no coração?



Referências Primárias (Fontes Franciscanas)

Regula non bullata (1221), cap. XVII, 3 – “Omnes tamen fratres operibus praedicent.” (FF 45).

Testamento de São Francisco – vv. 1-3 (FF 110).

Admoestações, n. 27 (FF 178).

I Fioretti di San Francesco, cap. VI (FF 1843).

Speculum Perfectionis — não contém a frase “Pregai o Evangelho em todo tempo...”, confirmando a misatribuição.


Referências Secundárias

Francis of Assisi: Early Documents, ed. Regis J. Armstrong, J. A. Wayne Hellmann, William J. Short (New York: New City Press, 1999–2001).

Franciscan Media, “Did St. Francis Really Say That?” (2023).

The Gospel Coalition, “FactCheck: Preach the Gospel, If Necessary Use Words.” (2020).

Aleteia, “St. Francis Never Said ‘Preach the Gospel, Use Words if Necessary’.” (2018).

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O Dia da Morte se São Francisco de Assis. de protestante para protestante.

O Dia da Morte de Francisco de Assis – 04 de outubro de 1226

Uma reflexão protestante para protestantes

No dia 4 de outubro de 1226, em Assis, na Itália, faleceu um dos cristãos mais conhecidos da história da Igreja: Francisco de Assis. Ainda que pertença ao período medieval e esteja ligado a tradições que depois a Reforma Protestante questionaria, sua vida permanece como um testemunho inspirador para todos os que seguem a Jesus Cristo.

Francisco não foi um reformador no sentido doutrinário, mas foi um homem que, em meio a um cristianismo institucionalizado e muitas vezes corrompido pelo poder e pela riqueza, buscou viver de modo simples, tomando o evangelho ao pé da letra. Ele acreditava que, se Cristo é Senhor, então a vida do discípulo deve refletir essa realidade em humildade, compaixão e obediência.

Quando lembramos o dia de sua morte, não o fazemos para venerar um santo, mas para recordar que Deus levanta testemunhas em todas as épocas. Francisco morreu cantando salmos, entregando-se ao Senhor, como quem desejava que a sua vida fosse toda uma oração. Sua última atitude foi a de confiança plena em Cristo — e este é o exemplo que permanece para nós.

A Escritura nos ensina:

> "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." (1Co 11.1)



Nesse sentido, a lembrança de Francisco nos convida a não imitarmos homens por si mesmos, mas a observar como homens e mulheres, em sua fraqueza, podem espelhar o evangelho. Francisco nos lembra que a vida cristã não é acumular títulos, mas seguir o Cordeiro de Deus em simplicidade.

No dia 04 de outubro, quando recordamos sua partida, que possamos pensar não em tradições humanas, mas naquilo que é eterno:

a necessidade de viver com humildade diante de Deus,

o chamado para servir aos pobres e marginalizados,

e a urgência de viver cada dia como peregrinos neste mundo, aguardando a Cidade Celestial (Hb 13.14).


Francisco morreu em 1226, mas o Cristo que ele buscou seguir continua vivo e reinando. E é a esse Senhor que prestamos culto e a quem devemos obediência.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Visio Divina com Ícone de Francisco de Assis



Vamos fazer a visio divina deste ícone de São Francisco de Assis. A prática da visio divina é semelhante à lectio divina, mas em vez de meditarmos na Palavra escrita, contemplamos a Palavra revelada através da imagem sagrada. É um caminho de oração que envolve ver, meditar, orar e descansar em Deus.


1. Ver (Visio)

Olhamos atentamente a imagem.

  • São Francisco aparece de hábito simples, marrom, sinal de pobreza e desapego.
  • Ele segura um livro com uma cruz dourada: o Evangelho, sua regra de vida.
  • Na outra mão, um pássaro pousa, recordando sua fraternidade com toda a criação.
  • O rosto é sereno, mas marcado por austeridade e profundidade interior.
  • As mãos exibem as marcas dos estigmas de Cristo.
  • Ao redor, flores, pássaros e montanhas: o universo reconciliado, em paz com Deus.
  • Atrás da cabeça, o halo dourado mostra a luz da santidade.

2. Meditar (Meditatio)

Que mensagem esta imagem comunica?

  • Pobreza e Evangelho: Francisco aponta para Cristo como centro, vivendo o Evangelho em simplicidade.
  • Fraternidade cósmica: os pássaros lembram o “Cântico das Criaturas” – toda a criação louva ao Criador.
  • Identificação com Cristo: os estigmas em suas mãos dizem que sua vida foi tão unida a Cristo que carregou em si os sinais da cruz.
  • Serenidade: o rosto transmite paz profunda, fruto de uma vida entregue a Deus.

Perguntas para o coração:

  • Como eu acolho a simplicidade evangélica no meu cotidiano?
  • Vejo a criação como irmã, louvando a Deus junto comigo?
  • Onde a cruz de Cristo se manifesta em minha vida, transformando dor em amor?

3. Orar (Oratio)

Do coração, brota a oração:

Senhor Altíssimo e Bom,
que deste a São Francisco um coração pobre,
faze-me também livre dos excessos,
contente apenas com a Tua graça.

Que eu veja na criação não coisas a consumir,
mas irmãos e irmãs a respeitar.

Dá-me, ó Cristo crucificado,
coragem para abraçar minhas feridas,
transformando-as em fontes de vida,
como Francisco recebeu os Teus estigmas.

Ensina-me a viver em paz,
simples e cheio de alegria no Espírito Santo.
Amém.


4. Contemplar (Contemplatio)

Agora permanecemos em silêncio diante da imagem. Não mais analisamos nem falamos: apenas deixamos que a presença de Deus, refletida no ícone, penetre no coração.

  • O olhar de Francisco nos chama à simplicidade.
  • O pássaro repousando nos lembra que no coração que confia, até a criação encontra abrigo.
  • O halo dourado nos recorda que todo ser humano é chamado à santidade.

 

Conclusão:

Assim, este ícone se torna não apenas arte, mas uma janela para o divino. Ele nos convida a viver como Francisco: com o Evangelho nas mãos, as chagas de Cristo no corpo e a criação como irmã.



sábado, 20 de setembro de 2025

São Francisco de Assis e o Valor das Escrituras Sagradas

Irmã Marisa, oesi, lendo o Salmo Responsorial. 

São Francisco de Assis e o Valor das Escrituras Sagradas

Introdução

A história da espiritualidade cristã está marcada por homens e mulheres que, em diferentes épocas, redescobriram a centralidade da Palavra de Deus. No século XIII, em meio a um cristianismo medieval frequentemente marcado por tensões entre riqueza e pobreza, poder e simplicidade, surge a figura de São Francisco de Assis (1181/82–1226). Sua vida não foi apenas um testemunho de desapego e fraternidade, mas, sobretudo, de obediência radical às Escrituras Sagradas.

As fontes primitivas franciscanas testemunham que Francisco não quis fundar uma ordem baseada em sua própria criatividade, mas apenas “viver segundo a forma do santo Evangelho” (Regra não bulada, 1,1). Tal princípio mostra que para ele a Escritura não era um texto a ser apenas lido ou interpretado, mas um caminho de vida a ser encarnado. Sua herança foi transmitida não só pela prática dos frades menores, mas também pela tradição intelectual franciscana, que buscou unir o ardor da experiência evangélica à reflexão teológica.


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Francisco e a Palavra como Regra de Vida

As biografias iniciais de São Francisco deixam claro que sua conversão foi profundamente bíblica. Tomás de Celano, em sua Vita Prima (1228–1229), narra que Francisco, ao ouvir o Evangelho da missão dos discípulos (Mt 10,7-10), exclamou: “Isto é o que eu quero, isto é o que eu procuro, isto é o que eu desejo fazer de todo o coração” (1Cel 22). Esse episódio mostra como a Escritura se tornou para ele norma imediata de existência, não objeto distante de estudo, mas Palavra viva que convoca e transforma.

No seu Testamento, escrito pouco antes da morte, Francisco reforça a mesma convicção: “E depois que o Senhor me deu irmãos, ninguém me mostrava o que eu deveria fazer, mas o próprio Altíssimo me revelou que eu devia viver segundo a forma do santo Evangelho” (Test 14). Aqui aparece a centralidade da Escritura como revelação direta de Deus e fundamento da fraternidade.

Essa relação direta com a Bíblia não exclui a Igreja, mas revela sua raiz carismática. Francisco não pretendeu criar um novo cânon espiritual, mas devolver ao povo a simplicidade da Palavra, vivida em obediência, pobreza e fraternidade.


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A Prática da Palavra: Ouvir e Viver

As Admoestações de Francisco são um testemunho de sua leitura bíblica orante. Em várias delas, Francisco cita literalmente a Escritura. Por exemplo, na Admoestação VII, ele diz: “Onde há caridade e sabedoria, aí não há temor nem ignorância”, ecoando 1Jo 4,18. Já na Admoestação I, recorda a humildade de Cristo: “Consideremos todos, irmãos, o bom pastor, que para salvar suas ovelhas suportou a paixão da cruz”.

Tomás de Celano relata que Francisco amava ouvir a Palavra proclamada e que “frequentemente pedia que lhe lessem os Evangelhos do Senhor” (2Cel 102). A Escritura era alimento de sua alma e critério de discernimento. Não se tratava apenas de ouvir, mas de imitar: “Os irmãos nada mais devem ter a não ser este: o santo Evangelho” (Regra não bulada, 1,1).

Esse amor pela Escritura moldou também sua pregação. Francisco não era um orador eloquente segundo os padrões escolásticos, mas falava como quem vive a Palavra. Celano descreve que “sua língua era como fogo ardente, porque o coração estava cheio de amor pela Escritura” (1Cel 97).


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Ecos Intelectuais Franciscanos

A partir de Francisco, a tradição franciscana uniu experiência bíblica e reflexão teológica. São Boaventura, na Legenda Maior (1263), afirmou: “A intenção de Francisco não era outra senão observar o Evangelho em tudo e por tudo, com toda vigilância, todo esforço, todo desejo” (LM Prologus 2). Para Boaventura, a vida de Francisco era uma “exegese viva” do Evangelho, uma hermenêutica prática da Palavra.

Alexandre de Hales, mestre de teologia e franciscano, via na experiência de Francisco a confirmação de que a verdadeira teologia nasce da escuta da Escritura no seio da Igreja. Ele dizia: “A pobreza evangélica de Francisco é a chave que abre o sentido espiritual das Escrituras”.

Mais tarde, João Duns Scotus (†1308), conhecido como “Doutor Sutil”, ressaltou que a encarnação de Cristo — centro da devoção franciscana — manifesta o primado do amor de Deus, verdade proclamada nas Escrituras e assumida radicalmente por Francisco. Para Scotus, a fidelidade à Palavra era inseparável da contemplação do Verbo encarnado.


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O Valor da Escritura para Francisco e para Nós

Para Francisco, a Bíblia não era apenas objeto de veneração, mas Regra de vida. Seu modo de falar e agir mostrava que a Palavra de Deus estava no coração de sua espiritualidade. A sua obediência literal — “nada possuir, anunciar a paz, viver entre os pobres” — pode soar ingênua ou radical demais, mas traduz o desejo profundo de viver em comunhão com o Cristo dos Evangelhos.

Para nós, herdeiros da Reforma e da tradição protestante, esse testemunho franciscano continua atual. O princípio da Sola Scriptura, tão caro à fé reformada, encontra em Francisco um eco existencial: a Escritura não deve ser apenas estudada, mas encarnada na vida. Enquanto os reformadores insistiam no retorno à Palavra como autoridade suprema, Francisco já havia intuído, de modo carismático, que viver o Evangelho é deixar-se configurar pelo Cristo que fala nas Escrituras.

Assim, tanto na espiritualidade franciscana como na tradição protestante, encontramos um convite comum: voltar sempre à Palavra de Deus como fonte, regra e alimento.


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Conclusão

São Francisco de Assis não escreveu tratados exegéticos, mas sua vida se tornou comentário vivo da Escritura. Ele nos recorda que a Palavra de Deus não é apenas letra, mas Espírito que dá vida (2Cor 3,6). Seus biógrafos, suas próprias palavras e a tradição franciscana posterior testemunham a centralidade da Bíblia em sua vocação.

Hoje, em meio às tentações do consumismo e da superficialidade, o exemplo de Francisco continua a provocar a Igreja a voltar-se ao Evangelho com simplicidade e radicalidade. A Reforma protestante, ao recuperar a centralidade das Escrituras, partilha com Francisco a mesma intuição: a Palavra é o fundamento, a regra e a vida da comunidade cristã.

Que possamos, como Francisco, como os reformadores e como tantos santos do povo de Deus, redescobrir o poder transformador das Sagradas Escrituras. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O Domingo na Espiritualidade Franciscana e Metodista

O Domingo na espiritualidade Franciscana é Metodista.

Na espiritualidade cristã, o Domingo sempre foi chamado de “o Dia do Senhor” (Ap 1.10). Ele recorda a ressurreição de Jesus, a vitória da vida sobre a morte e a inauguração de uma nova criação. Para nós, metodistas, o Domingo é mais do que um dia de descanso: é um memorial da graça, um tempo de culto, de comunhão e de renovação do coração na presença de Deus.

Quando olhamos para a vida de São Francisco de Assis, percebemos que ele também via no Domingo uma ocasião especial para louvar o Senhor. Tomás de Celano, em sua Primeira Vida, relata:

> “Ele honrava de modo especial o domingo, porque neste dia começou a nossa salvação. Dizia que todos os cristãos deviam se alegrar nele mais do que nos outros dias, pois nesse dia o Senhor, ressuscitando, encheu de alegria o céu e a terra” (1Cel 82).



Esse testemunho mostra como Francisco não apenas amava a criação e os pobres, mas também tinha consciência litúrgica: via o tempo como espaço de encontro com Deus. Para ele, o Domingo era uma festa da esperança, uma proclamação da vitória de Cristo, celebrada tanto no coração quanto na vida em comunidade.

Na tradição metodista, aprendemos com John Wesley que a graça de Deus é ordinariamente comunicada por meio dos meios de graça — e o culto dominical é central entre eles. É no Domingo que a comunidade metodista se reúne para ouvir a Palavra, cantar hinos, partilhar a Ceia do Senhor e renovar o compromisso com a santidade prática. Assim, o Domingo é um dia missionário, pois nos envia de volta ao mundo para vivermos a fé em amor.

O blog OFSE entende que celebrar o Domingo é também um exercício franciscano de simplicidade: parar as atividades comuns, alegrar-se no Senhor, reconhecer o dom da vida e renovar o compromisso com Cristo ressuscitado. Para Francisco, cada Domingo era uma antecipação do céu, e para nós, discípulos metodistas, também é um sinal escatológico, apontando para a plenitude do Reino de Deus.

Aplicação para hoje

1. Guardar o Domingo não como obrigação, mas como alegria do evangelho.


2. Viver o Domingo com gratidão pela criação e pela redenção.


3. Celebrar em comunidade, mas também cultivar um coração franciscano: simples, alegre e cheio de louvor.

Assim, unindo o testemunho de São Francisco à herança metodista, proclamamos: “Este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos e regozijemo-nos nele” (Sl 118.24).

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

São Francisco de Assis e a Vida de oração


São Francisco de Assis e a Vida de Oração

A oração é o respirar da alma diante de Deus. O salmista declara: “Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti” (Salmo 63.1). Assim como Davi ansiava pela presença do Senhor, todo cristão é chamado a viver em constante diálogo com o Criador, em espírito e em verdade.

Entre os exemplos de homens e mulheres que se dedicaram a uma vida de oração, destaca-se São Francisco de Assis. Embora pertença à tradição católica medieval, sua vida inspira a todos nós, inclusive a nós protestantes, no chamado para uma espiritualidade simples, centrada em Cristo e alimentada pela oração.

Francisco não buscava a oração apenas como obrigação, mas como encontro vivo com Deus. Conta-se que ele passava longas horas em silêncio, contemplando a bondade do Senhor na criação e derramando diante d’Ele suas lágrimas e seus cânticos. Para ele, orar era mais do que falar; era ouvir, adorar e se entregar totalmente ao amor de Deus.

O apóstolo Paulo nos exorta: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). Essa mesma disposição encontramos em Francisco, que via a oração como respiração contínua da fé. Assim como Wesley, que entendia a oração como meio de graça indispensável à vida cristã, Francisco nos lembra que a intimidade com Deus transforma o coração e gera frutos de santidade e alegria.

A vida de oração, portanto, não nos afasta do mundo, mas nos devolve a ele com novo olhar. Francisco, depois de orar, levantava-se para servir os pobres e anunciar Cristo. Do mesmo modo, nós, metodistas e protestantes, entendemos que a verdadeira oração deve se traduzir em amor prático: amar a Deus e ao próximo, em palavras e em ações (Mateus 22.37–39).

Que possamos aprender com o exemplo de São Francisco a buscar ao Senhor em oração constante, não como fuga, mas como fonte de força e transformação. Pois a oração que nasce do coração toca o céu e desce em forma de serviço.


Oração

Senhor,
ensina-nos a viver em oração constante,
como filhos que confiam no Teu amor.
Que em cada respiração possamos lembrar da Tua presença.
Dá-nos simplicidade para orar com o coração,
como fez São Francisco,
e ousadia para viver a fé com alegria,
como ensinaram os apóstolos e os reformadores.

Em nome de Jesus,
Amém.

Assim, a vida de oração não é apenas tradição monástica ou católica, mas uma herança de toda a Igreja de Cristo. Francisco nos inspira a redescobrir a simplicidade e a beleza de viver em diálogo permanente com o Senhor.

A Alegria que vem de Deus

A Alegria que Vem de Deus

A verdadeira alegria não é apenas um sentimento passageiro; ela nasce do coração que encontrou sua esperança em Cristo. O apóstolo Paulo nos lembra: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4.4). Essa alegria é mais profunda do que as circunstâncias, pois vem do Espírito Santo e floresce mesmo em meio às dificuldades.

Alegria na Simplicidade – São Francisco de Assis

São Francisco nos ensinou que a “perfeita alegria” não está em aplausos, riquezas ou reconhecimento, mas em carregar a cruz com Cristo e ainda assim cantar louvores. A verdadeira alegria é aprender a viver na simplicidade e encontrar contentamento em Deus.

Alegria no Serviço – São Bento

São Bento, em sua Regra, escreveu que devemos “servir ao Senhor com alegria” (Sl 100.2). O caminho da disciplina e da obediência não é peso, mas fonte de contentamento. Servir humildemente ao próximo é experimentar a alegria do Evangelho em ação.

Alegria na Fé – Martinho Lutero

Para Lutero, a alegria do Evangelho estava em saber que somos justificados pela fé, não pelas obras. Ele disse: “A fé é uma confiança viva e ousada na graça de Deus”. Essa confiança liberta do medo e enche o coração de júbilo, mesmo nas provações.

Alegria na Santidade – João Wesley

João Wesley testemunhou a alegria de ter o coração “estranhamente aquecido” pelo Espírito. Para ele, a santidade era inseparável da alegria: “A religião genuína é felicidade, paz e alegria no Espírito Santo.” A alegria é fruto da presença real de Deus em nós.

Uma Alegria que Transforma

A alegria em Cristo não foge das dores, mas floresce em meio a elas. É a alegria do servo que canta como Francisco, serve como Bento, confia como Lutero e testemunha como Wesley. Como declara o salmista: “Na tua presença há plenitude de alegria; à tua direita, delícias perpetuamente” (Sl 16.11).

Oração pela Alegria em Cristo

Senhor amado,
ensina-nos, como Francisco, a encontrar alegria na simplicidade e na cruz.
Guia-nos, como Bento, a servir-Te com disciplina e coração alegre.
Dá-nos, como Lutero, a confiança ousada na Tua graça que nos liberta.
E aquece, como em Wesley, o nosso coração com a chama do Teu Espírito.

Que a nossa vida transborde em alegria verdadeira,
não nas coisas deste mundo,
mas na certeza da Tua presença.

Em nome de Jesus,
Amém.



A pobreza de Cristo, de Francisco de Assis e a liberdade do discípulo

 


A pobreza de Cristo, de Francisco de Assis e a liberdade do discípulo

“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”
(2 Coríntios 8.9)

Reflexão

O apóstolo Paulo lembra que a nossa fé nasce do movimento descendente de Cristo: Ele, sendo eterno e rico em glória, fez-se pobre por amor, para que tivéssemos vida abundante em Deus.

As primeiras biografias de São Francisco de Assis relatam que ele abraçou a pobreza não como miséria, mas como liberdade: “não possuir nada, para possuir tudo em Cristo”. Ele via na renúncia material um testemunho da suficiência do Evangelho.

Os reformadores também entenderam isso. Para Calvino, a lembrança da pobreza de Cristo é o fundamento da vida cristã: toda liberalidade, toda simplicidade, todo desapego nasce do reconhecimento de que já somos ricos em Cristo. Não buscamos mérito; vivemos em resposta à graça recebida.

Séculos depois, John Wesley ecoou a mesma verdade. Ele exortava os metodistas: “Ganhai tudo o que puderdes, poupando tudo o que puderdes, para dar tudo o que puderdes”. Para Wesley, a riqueza não era fim em si mesma, mas instrumento de amor. A vida cristã deveria refletir uma economia de graça: trabalho diligente, simplicidade pessoal e generosidade missionária.

Assim, Francisco, a Reforma e Wesley convergem:

  • Cristo é o centro,

  • a graça é o fundamento,

  • a liberdade do discípulo se expressa em desapego, serviço e generosidade.

A verdadeira riqueza do crente não está em posses, mas na comunhão com o Senhor.

Oração

Senhor Jesus,
Tu, que sendo rico, te fizeste pobre por nós,
ensina-nos, como ensinaste a Francisco,
a viver na liberdade do desapego.
Faz-nos, como lembraram os reformadores,
descansar na tua graça, não em nossas obras.
E inspira-nos, como ensinou Wesley,
a usar os bens desta vida para servir o próximo.
Seja Cristo nossa riqueza, hoje e sempre.
Amém.

domingo, 31 de agosto de 2025

UM CLAUSTRO ESPIRITUAL

 

Busca então separar-se em santificação para o Senhor Deus.

Atenta tua mente, teu coração e deixa teu corpo, alma e espírito

para uso exclusivo do Senhor Deus.

Tudo em ti deve ser dedicado a fazer a vontade de Deus!

Uma vida de intensa dedicação à oração, será necessária e de igual

modo, uma vida de dedicado estudo da Palavra de Deus.

Mais que um claustro de pedras, cria em ti um claustro espiritual.

Onde fores, serás cativo do Deus de Israel e serás livre no Deus de

Israel!

Servo de Cristo Jesus, irmão de todos, servo de todos!

Legítimo anunciador do Evangelho de Cristo Jesus!

Deuteronômio 8:3

" Ele te humilhou, fazendo-te passar fome e, depois te alimentou com

maná que nem tú, nem teus pais conheciam, para mostrar que não só

de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da boca do

Senhor."

Viva o amor de Deus!

Viva o amor de Cristo Jesus!

Viva o amor do Espírito Santo de Deus!

Espelhe-se no exemplo de Maria, mãe do Senhor Jesus, que abençoada,

viveu um Ministério materno de amor, silêncio orante, obediência a Deus

e comunhão com todos.

O claustro espiritual, gera bênçãos sem medida, bênçãos do Altíssimo Deus!

Bênçãos eternas de amor!

Paz e Bem!

Frei Isaac

OFSE- ORDEM FRANCISCANA DOS SERVOS EVANGÉLICOS 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Dia de Clara de Assis e a Espiritualidade Protestante


11 de agosto - Clara de Assis.

Clara de Assis (1194 – 1253) foi uma mulher italiana do século XIII, reconhecida historicamente por seu papel decisivo no movimento de renovação espiritual iniciado por Francisco de Assis. Embora venerada como santa pela Igreja Católica, sua vida também pode ser apreciada, de uma perspectiva protestante, como exemplo de fé, serviço e dedicação radical a Cristo — ainda que dentro do contexto monástico medieval.

Contexto histórico
Clara nasceu em Assis, na Itália, por volta de 16 de julho de 1194, numa família nobre e abastada. O período era marcado pela forte influência da Igreja Romana na vida política e social da Europa, bem como pelo florescimento de movimentos de reforma religiosa, como o que Francisco de Assis iniciou ao abraçar a pobreza e pregar arrependimento.

Conversão e chamada
Em 1211 ou 1212 (as fontes variam), com cerca de 18 anos, Clara ouviu as pregações de Francisco e sentiu-se profundamente tocada pelo chamado de viver apenas para Cristo, sem riquezas e sem vaidade. Fugiu de casa à noite e foi recebida por Francisco na igrejinha de Porciúncula, onde fez votos de pobreza, castidade e obediência — características próprias do sistema monástico da época, mas que, para ela, significavam uma entrega total ao Senhor.

Fundação da ordem
Francisco a conduziu ao mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para protegê-la da oposição da família. Pouco depois, ela se estabeleceu com outras irmãs em São Damião, nos arredores de Assis, fundando a comunidade que ficou conhecida como Ordem das Damas Pobres, mais tarde chamadas Clarissas. O estilo de vida era extremamente austero, centrado na oração, no trabalho manual e na completa dependência de doações.

Ministério e influência
Clara foi abadessa por mais de 40 anos. Apesar de nunca ter saído para pregar nas ruas como Francisco, exerceu enorme influência espiritual, especialmente sobre mulheres, incentivando uma vida de simplicidade e devoção. Sua insistência na “pobreza absoluta” (sem rendas nem propriedades) foi algo incomum e controverso na estrutura medieval, mas reforçava sua convicção de depender apenas de Deus.
Em 1224, a tradição registra que, quando tropas invasoras sarracenas a serviço do imperador Frederico II cercaram Assis, Clara teria se colocado diante das portas do mosteiro com o ostensório contendo a hóstia consagrada. Mesmo que o episódio esteja envolto em elementos devocionais medievais, ele simboliza sua coragem e liderança.

Morte e legado
Clara morreu em 11 de agosto de 1253. Dois dias antes, o papa Inocêncio IV aprovou oficialmente sua “Regra”, que mantinha o ideal de pobreza total — algo pelo qual ela havia lutado por décadas. Em 1255, a Igreja Católica a canonizou.

Visão protestante
De uma perspectiva protestante, não se compartilha de todas as práticas e crenças presentes na vida monástica medieval, como o culto aos santos ou a teologia sacramental da época. No entanto, a história de Clara é relevante por mostrar:
Zelo pela Palavra (ainda que em latim e restrita naquele período).
Renúncia voluntária aos bens e posição social, em favor de um chamado espiritual.
Influência de uma vida piedosa sobre outros, especialmente mulheres, mesmo sem ocupar posição formal de pregadora.
Clara de Assis permanece como figura histórica que inspira reflexão sobre discipulado radical, coragem diante da oposição e busca por uma vida centrada em Cristo, ainda que vivida num contexto eclesiástico diferente daquele defendido pela fé reformada.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

UM GRANDE AMOR DE DEUS!

                                  SALMO 67

1- Que o Eterno nos conceda sua Graça e nos abençoe, e que faça resplandecer sobre nós a sua face,

2- para que sejam conhecidas na terra o teu caminho, a tua salvação entre todas as nações.


O desejo de um irmão menor , é exatamente cumprir o IDE DE CRISTO JESUS!

Tamanha benção se torna seu chamado por entender ser este um grande sinal do 

amor de Deus para toda a humanidade.

Cumprir o chamado com alegria, com disposição para uma vida de entrega e de oração, uma vivência de pleno amor e comunhão com a Igreja de Jesus Cristo.

Somos todos irmãos em Cristo, com Cristo e para Cristo Jesus.

Entrega-te com fé nas mãos do Altíssimo Deus, descansa com fé e tenha paz!

Por ventura um Pai que ama verdadeiramente, abandonará seu filho?

De certo que não.

Por isto diz a Palavra do Senhor:

João 3:16

16- Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu

seu único Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Busquemos a essência deste amor divino dentro de nós e derramemos este amor no próximo, com misericórdia, paciência e perdão.

Que possamos pregar o arrependimento sem acusação, mas nos lembremos com

amor que devemos pregar o arrependimento para o perdão dos pecados como Jesus Cristo nos ensinou.

Nunca podemos nos esquecer que a Graça do Senhor nos basta e é eficaz!

Paz e Bem!

Frei Isaac

OFSE-ORDEM FRANCISCANA SECULAR EVANGÉLICA



domingo, 29 de junho de 2025

Viver a experiência de ser totalmente dependente de Deus!



    Viver a experiência de ser totalmente dependente de Deus!
    Este é o exemplo de fé de Francisco de Assis!
    Não temer a escassez, mas crer que em tudo, Deus está no controle!
    Viver esta realidade ainda hoje é um desafio.
    Francisco de Assis o aceitou e fica para nós este convite:
    Aceita que o Senhor Jesus te está no comando de sua vida!
    Esta disposto a verdadeiramente confiar que tudo em sua vida, está nas poderosas mãos do Senhor?
    Este tema do nosso XVII capitulo da OFSE, deve fortalecer nosso chamado vocacional e nos mover, assim como moveu  Francisco de Assis e Clara de Assis, na direção do Pai!

A paz e bem!

Frei Isaac 
OFSE-ORDEM FRANCISCANA SECULAR EVANGÉLICA 

sábado, 28 de junho de 2025

Capítulo XVII da OFSE - 28 de junho de 2025

Reunião do Capítulo XVII da Ordem Franciscana Secular Evangélica da OESI

Frei Isaac, Elonede e irmã Marisa

No dia 28 de junho de 2025, a Ordem Franciscana Secular Evangélica (OFSE) reuniu-se em seu XVII Capítulo, realizado na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Ipanema, na casa da Irmã Alice Albuquerque.

Estiveram presentes irmãos e irmãs das igrejas Cristo Vive, Batista e Metodista. Ao todo, 18 participantes confraternizaram, estudaram sobre a espiritualidade franciscana, oraram e celebraram o aniversário do Prior.

O tema deste ano foi:
"Viver o Evangelho na dependência de Deus."

Iniciamos com uma dinâmica sobre o significado de viver o Evangelho e da dependência de Deus. Em seguida, fizemos a leitura de trechos do livro do Prior, que trata de como os primeiros franciscanos viviam confiando plenamente na providência do Senhor.

Foram momentos preciosos de partilha, oração e crescimento espiritual.

Abaixo, você pode conferir as fotos do XVII Capítulo da OFSE.

Ordem Franciscana Secular Evangélica (OFSE)

Testemunho de Elonede Cabral


Claro! Aqui está a transcrição do texto da imagem:


Relate seu testemunho sobre o XVII Capítulo da OFSE

Foi bênção participar em 28/06/2025 da reunião da OFSE, cujo tema foi: como devemos viver o Evangelho na dependência de Deus.

Relembrar todas as ações de Francisco. Renunciar a tudo para viver inteiramente o Evangelho de Deus.
Sair pelo mundo com seus discípulos levando o Evangelho a toda criatura.

A OFSE nos leva ao crescimento espiritual através desses estudos com o exemplo de fidelidade ao Senhor Jesus. Devemos ser fiéis, seguir caminhos certos, sermos cheios de caridade, perdão para o mundo, espalhando o Evangelho de Jesus.

Eloneide Cabral

Testemunho da Irmã Maria Neuza: 

    O encontro da OFSE neste sábado 28/6, foi maravilhoso!
    Além de darmos graças a Deus pela vida do nosso mestre Pr. Edson, a comunhão com os irmãos, o acolhimento pra nossa irmã Alice, sem palavras, só gratidão ao Senhor.
    Demais, falar de Irmão Francisco, um servo que deixou um legado para todos nós.
    Me impactou pela sua obediência, desprendimento e a dependência do Senhor.
    Francisco era feliz no sofrimento, pois seus olhos estavam fitos em Jesus Cristo.
    Eita glória!!
    Até breve!
    17/25

Testemunho da Irmã Nathalie: 

    O capítulo XVII da OFSE pra mim foi um renovo, veio em um momento que tanto precisava para reacender a brasa junto aos irmãos.
    Renovou a esperança, fortaleceu-me. Momento saudoso, de me sentir amada e de demonstrar o amor às irmãs tão queridas.
    Pra mim foi Hebreus 10:24
    “Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de boas obras.”

Testemunho do Frei Isaac:

Para mim, foi um encontro com a verdadeira orientação espiritual, para crescimento pessoal, da fé e comunhão com a Igreja de Cristo Jesus.

Descer em Deus não é difícil, de acordo com a visão de Francisco. Aprendi com ele que, com humildade e simplicidade, perseverança, o desejo de servir, ser humilde como os humildes, dar amor, olhando o amor de Cristo, me fez entender que sempre será possível doar mais, buscar mais — e esse "mais" é ser totalmente dependente da dádiva e da graça de Deus.

Ir. Edson e Elonede

Irmão Edson, Elonede e o Bolo
Os 18 irmãos presentes

Os franciscanos Evangélicos da OFSE

Antes uma rápida visita na casa do Irmão Batista, que está acamado

Momento de partilha

Frei Isaac e o prior Ir. Edson
Elonede, Frei Isaac e Ir. Edson

Marisa e Teresa

Bruno e Sônia


Frei Isaac, Elonede e Marisa

Partilha do grupo




Alex e Frei Isaac


Micheli, Nanci e Nathalie

Elonede, Neuza e Rev. Luiz Daniel
Teresa e Lígia
Alice e Eliane

Marisa e Ir. Edson

Momento de Partilha

Irmão Edson, Frei e Prior da OFSE





Abaixo está o material usado no Capítulo XVII na íntegra, inclusive com a liturgia eucarística. 


Viver o Evangelho na Dependência de Deus

 XVII Capítulo da OFSE

28 de junho de 2025

Rio de Janeiro – RJ

Paz e Bem!

Lembre-se sempre da meditação de John Wesley sobre o Salmo 16.3 – “Quanto aos santos que há na terra, eles são os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer”.

Sobre este texto bíblico Wesley ora ao Senhor dizendo:

Tenho respeito e amor singulares por todos os santos por amor a Ti, de quem eles são amigos e servos e de cuja imagem são portadores”.

(Bíblia de Estudo John Wesley. Nota sobre o Salmo 16.3).

O Tema é viver o Evangelho na dependência de Deus.

Vamos orar, nos confraternizar e ler o texto que nos inspirará a permanecer neste santo caminho de santidade trilhado por mulheres e homens na História da Igreja.

Esta reunião é para a glória do Senhor Jesus.  

 

Viver o Evangelho na Dependência de Deus

SARDINHA, Edson C - Francisco de Assis: Um discípulo que provoca. 3. Aprovação da Igreja- Pg 32 à 36

 

Oração Inicial

 

Hino

O Reino de Deus e paz e justiça

E gozo no Espírito Santo

Cristo, vem abrir em nós

As portas do teu reino.

Texto para Reflexão:

 

Pergunta para reflexão: Como viver o Evangelho na dependência de Deus? ____________________________

 

1.      Francisco desejava viver integralmente o Evangelho. Como o número de discípulos aumentava, “escreveu para si e para seus irmãos, presentes e futuros, com simplicidade e com poucas palavras, uma forma e Regra de vida, usando, principalmente, expressões do santo Evangelho” (1Cel 13.32.1).

2.      Depois da Regra pronta, levou-a, com os seus discípulos, a Roma, para que o Papa Inocêncio III a aprovasse. Era o ano de 1209.

3.      Nesta época, o amigo e bispo de Assis, Guido, estava em Roma; num primeiro momento, Guido não “gostou” da presença de Francisco e seus amigos em Roma, pois achava que estavam abandonando Assis.

4.      Para Tomás de Celano, o motivo do desagrado estava no fato de que o bispo desejava muito o trabalho de Francisco e seus discípulos em Assis (1Cel 13.32.5,6): “Gostava muito de ter esses homens de valor em sua diocese e esperava muito de sua vida e de seus bons costumes”.

5.      Contudo, quando soube o motivo da ida a Roma, ficou alegre e prometeu “seu apoio e influência”. Francisco também teve o apoio do bispo de Sabina, João de São Paulo, homem que se destacava de “entre os outros príncipes e dignitários da Cúria Romana”; contudo, Bispo João também tentou persuadi-lo a passar para a vida monástica ou eremítica...

6.      Como Francisco permaneceu firme em seu propósito, “procurou apoiar sua causa diante do Papa” (1Cel 13.33.4).

7.      No primeiro encontro com o Papa, este achou sua vida muito dura e difícil e lhe disse: “Meu filho, pede a Cristo que nos manifeste sua vontade, para que, conhecendo-a, possamos concordar com maior segurança com os teus piedosos desejos” (2Cel 16.1).

8.      Francisco foi orar e Deus lhe deu uma parábola para falar ao Papa:

9.      Francisco, dirás isto ao Papa: uma mulher pobrezinha, mas bonita, morava em um deserto. Um rei se apaixonou por ela por causa de sua grande formosura, desposou-a todo feliz e teve com ela filhos belíssimos. Quando já estavam adultos e nobremente educados, a mãe lhes disse: “Não vos envergonheis, meus queridos, porque sois pobres, pois sois todos filhos daquele grande rei. Ide com alegria para sua corte, e pedi-lhe tudo que precisais’. Apresentaram-se ousadamente ao rei, sem temer o rosto que era parecido com o deles.  Vendo neles essa semelhança, o rei perguntou, admirado, de quem eram filhos.  Quando disseram que eram filhos daquela mulher pobrezinha do deserto, o rei os abraçou dizendo: ‘Sois meus filhos e meus herdeiros, não tenhais medo!  Se até estranhos comem à minha mesa será muito mais justo que eu alimente aqueles a quem está destinada por direito a minha herança toda’. Por isso o rei mandou que a mulher levasse todos os seus filhos para serem alimentados em sua corte (2Cel 16.4-13).

10.  Quando o Papa recebeu esta palavra, lembrou-se de um sonho que teve, onde tinha visto a Basílica de Latrão prestes a ruir, mas sendo sustentada por um religioso, homem pequeno e desprezível, que a sustentava com seu ombro para não cair. “E disse: ‘Na verdade, este é o homem que, por sua obra e por sua doutrina, haverá de sustentar a Igreja’” (2Cel 17.5).

11.  O Papa entendeu que a obra era de Cristo e confirmou a Regra de Vida de Francisco.

12.  Aceitou o pedido e deu-lhe despacho. Tendo-lhes feito muitas exortações e admoestações, abençoou São Francisco e seus irmãos e lhes disse: “Ide com Deus, irmãos, e conforme o Senhor se dignar inspirar-vos, pregai a todos o arrependimento. Quando o Senhor vos tiver enriquecido em número e graça, vinde referir-me tudo com alegria, e eu vos concederei mais do que agora e, com maior segurança, vos confiarei encargos maiores” (1Cel 13.33.7,8). 

13.  Mais tarde, Francisco teve um sonho, que entendeu ser uma revelação de Deus. No Senhor, ele crescia e ficava da altura de uma árvore de grande porte. Uma árvore bela e forte, grossa e muito alta.

14.  Francisco, com suas mãos, conseguia “vergá-la facilmente até o chão”. Ele entendeu que esta árvore era o Papa Inocêncio III que, sendo poderoso, se inclinou com benignidade e atendeu à sua vontade.

15.  Em Roma, aproveitaram para visitar o Túmulo de São Pedro e, depois, retornaram para o Vale de Espoleto. No caminho, discutiam sobre a vida da nova Ordem que nascia, de acordo com o Evangelho.

16.  Chegaram a um lugar solitário e não tinham nada para comer. Um homem os encontrou e lhes deu pão e se foi. Viram este gesto como um milagre da providência divina.

17.  Finalmente, chegaram a um lugar perto de Orte, e “ali ficaram quase quinze dias”. Para terem o que comer, iam à cidade e pediam, de porta em porta, alimentos. Os alimentos que sobravam guardavam em um sepulcro para comerem depois (1Cel 14.34). 

18.  Essas experiências levaram os discípulos e Francisco a louvarem a Deus por nada possuírem: a pobreza era uma liberdade espiritual. “Pondo de lado toda solicitude pelos bens terrenos, só lhes interessava a consolação de Deus. Por isso, resolveram, com firmeza, não se apartar dos braços da pobreza, por maiores que fossem as tribulações e tentações” (1Cel 14.35).

19.  Certa vez, tentou destruir uma casa em Porciúncula, que estava sendo levantada para a reunião do Capítulo dos Irmãos Menores.

20.  “Quando o santo voltou e viu a casa, levando a mal, não sofreu pouco. Levantou-se para ser o primeiro a eliminar o edifício. Subiu ao telhado e pôs abaixo telhas e cobertura com mão forte. Mandou os frades subirem também para acabar de uma vez com aquele monstro contrário à pobreza. Porque dizia que logo se haveria de espalhar pela Ordem e ser tomado por exemplo tudo que se visse de mais pretensioso naquele lugar. Teria acabado de uma vez com o prédio se os soldados que lá estavam não tivessem feito frente ao seu fervor dizendo que ele pertencia à comuna e não aos frades”. (2Cel 57.1-6).

21.  Com a autorização de Roma, Francisco teve mais vigor para pregar o Evangelho e exortar o povo cristão à conversão. Sua pregação era direta e vigorosa.

22.  “Valoroso soldado de Cristo, Francisco percorria as cidades e povoados anunciando o reino de Deus, proclamando a paz, pregando a salvação e a penitência para a remissão dos pecados, sem usar os argumentos da sabedoria humana, mas a doutrina e a força do Espírito. Apoiado na autorização apostólica que lhe fora concedida, agia em tudo destemidamente, sem adular nem tentar seduzir ninguém com moleza. Não sabia lisonjear as culpas de ninguém, mas pungi-las. Não tentava desculpar a vida dos pecadores, mas atacava-os com áspera reprimenda, tanto mais que tinha posto primeiro em prática as coisas que aconselhava aos outros. Sem medo de que o repreendessem, anunciava a verdade destemidamente, de maneira que até os homens mais letrados, que gozavam de renome e dignidade, admiravam seus sermões e em sua presença sentiam-se possuídos de temor salutar”. (1Cel 15.36.1-3)

 

23.  Não apenas leigos, mas também clérigos, procuravam ouvir os sermões de Francisco. Tinha tanta persuasão, que suas mensagens pareciam “fluir de uma luz” vinda de Deus.

24.  “Brilhava como uma estrela fulgente na escuridão da noite e como a aurora que se estende sobre as trevas” (1Cel 14.37).

25.  Ocorreram, assim, muitas conversões em toda a região, de nobres e plebeus, sacerdotes e leigos, homens e mulheres – pessoas de toda parte desejavam seguir este novo modo de vida.

26.  A Ordem cresceu e passou a ser chamada de “Ordem dos Frades Menores”: foi o próprio Francisco que lhe deu o nome.

27.  “Quando estavam escrevendo na Regra: ‘e sejam menores’, ao ouvir essas palavras disse: ‘Quero que esta fraternidade seja chamada Ordem dos Frades Menores’ (1Cel 14.38).

28.  O nome “Menor” estava ligado ao fato de que a espiritualidade da Ordem foi baseada na verdadeira humildade: sempre procurava os piores lugares e fazer o que os outros detestavam.

29.  O carisma da Ordem era servir a Deus e ao próximo com um coração verdadeiramente pobre.

30.  A Ordem estava baseada na alegria, na comunhão de seus membros e na obediência.

31.  “Não tinham nada e nada desejavam: eram contentes com suas únicas túnicas – algumas vezes, remendadas por dentro e por fora. “Cingiam-se com uma corda e usavam calças de pano rude” (1Cel 14.39.7). Não possuíam abrigos contra o frio; durante o dia, trabalhavam e serviam aos leprosos. Preferiam trabalhar em lugares onde eram perseguidos. “Foram muitas vezes cobertos de opróbrios e de ofensas, despidos, açoitados, amarrados, encarcerados, sem recorrer à proteção de ninguém, e suportavam tudo varonilmente, vindo à sua boca apenas a voz do louvor e da ação de graças” (1Cel 14.40).

O que você destaca no texto?

Como serve para sua espiritualidade?

Oração das Vésperas

 

Prelúdio

Minh’ alma tem sossego em Deus

Só em Deus, que é fonte de salvação.

Sim, só em Deus Minh’ alma tem sossego.

Nele encontro a paz

 Acolhida

Nesta tarde abençoada de sábado, entrada do Dia do Senhor, véspera do Santo Domingo da Ressurreição, que seja convosco a Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador. (Tito 1:4)

Viemos orar e adorar ao Senhor. Ouçamos a Palavra de Deus.

E, chegada à tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; (Mateus 8:16)

 

 Convite ao Arrependimento

Nos arrependamos dos nossos pecados: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; (Atos 2:38).

Oração: Senhor apresentamos a ti nossos pecados...

Oração Silenciosa

 

 Palavra de reconciliação

O Senhor retirou os nossos pecados mediante Jesus Cristo: E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados. (Romanos 11:27)

Amém.

 

 Ação de Graças

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, (1 Pedro 1:3). E bendito seja para sempre o seu nome glorioso; e encha-se toda a terra da sua glória. Amém e Amém. (Salmos 72:19). Desde o nascimento do sol até ao ocaso, seja louvado o nome do Senhor. (Salmos 113:3). Bendito seja o Senhor Deus de Israel de século em século. Amém e Amém. (Salmos 41:13). Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, (Lucas 1:68)

Bendito seja Deus para sempre!

 

Hino

O auxílio virá do Senhor

O Senhor, o nosso Deus

Que fez o céu e a terra

O céu e a terra

Salmo

Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.

Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo desde agora e para sempre. Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos,

para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.

Faze bem, ó Senhor, aos bons e aos que são retos de coração.
(Salmos 125:1-4)

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, é agora e será sempre, por todos os séculos. Amém.

 Contemplação

O dia quase terminou, e a noite veio; oremos com um só coração e mente.

Momento de silêncio

Como nossa oração nesta tarde (ou noite) sobe a ti, Senhor, que assim teu Espírito desça a nós para nos levar sempre ao teu louvor.

Amém.

Hino

Minh’ alma tem sossego em Deus

Só em Deus, que é fonte de salvação.

Sim, só em Deus Minh’ alma tem sossego.

Nele encontro a paz

 

Leitura Bíblica: Lucas 9.51-62

Esta é a palavra do Senhor.

Graças a Deus.

Credo Niceno-Constatinopolitano

Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, / de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz,  Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, consubstancial ao Pai. / Por ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, / em sua glória, / para julgar os vivos e os mortos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no Espírito Santo, / Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batismo para remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mortos / e a vida do mundo que há de vir. - Amém.

ÿ       Rito da Paz

 

Ministro: Cristo é a nossa paz. Pela cruz reconciliou-nos com Deus e fez de nós um só Corpo. Em seu nome nos reunimos, partilhando da sua paz.

 Nós somos o Corpo de Cristo. Fomos batizados num só Espírito para formarmos um só Corpo. Procuremos tudo o que sirva a paz e edifique a nossa vida em comum.

A paz do Senhor esteja sempre convosco. 
Todos:
 O amor de Cristo nos uniu. 

Ministro: Saudemo-nos na paz de Cristo.

ÿ       Hino para ofertório

Todos: Tua é, Senhor, a grandeza e o poder, a glória e a majestade. Porque teu é tudo quanto existe nos céus e na terra. Tudo vem de Ti, Senhor, e o que damos, da tua mão o recebemos.

 

ÿ       A Tomada do Pão e do Vinho

 

Ministro: Bendito sejas, Senhor Deus do universo, pelo Pão e pelo Vinho que recebemos da tua bondade, frutos da terra e do trabalho do homem, que agora Te apresentamos e para nós se vão tornar Pão da Vida e Vinho da Salvação.

Todos: Bendito seja Deus para sempre.

ÿ       Litania

 Ministro: O Senhor está no meio de nós! 

Todos: O seu Espírito está conosco. 

Ministro: Elevai os vossos corações. 

Todos: Ao Senhor os elevamos. 

Ministro: Demos graças ao Senhor nosso Deus. 

Todos: É justo dar-lhe graças e louvores. 

Ministro: Na verdade é justo, é nosso dever e nossa alegria, dar-te graças e louvores, sempre e em todo o lugar, Pai santo, Rei celestial, Deus onipotente e eterno, mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor. Ele é a tua Palavra viva, por quem desde o princípio tudo criaste e nos formaste à tua própria imagem. Por Ele nos resgataste da escravidão do pecado quando o deste para nascer como homem, morrer na cruz, ressuscitar dentre os mortos, e ascender em glória, à tua direita, nas alturas, por Ele derramaste sobre nós o teu Espírito Santo, vivificador, e de nós fizeste um povo para Ti.

 

Ministro: Portanto, com os anjos e os arcanjos, e com todos os santos no céu, proclamamos a tua glória cantando com alegria: 

Todos: Santo, Santo, Santo. Senhor Deus dos Exércitos. Toda a terra está cheia da sua glória. Bendito o que vem em nome do Senhor! Glória te seja dada, ó Cristo! Hosana nas maiores alturas! 

Ministro: Ouve-nos, Pai celestial, mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor; aceita através d'Ele a nossa oferta de louvor, e concede que, pelo poder do teu Espírito Santo, estes dons de Pão e de Vinho sejam para nós o seu Corpo e o seu Sangue. Jesus, na mesma noite em que foi traído, tomou o Pão, deu-te graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: tomai e comei; isto é o meu Corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. De igual modo, no fim da ceia, tomou o cálice, deu-te graças e entregou-o aos seus discípulos, dizendo: tomais e bebei todos; este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos os homens para remissão dos pecados; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim. 

Ministro: Eis o mistério da fé. 

Todos: Morrendo, aniquilaste a nossa morte; ressuscitando, restauraste-nos a vida. Senhor Jesus, vem em glória.

 

ÿ       O Partir do Pão

Ministro: Partimos este Pão para participar do Corpo de Cristo. 


Todos:
 Sendo embora muitos, somos um só Corpo, porque todos partilhamos de um só Pão.

 

Todos: Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tem piedade de nós! 
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tem piedade de nós! 
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, dá-nos a paz!

 

ÿ       A Comunhão

O presidente convida os fiéis à comunhão, dizendo:

Ministro: Aproximai-vos com fé. Recebei o Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, que Ele deu por vós e o seu Sangue, que derramou por vós. Comei e bebei em memória de Cristo haver morrido por vós e alimentai-vos d'Ele em vossos corações, pela fé, com ações de graças.


Todos: 
Não ousamos aproximar-nos da tua mesa, clementíssimo Senhor, confiados na nossa retidão, mas somente na tua infinita misericórdia. Não somos dignos sequer das migalhas caídas da tua mesa; mas és Tu, Senhor, quem nos convidas e é da tua natureza ter sempre compaixão. Concede-nos, pois, bondoso Pai, que nos alimentemos do Corpo e Sangue de teu bendito Filho, para permanecermos sempre n'Ele, e Ele

 

Ministro: O Corpo de Cristo te guarde para a vida eterna ou o Corpo de Cristo.

Comungante: Amém.

 

Ministro: O Sangue de Cristo te guarde para a vida eterna ou o Sangue de Cristo.

Comungante: Amém.

 

ÿ       Pós-Comunhão

Ministro: Ó Deus, Pai querido, damos-te graças e louvores porque, estando nós afastados de ti, vieste ao nosso encontro , e nos reconduziste ao lar. Morrendo e ressuscitando, Ele manifestou o teu amor; concedeu-nos graça e abriu-nos as portas da glória. Possamos nós, que recebemos o Corpo de Cristo e bebemos do seu Sangue, viver também a vida da sua ressurreição e comunicá-la aos outros; possamos nós, a quem o Espírito ilumina, ser a tua luz no mundo. Mantém-nos firmes na esperança que nos propuseste, para que nós e todos os teus filhos sejamos livres do pecado e toda a terra viva para glória do teu nome. Mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

 Todos: Pai Todo-poderoso, damos-te graças por nos teres alimentado com o Corpo e o Sangue de teu Filho Jesus Cristo. Através d'Ele te oferecemos as nossas almas e os nossos corpos, em sacrifício vivo. Envia-nos ao mundo, no poder do teu Espírito, a fim de vivermos e trabalharmos para tua honra e glória. Amém.

 

ÿ       Despedida

Ministro: A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guarde os vossos corações e mentes no conhecimento e no amor de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor; e a bênção de Deus onipotente, o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo, esteja convosco e convosco fique para sempre.

Povo: No poder do Espírito Santo. 
Amém

 

Hino

Quem anda sempre no amor / Não cansa, nem se cansa, ó!

O amor é paciente, o amor é prestativo / Não é invejoso

O amor não se alegra com a injustiça / Mas se alegre com a verdade

O amor tudo desculpa, tudo crê / Tudo espera, tudo suporta

Amo o Senhor porque ouviu / A voz da minha súplica

O Senhor guarda os simples / Estava sem força e ele salvou-me

Volta Minh’ alma ao teu repouso / Porque o Senhor foi bom comigo

Andarei na presença do Senhor / Sobre a terra dos viventes

 

 

 

Relate seu testemunho sobre o XVII Capítulo da OFSE


















































sexta-feira, 27 de junho de 2025

A Cor Marrom para o Franciscano - OFSE


Irmã Marisa e Irmão Edson


 A cor marrom associada a Francisco de Assis e aos franciscanos refere-se ao hábito ou túnica que eles tradicionalmente usam. 

Essa cor, muitas vezes, é um marrom terroso, castanho, e está ligada à simplicidade, humildade e pobreza, valores centrais do franciscanismo. 

A escolha do marrom não foi apenas estética, mas também prática, pois era uma cor comum entre os camponeses da época e o tecido menos tingido era mais acessível e durável. 

Origem histórica:

Na Idade Média, os camponeses, que forneciam roupas aos frades, usavam tons de cinza e marrom, cores resultantes da lã não tingida. 

Simplicidade e pobreza:

A escolha do marrom refletia a busca por simplicidade e a rejeição à ostentação, valores defendidos por São Francisco de Assis. 

Funcionalidade:

O hábito marrom era considerado mais prático para o trabalho e a vida ao ar livre, pois ajudava a manter uma aparência relativamente limpa, mesmo com o trabalho árduo e a vida entre os pobres e doentes. 

Simbolismo:

O marrom evoca a terra, a natureza e a vida simples, valores importantes para a espiritualidade franciscana. 

Tradição:

O uso do hábito marrom tornou-se uma tradição entre os franciscanos e seus seguidores, sendo um símbolo visível de sua forma de vida

sexta-feira, 13 de junho de 2025

O Teólogo Santo Antônio



Hoje a OFSE lembra do Dia da morte do primeiro teólogo franciscano Antonio.  Nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como  Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem, pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que, em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente, que teve de voltar, mas, providencialmente, foi ao encontro de Francisco, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho.
Nesse sentido, Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres.   Antônio serviu sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.
Foi um grande discipulador e servo do SenhorJesus.