quarta-feira, 15 de outubro de 2025
São Francisco de Assis: O Pedagogo.
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
O Dia da Morte se São Francisco de Assis. de protestante para protestante.
segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Visio Divina com Ícone de Francisco de Assis
Vamos fazer a visio divina deste ícone de São Francisco de Assis. A prática da visio divina é semelhante à lectio divina, mas em vez de meditarmos na Palavra escrita, contemplamos a Palavra revelada através da imagem sagrada. É um caminho de oração que envolve ver, meditar, orar e descansar em Deus.
1. Ver (Visio)
Olhamos atentamente a imagem.
- São Francisco aparece de hábito simples, marrom, sinal de pobreza e desapego.
- Ele segura um livro com uma cruz dourada: o Evangelho, sua regra de vida.
- Na outra mão, um pássaro pousa, recordando sua fraternidade com toda a criação.
- O rosto é sereno, mas marcado por austeridade e profundidade interior.
- As mãos exibem as marcas dos estigmas de Cristo.
- Ao redor, flores, pássaros e montanhas: o universo reconciliado, em paz com Deus.
- Atrás da cabeça, o halo dourado mostra a luz da santidade.
2. Meditar (Meditatio)
Que mensagem esta imagem comunica?
- Pobreza e Evangelho: Francisco aponta para Cristo como centro, vivendo o Evangelho em simplicidade.
- Fraternidade cósmica: os pássaros lembram o “Cântico das Criaturas” – toda a criação louva ao Criador.
- Identificação com Cristo: os estigmas em suas mãos dizem que sua vida foi tão unida a Cristo que carregou em si os sinais da cruz.
- Serenidade: o rosto transmite paz profunda, fruto de uma vida entregue a Deus.
Perguntas para o coração:
- Como eu acolho a simplicidade evangélica no meu cotidiano?
- Vejo a criação como irmã, louvando a Deus junto comigo?
- Onde a cruz de Cristo se manifesta em minha vida, transformando dor em amor?
3. Orar (Oratio)
Do coração, brota a oração:
Senhor Altíssimo e Bom,
que deste a São Francisco um coração pobre,
faze-me também livre dos excessos,
contente apenas com a Tua graça.Que eu veja na criação não coisas a consumir,
mas irmãos e irmãs a respeitar.Dá-me, ó Cristo crucificado,
coragem para abraçar minhas feridas,
transformando-as em fontes de vida,
como Francisco recebeu os Teus estigmas.Ensina-me a viver em paz,
simples e cheio de alegria no Espírito Santo.
Amém.
4. Contemplar (Contemplatio)
Agora permanecemos em silêncio diante da imagem. Não mais analisamos nem falamos: apenas deixamos que a presença de Deus, refletida no ícone, penetre no coração.
- O olhar de Francisco nos chama à simplicidade.
- O pássaro repousando nos lembra que no coração que confia, até a criação encontra abrigo.
- O halo dourado nos recorda que todo ser humano é chamado à santidade.
Conclusão:
Assim, este ícone se torna não apenas arte, mas uma janela para o divino. Ele nos convida a viver como Francisco: com o Evangelho nas mãos, as chagas de Cristo no corpo e a criação como irmã.
sábado, 20 de setembro de 2025
São Francisco de Assis e o Valor das Escrituras Sagradas
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
O Domingo na Espiritualidade Franciscana e Metodista
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
São Francisco de Assis e a Vida de oração
A oração é o respirar da alma diante de Deus. O salmista declara: “Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti” (Salmo 63.1). Assim como Davi ansiava pela presença do Senhor, todo cristão é chamado a viver em constante diálogo com o Criador, em espírito e em verdade.
Entre os exemplos de homens e mulheres que se dedicaram a uma vida de oração, destaca-se São Francisco de Assis. Embora pertença à tradição católica medieval, sua vida inspira a todos nós, inclusive a nós protestantes, no chamado para uma espiritualidade simples, centrada em Cristo e alimentada pela oração.
Francisco não buscava a oração apenas como obrigação, mas como encontro vivo com Deus. Conta-se que ele passava longas horas em silêncio, contemplando a bondade do Senhor na criação e derramando diante d’Ele suas lágrimas e seus cânticos. Para ele, orar era mais do que falar; era ouvir, adorar e se entregar totalmente ao amor de Deus.
O apóstolo Paulo nos exorta: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). Essa mesma disposição encontramos em Francisco, que via a oração como respiração contínua da fé. Assim como Wesley, que entendia a oração como meio de graça indispensável à vida cristã, Francisco nos lembra que a intimidade com Deus transforma o coração e gera frutos de santidade e alegria.
A vida de oração, portanto, não nos afasta do mundo, mas nos devolve a ele com novo olhar. Francisco, depois de orar, levantava-se para servir os pobres e anunciar Cristo. Do mesmo modo, nós, metodistas e protestantes, entendemos que a verdadeira oração deve se traduzir em amor prático: amar a Deus e ao próximo, em palavras e em ações (Mateus 22.37–39).
Que possamos aprender com o exemplo de São Francisco a buscar ao Senhor em oração constante, não como fuga, mas como fonte de força e transformação. Pois a oração que nasce do coração toca o céu e desce em forma de serviço.
Oração
Senhor,
ensina-nos a viver em oração constante,
como filhos que confiam no Teu amor.
Que em cada respiração possamos lembrar da Tua presença.
Dá-nos simplicidade para orar com o coração,
como fez São Francisco,
e ousadia para viver a fé com alegria,
como ensinaram os apóstolos e os reformadores.
Em nome de Jesus,
Amém.
Assim, a vida de oração não é apenas tradição monástica ou católica, mas uma herança de toda a Igreja de Cristo. Francisco nos inspira a redescobrir a simplicidade e a beleza de viver em diálogo permanente com o Senhor.
A Alegria que vem de Deus
A pobreza de Cristo, de Francisco de Assis e a liberdade do discípulo
A pobreza de Cristo, de Francisco de Assis e a liberdade do discípulo
“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”
(2 Coríntios 8.9)
Reflexão
O apóstolo Paulo lembra que a nossa fé nasce do movimento descendente de Cristo: Ele, sendo eterno e rico em glória, fez-se pobre por amor, para que tivéssemos vida abundante em Deus.
As primeiras biografias de São Francisco de Assis relatam que ele abraçou a pobreza não como miséria, mas como liberdade: “não possuir nada, para possuir tudo em Cristo”. Ele via na renúncia material um testemunho da suficiência do Evangelho.
Os reformadores também entenderam isso. Para Calvino, a lembrança da pobreza de Cristo é o fundamento da vida cristã: toda liberalidade, toda simplicidade, todo desapego nasce do reconhecimento de que já somos ricos em Cristo. Não buscamos mérito; vivemos em resposta à graça recebida.
Séculos depois, John Wesley ecoou a mesma verdade. Ele exortava os metodistas: “Ganhai tudo o que puderdes, poupando tudo o que puderdes, para dar tudo o que puderdes”. Para Wesley, a riqueza não era fim em si mesma, mas instrumento de amor. A vida cristã deveria refletir uma economia de graça: trabalho diligente, simplicidade pessoal e generosidade missionária.
Assim, Francisco, a Reforma e Wesley convergem:
-
Cristo é o centro,
-
a graça é o fundamento,
-
a liberdade do discípulo se expressa em desapego, serviço e generosidade.
A verdadeira riqueza do crente não está em posses, mas na comunhão com o Senhor.
Oração
Senhor Jesus,
Tu, que sendo rico, te fizeste pobre por nós,
ensina-nos, como ensinaste a Francisco,
a viver na liberdade do desapego.
Faz-nos, como lembraram os reformadores,
descansar na tua graça, não em nossas obras.
E inspira-nos, como ensinou Wesley,
a usar os bens desta vida para servir o próximo.
Seja Cristo nossa riqueza, hoje e sempre.
Amém.
domingo, 31 de agosto de 2025
UM CLAUSTRO ESPIRITUAL
Busca então separar-se em santificação para o Senhor Deus.
Atenta tua mente, teu coração e deixa teu corpo, alma e espírito
para uso exclusivo do Senhor Deus.
Tudo em ti deve ser dedicado a fazer a vontade de Deus!
Uma vida de intensa dedicação à oração, será necessária e de igual
modo, uma vida de dedicado estudo da Palavra de Deus.
Mais que um claustro de pedras, cria em ti um claustro espiritual.
Onde fores, serás cativo do Deus de Israel e serás livre no Deus de
Israel!
Servo de Cristo Jesus, irmão de todos, servo de todos!
Legítimo anunciador do Evangelho de Cristo Jesus!
Deuteronômio 8:3
" Ele te humilhou, fazendo-te passar fome e, depois te alimentou com
maná que nem tú, nem teus pais conheciam, para mostrar que não só
de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da boca do
Senhor."
Viva o amor de Deus!
Viva o amor de Cristo Jesus!
Viva o amor do Espírito Santo de Deus!
Espelhe-se no exemplo de Maria, mãe do Senhor Jesus, que abençoada,
viveu um Ministério materno de amor, silêncio orante, obediência a Deus
e comunhão com todos.
O claustro espiritual, gera bênçãos sem medida, bênçãos do Altíssimo Deus!
Bênçãos eternas de amor!
Paz e Bem!
Frei Isaac
OFSE- ORDEM FRANCISCANA DOS SERVOS EVANGÉLICOS
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Dia de Clara de Assis e a Espiritualidade Protestante
quinta-feira, 17 de julho de 2025
UM GRANDE AMOR DE DEUS!
SALMO 67
1- Que o Eterno nos conceda sua Graça e nos abençoe, e que faça resplandecer sobre nós a sua face,
2- para que sejam conhecidas na terra o teu caminho, a tua salvação entre todas as nações.
O desejo de um irmão menor , é exatamente cumprir o IDE DE CRISTO JESUS!
Tamanha benção se torna seu chamado por entender ser este um grande sinal do
amor de Deus para toda a humanidade.
Cumprir o chamado com alegria, com disposição para uma vida de entrega e de oração, uma vivência de pleno amor e comunhão com a Igreja de Jesus Cristo.
Somos todos irmãos em Cristo, com Cristo e para Cristo Jesus.
Entrega-te com fé nas mãos do Altíssimo Deus, descansa com fé e tenha paz!
Por ventura um Pai que ama verdadeiramente, abandonará seu filho?
De certo que não.
Por isto diz a Palavra do Senhor:
João 3:16
16- Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu
seu único Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Busquemos a essência deste amor divino dentro de nós e derramemos este amor no próximo, com misericórdia, paciência e perdão.
Que possamos pregar o arrependimento sem acusação, mas nos lembremos com
amor que devemos pregar o arrependimento para o perdão dos pecados como Jesus Cristo nos ensinou.
Nunca podemos nos esquecer que a Graça do Senhor nos basta e é eficaz!
Paz e Bem!
Frei Isaac
OFSE-ORDEM FRANCISCANA SECULAR EVANGÉLICA
domingo, 29 de junho de 2025
Viver a experiência de ser totalmente dependente de Deus!
sábado, 28 de junho de 2025
Capítulo XVII da OFSE - 28 de junho de 2025
No dia 28 de junho de 2025, a Ordem Franciscana Secular Evangélica (OFSE) reuniu-se em seu XVII Capítulo, realizado na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Ipanema, na casa da Irmã Alice Albuquerque.
Estiveram presentes irmãos e irmãs das igrejas Cristo Vive, Batista e Metodista. Ao todo, 18 participantes confraternizaram, estudaram sobre a espiritualidade franciscana, oraram e celebraram o aniversário do Prior.
O tema deste ano foi:
"Viver o Evangelho na dependência de Deus."
Iniciamos com uma dinâmica sobre o significado de viver o Evangelho e da dependência de Deus. Em seguida, fizemos a leitura de trechos do livro do Prior, que trata de como os primeiros franciscanos viviam confiando plenamente na providência do Senhor.
Foram momentos preciosos de partilha, oração e crescimento espiritual.
Abaixo, você pode conferir as fotos do XVII Capítulo da OFSE.
Ordem Franciscana Secular Evangélica (OFSE)
Testemunho de Elonede Cabral
Claro! Aqui está a transcrição do texto da imagem:
Relate seu testemunho sobre o XVII Capítulo da OFSE
Foi bênção participar em 28/06/2025 da reunião da OFSE, cujo tema foi: como devemos viver o Evangelho na dependência de Deus.
Relembrar todas as ações de Francisco. Renunciar a tudo para viver inteiramente o Evangelho de Deus.
Sair pelo mundo com seus discípulos levando o Evangelho a toda criatura.
A OFSE nos leva ao crescimento espiritual através desses estudos com o exemplo de fidelidade ao Senhor Jesus. Devemos ser fiéis, seguir caminhos certos, sermos cheios de caridade, perdão para o mundo, espalhando o Evangelho de Jesus.
Eloneide Cabral
Testemunho da Irmã Maria Neuza:
Renovou a esperança, fortaleceu-me. Momento saudoso, de me sentir amada e de demonstrar o amor às irmãs tão queridas.
Pra mim foi Hebreus 10:24
“Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de boas obras.”
Viver o Evangelho na Dependência de Deus
XVII Capítulo da OFSE
28 de junho de 2025
Rio de Janeiro – RJ
Paz e Bem!
Lembre-se sempre da meditação de John Wesley sobre o Salmo 16.3 – “Quanto aos santos que há na terra, eles são os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer”.
Sobre este texto bíblico Wesley ora ao Senhor dizendo:
“Tenho respeito e amor singulares por todos os santos por amor a Ti, de quem eles são amigos e servos e de cuja imagem são portadores”.
(Bíblia de Estudo John Wesley. Nota sobre o Salmo 16.3).
O Tema é viver o Evangelho na dependência de Deus.
Vamos orar, nos confraternizar e ler o texto que nos inspirará a permanecer neste santo caminho de santidade trilhado por mulheres e homens na História da Igreja.
Esta reunião é para a glória do Senhor Jesus.
Viver o Evangelho na Dependência de Deus
SARDINHA, Edson C - Francisco de Assis: Um discípulo que provoca. 3. Aprovação da Igreja- Pg 32 à 36
Oração Inicial
Hino
O Reino de Deus e paz e justiça
E gozo no Espírito Santo
Cristo, vem abrir em nós
As portas do teu reino.
Texto para Reflexão:
Pergunta para reflexão: Como viver o Evangelho na dependência de Deus? ____________________________
1. Francisco desejava viver integralmente o Evangelho. Como o número de discípulos aumentava, “escreveu para si e para seus irmãos, presentes e futuros, com simplicidade e com poucas palavras, uma forma e Regra de vida, usando, principalmente, expressões do santo Evangelho” (1Cel 13.32.1).
2. Depois da Regra pronta, levou-a, com os seus discípulos, a Roma, para que o Papa Inocêncio III a aprovasse. Era o ano de 1209.
3. Nesta época, o amigo e bispo de Assis, Guido, estava em Roma; num primeiro momento, Guido não “gostou” da presença de Francisco e seus amigos em Roma, pois achava que estavam abandonando Assis.
4. Para Tomás de Celano, o motivo do desagrado estava no fato de que o bispo desejava muito o trabalho de Francisco e seus discípulos em Assis (1Cel 13.32.5,6): “Gostava muito de ter esses homens de valor em sua diocese e esperava muito de sua vida e de seus bons costumes”.
5. Contudo, quando soube o motivo da ida a Roma, ficou alegre e prometeu “seu apoio e influência”. Francisco também teve o apoio do bispo de Sabina, João de São Paulo, homem que se destacava de “entre os outros príncipes e dignitários da Cúria Romana”; contudo, Bispo João também tentou persuadi-lo a passar para a vida monástica ou eremítica...
6. Como Francisco permaneceu firme em seu propósito, “procurou apoiar sua causa diante do Papa” (1Cel 13.33.4).
7. No primeiro encontro com o Papa, este achou sua vida muito dura e difícil e lhe disse: “Meu filho, pede a Cristo que nos manifeste sua vontade, para que, conhecendo-a, possamos concordar com maior segurança com os teus piedosos desejos” (2Cel 16.1).
8. Francisco foi orar e Deus lhe deu uma parábola para falar ao Papa:
9. Francisco, dirás isto ao Papa: uma mulher pobrezinha, mas bonita, morava em um deserto. Um rei se apaixonou por ela por causa de sua grande formosura, desposou-a todo feliz e teve com ela filhos belíssimos. Quando já estavam adultos e nobremente educados, a mãe lhes disse: “Não vos envergonheis, meus queridos, porque sois pobres, pois sois todos filhos daquele grande rei. Ide com alegria para sua corte, e pedi-lhe tudo que precisais’. Apresentaram-se ousadamente ao rei, sem temer o rosto que era parecido com o deles. Vendo neles essa semelhança, o rei perguntou, admirado, de quem eram filhos. Quando disseram que eram filhos daquela mulher pobrezinha do deserto, o rei os abraçou dizendo: ‘Sois meus filhos e meus herdeiros, não tenhais medo! Se até estranhos comem à minha mesa será muito mais justo que eu alimente aqueles a quem está destinada por direito a minha herança toda’. Por isso o rei mandou que a mulher levasse todos os seus filhos para serem alimentados em sua corte (2Cel 16.4-13).
10. Quando o Papa recebeu esta palavra, lembrou-se de um sonho que teve, onde tinha visto a Basílica de Latrão prestes a ruir, mas sendo sustentada por um religioso, homem pequeno e desprezível, que a sustentava com seu ombro para não cair. “E disse: ‘Na verdade, este é o homem que, por sua obra e por sua doutrina, haverá de sustentar a Igreja’” (2Cel 17.5).
11. O Papa entendeu que a obra era de Cristo e confirmou a Regra de Vida de Francisco.
12. Aceitou o pedido e deu-lhe despacho. Tendo-lhes feito muitas exortações e admoestações, abençoou São Francisco e seus irmãos e lhes disse: “Ide com Deus, irmãos, e conforme o Senhor se dignar inspirar-vos, pregai a todos o arrependimento. Quando o Senhor vos tiver enriquecido em número e graça, vinde referir-me tudo com alegria, e eu vos concederei mais do que agora e, com maior segurança, vos confiarei encargos maiores” (1Cel 13.33.7,8).
13. Mais tarde, Francisco teve um sonho, que entendeu ser uma revelação de Deus. No Senhor, ele crescia e ficava da altura de uma árvore de grande porte. Uma árvore bela e forte, grossa e muito alta.
14. Francisco, com suas mãos, conseguia “vergá-la facilmente até o chão”. Ele entendeu que esta árvore era o Papa Inocêncio III que, sendo poderoso, se inclinou com benignidade e atendeu à sua vontade.
15. Em Roma, aproveitaram para visitar o Túmulo de São Pedro e, depois, retornaram para o Vale de Espoleto. No caminho, discutiam sobre a vida da nova Ordem que nascia, de acordo com o Evangelho.
16. Chegaram a um lugar solitário e não tinham nada para comer. Um homem os encontrou e lhes deu pão e se foi. Viram este gesto como um milagre da providência divina.
17. Finalmente, chegaram a um lugar perto de Orte, e “ali ficaram quase quinze dias”. Para terem o que comer, iam à cidade e pediam, de porta em porta, alimentos. Os alimentos que sobravam guardavam em um sepulcro para comerem depois (1Cel 14.34).
18. Essas experiências levaram os discípulos e Francisco a louvarem a Deus por nada possuírem: a pobreza era uma liberdade espiritual. “Pondo de lado toda solicitude pelos bens terrenos, só lhes interessava a consolação de Deus. Por isso, resolveram, com firmeza, não se apartar dos braços da pobreza, por maiores que fossem as tribulações e tentações” (1Cel 14.35).
19. Certa vez, tentou destruir uma casa em Porciúncula, que estava sendo levantada para a reunião do Capítulo dos Irmãos Menores.
20. “Quando o santo voltou e viu a casa, levando a mal, não sofreu pouco. Levantou-se para ser o primeiro a eliminar o edifício. Subiu ao telhado e pôs abaixo telhas e cobertura com mão forte. Mandou os frades subirem também para acabar de uma vez com aquele monstro contrário à pobreza. Porque dizia que logo se haveria de espalhar pela Ordem e ser tomado por exemplo tudo que se visse de mais pretensioso naquele lugar. Teria acabado de uma vez com o prédio se os soldados que lá estavam não tivessem feito frente ao seu fervor dizendo que ele pertencia à comuna e não aos frades”. (2Cel 57.1-6).
21. Com a autorização de Roma, Francisco teve mais vigor para pregar o Evangelho e exortar o povo cristão à conversão. Sua pregação era direta e vigorosa.
22. “Valoroso soldado de Cristo, Francisco percorria as cidades e povoados anunciando o reino de Deus, proclamando a paz, pregando a salvação e a penitência para a remissão dos pecados, sem usar os argumentos da sabedoria humana, mas a doutrina e a força do Espírito. Apoiado na autorização apostólica que lhe fora concedida, agia em tudo destemidamente, sem adular nem tentar seduzir ninguém com moleza. Não sabia lisonjear as culpas de ninguém, mas pungi-las. Não tentava desculpar a vida dos pecadores, mas atacava-os com áspera reprimenda, tanto mais que tinha posto primeiro em prática as coisas que aconselhava aos outros. Sem medo de que o repreendessem, anunciava a verdade destemidamente, de maneira que até os homens mais letrados, que gozavam de renome e dignidade, admiravam seus sermões e em sua presença sentiam-se possuídos de temor salutar”. (1Cel 15.36.1-3)
23. Não apenas leigos, mas também clérigos, procuravam ouvir os sermões de Francisco. Tinha tanta persuasão, que suas mensagens pareciam “fluir de uma luz” vinda de Deus.
24. “Brilhava como uma estrela fulgente na escuridão da noite e como a aurora que se estende sobre as trevas” (1Cel 14.37).
25. Ocorreram, assim, muitas conversões em toda a região, de nobres e plebeus, sacerdotes e leigos, homens e mulheres – pessoas de toda parte desejavam seguir este novo modo de vida.
26. A Ordem cresceu e passou a ser chamada de “Ordem dos Frades Menores”: foi o próprio Francisco que lhe deu o nome.
27. “Quando estavam escrevendo na Regra: ‘e sejam menores’, ao ouvir essas palavras disse: ‘Quero que esta fraternidade seja chamada Ordem dos Frades Menores’ (1Cel 14.38).
28. O nome “Menor” estava ligado ao fato de que a espiritualidade da Ordem foi baseada na verdadeira humildade: sempre procurava os piores lugares e fazer o que os outros detestavam.
29. O carisma da Ordem era servir a Deus e ao próximo com um coração verdadeiramente pobre.
30. A Ordem estava baseada na alegria, na comunhão de seus membros e na obediência.
31. “Não tinham nada e nada desejavam: eram contentes com suas únicas túnicas – algumas vezes, remendadas por dentro e por fora. “Cingiam-se com uma corda e usavam calças de pano rude” (1Cel 14.39.7). Não possuíam abrigos contra o frio; durante o dia, trabalhavam e serviam aos leprosos. Preferiam trabalhar em lugares onde eram perseguidos. “Foram muitas vezes cobertos de opróbrios e de ofensas, despidos, açoitados, amarrados, encarcerados, sem recorrer à proteção de ninguém, e suportavam tudo varonilmente, vindo à sua boca apenas a voz do louvor e da ação de graças” (1Cel 14.40).
O que você destaca no texto?
Como serve para sua espiritualidade?
Oração das Vésperas
Prelúdio
Minh’ alma tem sossego em Deus
Só em Deus, que é fonte de salvação.
Sim, só em Deus Minh’ alma tem sossego.
Nele encontro a paz
Acolhida
Nesta tarde abençoada de sábado, entrada do Dia do Senhor, véspera do Santo Domingo da Ressurreição, que seja convosco a Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador. (Tito 1:4)
Viemos orar e adorar ao Senhor. Ouçamos a Palavra de Deus.
E, chegada à tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; (Mateus 8:16)
Convite ao Arrependimento
Nos arrependamos dos nossos pecados: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; (Atos 2:38).
Oração: Senhor apresentamos a ti nossos pecados...
Oração Silenciosa
Palavra de reconciliação
O Senhor retirou os nossos pecados mediante Jesus Cristo: E esta será a minha aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados. (Romanos 11:27)
Amém.
Ação de Graças
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, (1 Pedro 1:3). E bendito seja para sempre o seu nome glorioso; e encha-se toda a terra da sua glória. Amém e Amém. (Salmos 72:19). Desde o nascimento do sol até ao ocaso, seja louvado o nome do Senhor. (Salmos 113:3). Bendito seja o Senhor Deus de Israel de século em século. Amém e Amém. (Salmos 41:13). Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, (Lucas 1:68)
Bendito seja Deus para sempre!
Hino
O auxílio virá do Senhor
O Senhor, o nosso Deus
Que fez o céu e a terra
O céu e a terra
Salmo
Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo desde agora e para sempre. Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos,
para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.
Faze bem, ó
Senhor, aos bons e aos que são retos de coração.
(Salmos
125:1-4)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, é agora e será sempre, por todos os séculos. Amém.
Contemplação
O dia quase terminou, e a noite veio; oremos com um só coração e mente.
Momento de silêncio
Como nossa oração nesta tarde (ou noite) sobe a ti, Senhor, que assim teu Espírito desça a nós para nos levar sempre ao teu louvor.
Amém.
Hino
Minh’ alma tem sossego em Deus
Só em Deus, que é fonte de salvação.
Sim, só em Deus Minh’ alma tem sossego.
Nele encontro a paz
Leitura Bíblica: Lucas 9.51-62
Esta é a palavra do Senhor.
Graças a Deus.
Credo Niceno-Constatinopolitano
Creio
em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, / de todas as
coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho
Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus,
luz da luz, Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro, / gerado, não criado, consubstancial ao Pai. / Por ele todas as
coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos
céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da Virgem Maria, e se fez
homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. /
Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, /
onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, / em sua glória, /
para julgar os vivos e os mortos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no
Espírito Santo, / Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com
o Pai e o Filho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio
na Igreja, una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batismo para
remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mortos / e a vida do mundo
que há de vir. - Amém.
ÿ Rito da Paz
Ministro: Cristo é a nossa paz. Pela cruz reconciliou-nos com Deus e fez de nós um só Corpo. Em seu nome nos reunimos, partilhando da sua paz.
Nós somos o Corpo de Cristo. Fomos batizados num só Espírito para formarmos um só Corpo. Procuremos tudo o que sirva a paz e edifique a nossa vida em comum.
A paz do Senhor esteja sempre
convosco.
Todos: O
amor de Cristo nos uniu.
Ministro: Saudemo-nos na paz de Cristo.
ÿ Hino para ofertório
Todos: Tua é, Senhor, a grandeza e o poder, a glória e a majestade. Porque teu é tudo quanto existe nos céus e na terra. Tudo vem de Ti, Senhor, e o que damos, da tua mão o recebemos.
ÿ A Tomada do Pão e do Vinho
Ministro: Bendito sejas, Senhor Deus do universo, pelo Pão e pelo Vinho que recebemos da tua bondade, frutos da terra e do trabalho do homem, que agora Te apresentamos e para nós se vão tornar Pão da Vida e Vinho da Salvação.
Todos: Bendito seja Deus para sempre.
ÿ Litania
Ministro: O Senhor está no meio de nós!
Todos: O seu Espírito está conosco.
Ministro: Elevai os vossos corações.
Todos: Ao Senhor os elevamos.
Ministro: Demos graças ao Senhor nosso Deus.
Todos: É justo dar-lhe graças e louvores.
Ministro: Na verdade é justo, é nosso dever e nossa alegria, dar-te graças e louvores, sempre e em todo o lugar, Pai santo, Rei celestial, Deus onipotente e eterno, mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor. Ele é a tua Palavra viva, por quem desde o princípio tudo criaste e nos formaste à tua própria imagem. Por Ele nos resgataste da escravidão do pecado quando o deste para nascer como homem, morrer na cruz, ressuscitar dentre os mortos, e ascender em glória, à tua direita, nas alturas, por Ele derramaste sobre nós o teu Espírito Santo, vivificador, e de nós fizeste um povo para Ti.
Ministro: Portanto, com os anjos e os arcanjos, e com todos os santos no céu, proclamamos a tua glória cantando com alegria:
Todos: Santo, Santo, Santo. Senhor Deus dos Exércitos. Toda a terra está cheia da sua glória. Bendito o que vem em nome do Senhor! Glória te seja dada, ó Cristo! Hosana nas maiores alturas!
Ministro: Ouve-nos, Pai celestial, mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor; aceita através d'Ele a nossa oferta de louvor, e concede que, pelo poder do teu Espírito Santo, estes dons de Pão e de Vinho sejam para nós o seu Corpo e o seu Sangue. Jesus, na mesma noite em que foi traído, tomou o Pão, deu-te graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: tomai e comei; isto é o meu Corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. De igual modo, no fim da ceia, tomou o cálice, deu-te graças e entregou-o aos seus discípulos, dizendo: tomais e bebei todos; este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos os homens para remissão dos pecados; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.
Ministro: Eis o mistério da fé.
Todos: Morrendo, aniquilaste a nossa morte; ressuscitando, restauraste-nos a vida. Senhor Jesus, vem em glória.
ÿ O Partir do Pão
Ministro: Partimos este Pão para participar do Corpo de Cristo.
Todos: Sendo
embora muitos, somos um só Corpo, porque todos partilhamos de um só Pão.
Todos: Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tem piedade
de nós!
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tem piedade de nós!
Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, dá-nos a paz!
ÿ A Comunhão
O presidente convida os fiéis à comunhão, dizendo:
Ministro: Aproximai-vos com fé. Recebei o Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, que Ele deu por vós e o seu Sangue, que derramou por vós. Comei e bebei em memória de Cristo haver morrido por vós e alimentai-vos d'Ele em vossos corações, pela fé, com ações de graças.
Todos: Não ousamos aproximar-nos da tua mesa, clementíssimo
Senhor, confiados na nossa retidão, mas somente na tua infinita misericórdia.
Não somos dignos sequer das migalhas caídas da tua mesa; mas és Tu, Senhor,
quem nos convidas e é da tua natureza ter sempre compaixão. Concede-nos, pois,
bondoso Pai, que nos alimentemos do Corpo e Sangue de teu bendito Filho, para
permanecermos sempre n'Ele, e Ele
Ministro: O Corpo de Cristo te guarde para a vida eterna ou o Corpo de Cristo.
Comungante: Amém.
Ministro: O Sangue de Cristo te guarde para a vida eterna ou o Sangue de Cristo.
Comungante: Amém.
ÿ Pós-Comunhão
Ministro: Ó Deus, Pai querido, damos-te graças e louvores porque, estando nós afastados de ti, vieste ao nosso encontro , e nos reconduziste ao lar. Morrendo e ressuscitando, Ele manifestou o teu amor; concedeu-nos graça e abriu-nos as portas da glória. Possamos nós, que recebemos o Corpo de Cristo e bebemos do seu Sangue, viver também a vida da sua ressurreição e comunicá-la aos outros; possamos nós, a quem o Espírito ilumina, ser a tua luz no mundo. Mantém-nos firmes na esperança que nos propuseste, para que nós e todos os teus filhos sejamos livres do pecado e toda a terra viva para glória do teu nome. Mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.
Todos: Pai Todo-poderoso, damos-te graças por nos teres alimentado com o Corpo e o Sangue de teu Filho Jesus Cristo. Através d'Ele te oferecemos as nossas almas e os nossos corpos, em sacrifício vivo. Envia-nos ao mundo, no poder do teu Espírito, a fim de vivermos e trabalharmos para tua honra e glória. Amém.
ÿ Despedida
Ministro: A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guarde os vossos corações e mentes no conhecimento e no amor de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor; e a bênção de Deus onipotente, o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo, esteja convosco e convosco fique para sempre.
Povo: No poder do Espírito Santo.
Amém
Hino
Quem anda sempre no amor / Não cansa, nem se cansa, ó!
O amor é paciente, o amor é prestativo / Não é invejoso
O amor não se alegra com a injustiça / Mas se alegre com a verdade
O amor tudo desculpa, tudo crê / Tudo espera, tudo suporta
Amo o Senhor porque ouviu / A voz da minha súplica
O Senhor guarda os simples / Estava sem força e ele salvou-me
Volta Minh’ alma ao teu repouso / Porque o Senhor foi bom comigo
Andarei na presença do Senhor / Sobre a terra dos viventes
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sexta-feira, 27 de junho de 2025
A Cor Marrom para o Franciscano - OFSE
A cor marrom associada a Francisco de Assis e aos franciscanos refere-se ao hábito ou túnica que eles tradicionalmente usam.
Essa cor, muitas vezes, é um marrom terroso, castanho, e está ligada à simplicidade, humildade e pobreza, valores centrais do franciscanismo.
A escolha do marrom não foi apenas estética, mas também prática, pois era uma cor comum entre os camponeses da época e o tecido menos tingido era mais acessível e durável.
Origem histórica:
Na Idade Média, os camponeses, que forneciam roupas aos frades, usavam tons de cinza e marrom, cores resultantes da lã não tingida.
Simplicidade e pobreza:
A escolha do marrom refletia a busca por simplicidade e a rejeição à ostentação, valores defendidos por São Francisco de Assis.
Funcionalidade:
O hábito marrom era considerado mais prático para o trabalho e a vida ao ar livre, pois ajudava a manter uma aparência relativamente limpa, mesmo com o trabalho árduo e a vida entre os pobres e doentes.
Simbolismo:
O marrom evoca a terra, a natureza e a vida simples, valores importantes para a espiritualidade franciscana.
Tradição:
O uso do hábito marrom tornou-se uma tradição entre os franciscanos e seus seguidores, sendo um símbolo visível de sua forma de vida