segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Visio Divina com Ícone de Francisco de Assis



Vamos fazer a visio divina deste ícone de São Francisco de Assis. A prática da visio divina é semelhante à lectio divina, mas em vez de meditarmos na Palavra escrita, contemplamos a Palavra revelada através da imagem sagrada. É um caminho de oração que envolve ver, meditar, orar e descansar em Deus.


1. Ver (Visio)

Olhamos atentamente a imagem.

  • São Francisco aparece de hábito simples, marrom, sinal de pobreza e desapego.
  • Ele segura um livro com uma cruz dourada: o Evangelho, sua regra de vida.
  • Na outra mão, um pássaro pousa, recordando sua fraternidade com toda a criação.
  • O rosto é sereno, mas marcado por austeridade e profundidade interior.
  • As mãos exibem as marcas dos estigmas de Cristo.
  • Ao redor, flores, pássaros e montanhas: o universo reconciliado, em paz com Deus.
  • Atrás da cabeça, o halo dourado mostra a luz da santidade.

2. Meditar (Meditatio)

Que mensagem esta imagem comunica?

  • Pobreza e Evangelho: Francisco aponta para Cristo como centro, vivendo o Evangelho em simplicidade.
  • Fraternidade cósmica: os pássaros lembram o “Cântico das Criaturas” – toda a criação louva ao Criador.
  • Identificação com Cristo: os estigmas em suas mãos dizem que sua vida foi tão unida a Cristo que carregou em si os sinais da cruz.
  • Serenidade: o rosto transmite paz profunda, fruto de uma vida entregue a Deus.

Perguntas para o coração:

  • Como eu acolho a simplicidade evangélica no meu cotidiano?
  • Vejo a criação como irmã, louvando a Deus junto comigo?
  • Onde a cruz de Cristo se manifesta em minha vida, transformando dor em amor?

3. Orar (Oratio)

Do coração, brota a oração:

Senhor Altíssimo e Bom,
que deste a São Francisco um coração pobre,
faze-me também livre dos excessos,
contente apenas com a Tua graça.

Que eu veja na criação não coisas a consumir,
mas irmãos e irmãs a respeitar.

Dá-me, ó Cristo crucificado,
coragem para abraçar minhas feridas,
transformando-as em fontes de vida,
como Francisco recebeu os Teus estigmas.

Ensina-me a viver em paz,
simples e cheio de alegria no Espírito Santo.
Amém.


4. Contemplar (Contemplatio)

Agora permanecemos em silêncio diante da imagem. Não mais analisamos nem falamos: apenas deixamos que a presença de Deus, refletida no ícone, penetre no coração.

  • O olhar de Francisco nos chama à simplicidade.
  • O pássaro repousando nos lembra que no coração que confia, até a criação encontra abrigo.
  • O halo dourado nos recorda que todo ser humano é chamado à santidade.

 

Conclusão:

Assim, este ícone se torna não apenas arte, mas uma janela para o divino. Ele nos convida a viver como Francisco: com o Evangelho nas mãos, as chagas de Cristo no corpo e a criação como irmã.



sábado, 20 de setembro de 2025

São Francisco de Assis e o Valor das Escrituras Sagradas

Irmã Marisa, oesi, lendo o Salmo Responsorial. 

São Francisco de Assis e o Valor das Escrituras Sagradas

Introdução

A história da espiritualidade cristã está marcada por homens e mulheres que, em diferentes épocas, redescobriram a centralidade da Palavra de Deus. No século XIII, em meio a um cristianismo medieval frequentemente marcado por tensões entre riqueza e pobreza, poder e simplicidade, surge a figura de São Francisco de Assis (1181/82–1226). Sua vida não foi apenas um testemunho de desapego e fraternidade, mas, sobretudo, de obediência radical às Escrituras Sagradas.

As fontes primitivas franciscanas testemunham que Francisco não quis fundar uma ordem baseada em sua própria criatividade, mas apenas “viver segundo a forma do santo Evangelho” (Regra não bulada, 1,1). Tal princípio mostra que para ele a Escritura não era um texto a ser apenas lido ou interpretado, mas um caminho de vida a ser encarnado. Sua herança foi transmitida não só pela prática dos frades menores, mas também pela tradição intelectual franciscana, que buscou unir o ardor da experiência evangélica à reflexão teológica.


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Francisco e a Palavra como Regra de Vida

As biografias iniciais de São Francisco deixam claro que sua conversão foi profundamente bíblica. Tomás de Celano, em sua Vita Prima (1228–1229), narra que Francisco, ao ouvir o Evangelho da missão dos discípulos (Mt 10,7-10), exclamou: “Isto é o que eu quero, isto é o que eu procuro, isto é o que eu desejo fazer de todo o coração” (1Cel 22). Esse episódio mostra como a Escritura se tornou para ele norma imediata de existência, não objeto distante de estudo, mas Palavra viva que convoca e transforma.

No seu Testamento, escrito pouco antes da morte, Francisco reforça a mesma convicção: “E depois que o Senhor me deu irmãos, ninguém me mostrava o que eu deveria fazer, mas o próprio Altíssimo me revelou que eu devia viver segundo a forma do santo Evangelho” (Test 14). Aqui aparece a centralidade da Escritura como revelação direta de Deus e fundamento da fraternidade.

Essa relação direta com a Bíblia não exclui a Igreja, mas revela sua raiz carismática. Francisco não pretendeu criar um novo cânon espiritual, mas devolver ao povo a simplicidade da Palavra, vivida em obediência, pobreza e fraternidade.


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A Prática da Palavra: Ouvir e Viver

As Admoestações de Francisco são um testemunho de sua leitura bíblica orante. Em várias delas, Francisco cita literalmente a Escritura. Por exemplo, na Admoestação VII, ele diz: “Onde há caridade e sabedoria, aí não há temor nem ignorância”, ecoando 1Jo 4,18. Já na Admoestação I, recorda a humildade de Cristo: “Consideremos todos, irmãos, o bom pastor, que para salvar suas ovelhas suportou a paixão da cruz”.

Tomás de Celano relata que Francisco amava ouvir a Palavra proclamada e que “frequentemente pedia que lhe lessem os Evangelhos do Senhor” (2Cel 102). A Escritura era alimento de sua alma e critério de discernimento. Não se tratava apenas de ouvir, mas de imitar: “Os irmãos nada mais devem ter a não ser este: o santo Evangelho” (Regra não bulada, 1,1).

Esse amor pela Escritura moldou também sua pregação. Francisco não era um orador eloquente segundo os padrões escolásticos, mas falava como quem vive a Palavra. Celano descreve que “sua língua era como fogo ardente, porque o coração estava cheio de amor pela Escritura” (1Cel 97).


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Ecos Intelectuais Franciscanos

A partir de Francisco, a tradição franciscana uniu experiência bíblica e reflexão teológica. São Boaventura, na Legenda Maior (1263), afirmou: “A intenção de Francisco não era outra senão observar o Evangelho em tudo e por tudo, com toda vigilância, todo esforço, todo desejo” (LM Prologus 2). Para Boaventura, a vida de Francisco era uma “exegese viva” do Evangelho, uma hermenêutica prática da Palavra.

Alexandre de Hales, mestre de teologia e franciscano, via na experiência de Francisco a confirmação de que a verdadeira teologia nasce da escuta da Escritura no seio da Igreja. Ele dizia: “A pobreza evangélica de Francisco é a chave que abre o sentido espiritual das Escrituras”.

Mais tarde, João Duns Scotus (†1308), conhecido como “Doutor Sutil”, ressaltou que a encarnação de Cristo — centro da devoção franciscana — manifesta o primado do amor de Deus, verdade proclamada nas Escrituras e assumida radicalmente por Francisco. Para Scotus, a fidelidade à Palavra era inseparável da contemplação do Verbo encarnado.


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O Valor da Escritura para Francisco e para Nós

Para Francisco, a Bíblia não era apenas objeto de veneração, mas Regra de vida. Seu modo de falar e agir mostrava que a Palavra de Deus estava no coração de sua espiritualidade. A sua obediência literal — “nada possuir, anunciar a paz, viver entre os pobres” — pode soar ingênua ou radical demais, mas traduz o desejo profundo de viver em comunhão com o Cristo dos Evangelhos.

Para nós, herdeiros da Reforma e da tradição protestante, esse testemunho franciscano continua atual. O princípio da Sola Scriptura, tão caro à fé reformada, encontra em Francisco um eco existencial: a Escritura não deve ser apenas estudada, mas encarnada na vida. Enquanto os reformadores insistiam no retorno à Palavra como autoridade suprema, Francisco já havia intuído, de modo carismático, que viver o Evangelho é deixar-se configurar pelo Cristo que fala nas Escrituras.

Assim, tanto na espiritualidade franciscana como na tradição protestante, encontramos um convite comum: voltar sempre à Palavra de Deus como fonte, regra e alimento.


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Conclusão

São Francisco de Assis não escreveu tratados exegéticos, mas sua vida se tornou comentário vivo da Escritura. Ele nos recorda que a Palavra de Deus não é apenas letra, mas Espírito que dá vida (2Cor 3,6). Seus biógrafos, suas próprias palavras e a tradição franciscana posterior testemunham a centralidade da Bíblia em sua vocação.

Hoje, em meio às tentações do consumismo e da superficialidade, o exemplo de Francisco continua a provocar a Igreja a voltar-se ao Evangelho com simplicidade e radicalidade. A Reforma protestante, ao recuperar a centralidade das Escrituras, partilha com Francisco a mesma intuição: a Palavra é o fundamento, a regra e a vida da comunidade cristã.

Que possamos, como Francisco, como os reformadores e como tantos santos do povo de Deus, redescobrir o poder transformador das Sagradas Escrituras. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O Domingo na Espiritualidade Franciscana e Metodista

O Domingo na espiritualidade Franciscana é Metodista.

Na espiritualidade cristã, o Domingo sempre foi chamado de “o Dia do Senhor” (Ap 1.10). Ele recorda a ressurreição de Jesus, a vitória da vida sobre a morte e a inauguração de uma nova criação. Para nós, metodistas, o Domingo é mais do que um dia de descanso: é um memorial da graça, um tempo de culto, de comunhão e de renovação do coração na presença de Deus.

Quando olhamos para a vida de São Francisco de Assis, percebemos que ele também via no Domingo uma ocasião especial para louvar o Senhor. Tomás de Celano, em sua Primeira Vida, relata:

> “Ele honrava de modo especial o domingo, porque neste dia começou a nossa salvação. Dizia que todos os cristãos deviam se alegrar nele mais do que nos outros dias, pois nesse dia o Senhor, ressuscitando, encheu de alegria o céu e a terra” (1Cel 82).



Esse testemunho mostra como Francisco não apenas amava a criação e os pobres, mas também tinha consciência litúrgica: via o tempo como espaço de encontro com Deus. Para ele, o Domingo era uma festa da esperança, uma proclamação da vitória de Cristo, celebrada tanto no coração quanto na vida em comunidade.

Na tradição metodista, aprendemos com John Wesley que a graça de Deus é ordinariamente comunicada por meio dos meios de graça — e o culto dominical é central entre eles. É no Domingo que a comunidade metodista se reúne para ouvir a Palavra, cantar hinos, partilhar a Ceia do Senhor e renovar o compromisso com a santidade prática. Assim, o Domingo é um dia missionário, pois nos envia de volta ao mundo para vivermos a fé em amor.

O blog OFSE entende que celebrar o Domingo é também um exercício franciscano de simplicidade: parar as atividades comuns, alegrar-se no Senhor, reconhecer o dom da vida e renovar o compromisso com Cristo ressuscitado. Para Francisco, cada Domingo era uma antecipação do céu, e para nós, discípulos metodistas, também é um sinal escatológico, apontando para a plenitude do Reino de Deus.

Aplicação para hoje

1. Guardar o Domingo não como obrigação, mas como alegria do evangelho.


2. Viver o Domingo com gratidão pela criação e pela redenção.


3. Celebrar em comunidade, mas também cultivar um coração franciscano: simples, alegre e cheio de louvor.

Assim, unindo o testemunho de São Francisco à herança metodista, proclamamos: “Este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos e regozijemo-nos nele” (Sl 118.24).

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

São Francisco de Assis e a Vida de oração


São Francisco de Assis e a Vida de Oração

A oração é o respirar da alma diante de Deus. O salmista declara: “Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti” (Salmo 63.1). Assim como Davi ansiava pela presença do Senhor, todo cristão é chamado a viver em constante diálogo com o Criador, em espírito e em verdade.

Entre os exemplos de homens e mulheres que se dedicaram a uma vida de oração, destaca-se São Francisco de Assis. Embora pertença à tradição católica medieval, sua vida inspira a todos nós, inclusive a nós protestantes, no chamado para uma espiritualidade simples, centrada em Cristo e alimentada pela oração.

Francisco não buscava a oração apenas como obrigação, mas como encontro vivo com Deus. Conta-se que ele passava longas horas em silêncio, contemplando a bondade do Senhor na criação e derramando diante d’Ele suas lágrimas e seus cânticos. Para ele, orar era mais do que falar; era ouvir, adorar e se entregar totalmente ao amor de Deus.

O apóstolo Paulo nos exorta: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). Essa mesma disposição encontramos em Francisco, que via a oração como respiração contínua da fé. Assim como Wesley, que entendia a oração como meio de graça indispensável à vida cristã, Francisco nos lembra que a intimidade com Deus transforma o coração e gera frutos de santidade e alegria.

A vida de oração, portanto, não nos afasta do mundo, mas nos devolve a ele com novo olhar. Francisco, depois de orar, levantava-se para servir os pobres e anunciar Cristo. Do mesmo modo, nós, metodistas e protestantes, entendemos que a verdadeira oração deve se traduzir em amor prático: amar a Deus e ao próximo, em palavras e em ações (Mateus 22.37–39).

Que possamos aprender com o exemplo de São Francisco a buscar ao Senhor em oração constante, não como fuga, mas como fonte de força e transformação. Pois a oração que nasce do coração toca o céu e desce em forma de serviço.


Oração

Senhor,
ensina-nos a viver em oração constante,
como filhos que confiam no Teu amor.
Que em cada respiração possamos lembrar da Tua presença.
Dá-nos simplicidade para orar com o coração,
como fez São Francisco,
e ousadia para viver a fé com alegria,
como ensinaram os apóstolos e os reformadores.

Em nome de Jesus,
Amém.

Assim, a vida de oração não é apenas tradição monástica ou católica, mas uma herança de toda a Igreja de Cristo. Francisco nos inspira a redescobrir a simplicidade e a beleza de viver em diálogo permanente com o Senhor.

A Alegria que vem de Deus

A Alegria que Vem de Deus

A verdadeira alegria não é apenas um sentimento passageiro; ela nasce do coração que encontrou sua esperança em Cristo. O apóstolo Paulo nos lembra: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4.4). Essa alegria é mais profunda do que as circunstâncias, pois vem do Espírito Santo e floresce mesmo em meio às dificuldades.

Alegria na Simplicidade – São Francisco de Assis

São Francisco nos ensinou que a “perfeita alegria” não está em aplausos, riquezas ou reconhecimento, mas em carregar a cruz com Cristo e ainda assim cantar louvores. A verdadeira alegria é aprender a viver na simplicidade e encontrar contentamento em Deus.

Alegria no Serviço – São Bento

São Bento, em sua Regra, escreveu que devemos “servir ao Senhor com alegria” (Sl 100.2). O caminho da disciplina e da obediência não é peso, mas fonte de contentamento. Servir humildemente ao próximo é experimentar a alegria do Evangelho em ação.

Alegria na Fé – Martinho Lutero

Para Lutero, a alegria do Evangelho estava em saber que somos justificados pela fé, não pelas obras. Ele disse: “A fé é uma confiança viva e ousada na graça de Deus”. Essa confiança liberta do medo e enche o coração de júbilo, mesmo nas provações.

Alegria na Santidade – João Wesley

João Wesley testemunhou a alegria de ter o coração “estranhamente aquecido” pelo Espírito. Para ele, a santidade era inseparável da alegria: “A religião genuína é felicidade, paz e alegria no Espírito Santo.” A alegria é fruto da presença real de Deus em nós.

Uma Alegria que Transforma

A alegria em Cristo não foge das dores, mas floresce em meio a elas. É a alegria do servo que canta como Francisco, serve como Bento, confia como Lutero e testemunha como Wesley. Como declara o salmista: “Na tua presença há plenitude de alegria; à tua direita, delícias perpetuamente” (Sl 16.11).

Oração pela Alegria em Cristo

Senhor amado,
ensina-nos, como Francisco, a encontrar alegria na simplicidade e na cruz.
Guia-nos, como Bento, a servir-Te com disciplina e coração alegre.
Dá-nos, como Lutero, a confiança ousada na Tua graça que nos liberta.
E aquece, como em Wesley, o nosso coração com a chama do Teu Espírito.

Que a nossa vida transborde em alegria verdadeira,
não nas coisas deste mundo,
mas na certeza da Tua presença.

Em nome de Jesus,
Amém.



A pobreza de Cristo, de Francisco de Assis e a liberdade do discípulo

 


A pobreza de Cristo, de Francisco de Assis e a liberdade do discípulo

“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”
(2 Coríntios 8.9)

Reflexão

O apóstolo Paulo lembra que a nossa fé nasce do movimento descendente de Cristo: Ele, sendo eterno e rico em glória, fez-se pobre por amor, para que tivéssemos vida abundante em Deus.

As primeiras biografias de São Francisco de Assis relatam que ele abraçou a pobreza não como miséria, mas como liberdade: “não possuir nada, para possuir tudo em Cristo”. Ele via na renúncia material um testemunho da suficiência do Evangelho.

Os reformadores também entenderam isso. Para Calvino, a lembrança da pobreza de Cristo é o fundamento da vida cristã: toda liberalidade, toda simplicidade, todo desapego nasce do reconhecimento de que já somos ricos em Cristo. Não buscamos mérito; vivemos em resposta à graça recebida.

Séculos depois, John Wesley ecoou a mesma verdade. Ele exortava os metodistas: “Ganhai tudo o que puderdes, poupando tudo o que puderdes, para dar tudo o que puderdes”. Para Wesley, a riqueza não era fim em si mesma, mas instrumento de amor. A vida cristã deveria refletir uma economia de graça: trabalho diligente, simplicidade pessoal e generosidade missionária.

Assim, Francisco, a Reforma e Wesley convergem:

  • Cristo é o centro,

  • a graça é o fundamento,

  • a liberdade do discípulo se expressa em desapego, serviço e generosidade.

A verdadeira riqueza do crente não está em posses, mas na comunhão com o Senhor.

Oração

Senhor Jesus,
Tu, que sendo rico, te fizeste pobre por nós,
ensina-nos, como ensinaste a Francisco,
a viver na liberdade do desapego.
Faz-nos, como lembraram os reformadores,
descansar na tua graça, não em nossas obras.
E inspira-nos, como ensinou Wesley,
a usar os bens desta vida para servir o próximo.
Seja Cristo nossa riqueza, hoje e sempre.
Amém.