quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Conversões no Ministério de Francisco de Assis

Conversões no Ministério de Francisco de Assis

Francisco de Assis era um evangelista leigo. Através de sua vida milhares de pessoas se converteram a Cristo e passaram a viver a radicalidade do Evangelho. Desejo compartilhar vários testemunhos de conversões baseados nas primeiras biografias do século XIII
Neste texto veremos a Conversão de Frei Pacífico e a libertação espiritual de um frade. Estes textos foram baseados na legenda maior (LM IV,9; LM XI,11).

Conversão de Frei Pacífico
Um famoso compositor de canções profanas, que por isso tinha sido coroado pelo imperador e então era chamado rei dos versos, resolveu ir a Francisco. 
Encontrou Francisco pregando em certo mosteiro. Deus lhe deu uma visão sobre a pessoa de Francisco. Ele viu Francisco, marcado em forma de cruz por duas espadas atravessadas e muito brilhantes, uma das quais ia da cabeça até os pés e outra se estendia de uma mão a outra, atravessando o peito. 
          Assim ele reconheceu Francisco. Nunca tinha lhe visto antes.
          Foi convencido pelas palavras de Francisco e se converteu.
         Francisco viu a conversão sincera em sua vida e lhe chamou de Frei Pacífico, pois sentiu paz em sua vida. Frei pacífico foi o primeiro ministro franciscano na França. Foi um grande homem para a obra de Deus no século XIII.

Conversão de um Frei insubmisso por causa do demônio
Francisco teve várias experiências com relação a expulsão de demônios. Ele ministrava libertação. Seu ministério também era de oração e libertação, pela graça de Deus e o poder do nome de Jesus.
Certa vez Francisco ministrou uma disciplina sobre seus irmãos. Quando um deles, cobrindo-se com certo manto de defesa, não se submeteu à disciplina, Francisco, vendo isso em espírito, chamou um dos frades e lhe disse: 
“Irmão, vi o diabo nas costas daquele frade desobediente, apertando o seu pescoço. Submetido a esse cavaleiro, desprezou o freio da obediência e se entregou às rédeas do seu instinto. Quando eu roguei a Deus pelo frade, o demônio foi embora confuso na mesma hora. Vai, portanto, e diz ao frade que submeta sem demora o seu pescoço ao jugo da santa obediência!”. Avisado pelo intermediário, o frade voltou-se imediatamente para Deus e se lançou humildemente aos pés do vigário. 

Reflexões:

Frei Pacífico viu Deus na vida e Francisco. A conversão dele veio das palavras e da ação de Deus na vida de Francisco. As pessoas tem visto Deus em nossa vida? 



Na visão, Francisco estava traspassado pela cruz de Cristo. A cruz de Cristo já dominou toda a minha vida? Já tomei a cruz que Cristo e estou seguindo o mestre Jesus?



 O Frade desobediente tinha sobre sua vida uma carga de demônios. Temos sido insubmissos para com Deus e para com as pessoas que Deus coloca como líder em nossa vida?



A desobediência a Deus é fruto espiritual da ação de demônios. Como vencer o espírito da desobediência?




  1. Rev. Edson Cortasio Sardinha

       Pastor metodista
       edsoncortasio@hotmail.com

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Testamento de Francisco de Assis

O “TESTAMENTO” de Francisco de Assis.
Depois da Regra Bulada, o Testamento é o documento melhor e mais amplamente documentado de Francisco. Ninguém duvida de sua autenticidade. Apenas existe uma leve suspeita com os parágrafos 31 a 36.
 O próprio título Testamento procede do texto de Francisco. Sabe-se que Francisco o ditou em seus últimos dias, depois de ter discutido vários pontos com os frades.
Ele queria que fosse lido sempre depois da Regra, e isso sempre foi feito. Mas, desde o início, houve discussões a respeito do valor obrigatório desse documento.
Já o próprio Gregório IX declarou, em 1230, que o Testamento não era obrigatório.
Mas não há dúvida de que ele expressa de maneira muito candente, o pensamento de Francisco sobre a sua própria vida e a que Deus lhe havia inspirado para os Frades Menores.
Vamos estudar com detalhe e na íntegra o Testamento de Francisco:
Sua conversão, arrependimento e sua relação com os leprosos:
1 O Senhor assim deu a mim, Frei Francisco, começar a fazer penitência: porque, como estava em pecados, parecia-me por demais amargo ver os leprosos.
 
2 E o próprio Senhor me levou para o meio deles, e fez ter misericórdia com eles.
3 E afastando-me deles, aquilo que me parecia amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo; e depois parei um pouco e saí do século.

Sua oração nas igrejas:
4 E o Senhor me deu tal fé nas igrejas, que assim simplesmente orava e dizia:
5 Nós te adoramos, Senhor Jesus Cristo, também em todas as tuas igrejas, que estão em todo o mundo, e te bendizemos, porque por tua santa cruz remiste o mundo.

Seu amor pelos sacerdotes:
6 Depois o Senhor me deu e dá tanta fé nos sacerdotes, que vivem segundo a forma da santa Igreja Romana, por causa de sua ordem, que, se me fizerem perseguição, quero recorrer a eles mesmos.
7 E se tivesse tanta sabedoria, quanta teve Salomão (cfr. 3Rs 4,30-31), e encontrasse sacerdotes pobrezinhos deste século, nas paróquias onde moram não quero pregar além da sua vontade.
8 E a eles e todos os outros quero temer, amar e honrar como a meus senhores.
9 E não quero considerar pecado neles, porque enxergo neles o Filho de Deus, e são meus senhores.
10 E o faço por isto: porque nada vejo corporalmente neste século do mesmo Filho de Deus, senão o santíssimo Corpo e o seu santíssimo Sangue, que eles recebem e só eles administram aos outros.
11 E esses santíssimos mistérios sobre todas as coisas quero que sejam honrados, venerados e colocados em lugares preciosos.
12 Os santíssimos nomes e suas palavras escritas, onde quer que os encontre em lugares ilícitos, quero recolher e rogo que sejam recolhidos e colocados em lugar honroso.
13 Também a todos os teólogos e aos que nos administram as santíssimas palavras divinas devemos honrar e venerar como a quem nos administra espírito e vida (cfr. Jo 6, 64).

Sua sabedoria e suas palavras
14 E depois que o Senhor me deu frades, ninguém me ensinava o que deveria fazer, mas o próprio Altíssimo me revelou que deveria viver segundo a forma do santo Evangelho.
15 E eu o fiz escrever em poucas palavras e simplesmente, e o senhor papa confirmou para mim.

Os primeiros discípulos:
16 E os que vinham tomar a vida davam aos pobres tudo que podiam ter (Tob 1,3), e estavam contentes com uma única túnica, remendada por dentro e por fora, com o cíngulo e as bragas.
17 E não queríamos ter mais.
18 Os clérigos dizíamos o Ofício segundo os outros clérigos, os leigos diziam: Pai-nosso (Mt 6,9-13); e ficávamos nas igrejas muito de boa vontade.
19 E éramos iletrados e súditos de todos.

Sobre o trabalho:
20 E eu trabalhava com minhas mãos (cfr. At 20,34), e quero firmemente que todos os outros frades trabalhem em trabalho que convém à decência.
21 Os que não sabem, aprendam, não pela cobiça de receber o preço do trabalho mas pelo exemplo e para repelir a ociosidade.
22 E quando não nos derem o preço do trabalho, recorramos à mesa do Senhor, pedindo esmola de porta em porta.

Sua saudação:
23 Uma saudação me revelou o Senhor, que disséssemos: O Senhor te dê a paz (cfr. 2Ts 3,16).

A vida dos frades:
24 Cuidem os frades que de nenhum modo recebam as igrejas, habitações pobrezinhas e tudo que para eles se constrói, se não forem como convém à santa pobreza, que na Regra prometemos, sempre aí se hospedando como forasteiros e peregrinos (cfr. 1Pd 2, 11).
25 Mando firmemente por obediência a todos os frades que, onde quer que estejam, não se atrevam a pedir letra alguma na Cúria Romana, por si ou por pessoa intermediária, nem para alguma igreja ou algum outro lugar, nem por aparência de pregação nem por perseguição de seus corpos;
26 mas onde quer que não forem recebidos, fujam para outra terra, para fazer penitência com a bênção de Deus.

Sobre a Obediencia:
27 E firmemente quero obedecer ao ministro geral desta fraternidade e ao outro guardião que lhe aprouver dar-me.
28 E de tal modo quero estar preso em suas mãos que não possa ir ou fazer mais do que a obediência e a sua vontade, porque é meu senhor.
29 E embora seja simples e enfermo, contudo sempre quero ter um clérigo que me faça o ofício como está contido na Regra.
30 E todos os outros frades tenham que obedecer assim aos seus guardiães e a fazer o ofício segundo a Regra.

O Zelo pela regra: (O seu zelo pela regra o faz intolerante para com a pessoa que não deseja segui-la fielmente. Será que Francisco foi de fato autor destes parágrafos? A princípio ele não queria regras para sua irmandade. Sua regra era somente o Santo Evangelho. Este zelo e esta intolerância levantam suspeitas da autenticidade desta parte do Testamento. Leia-o com atenção.)
31 E os que se descobrisse que não fazem o ofício segundo a Regra, e quisessem variar de outro modo, ou não fossem universais, cristãos (católicos no original), todos os frades, onde quer que estejam, sejam por obediência obrigados a, onde quer que encontrem algum desses, apresentá-lo ao custódio mais próximo desse lugar onde o tiverem encontrado.
32 E o custódio seja firmemente obrigado por obediência a guardá-lo fortemente, como um homem em prisão de dia e de noite, de modo que não possa ser arrancado de suas mãos, até que em sua própria pessoa o apresente nas mãos de seu ministro.
33 E o ministro firmemente esteja obrigado, por obediência a enviá-lo por meio de tais frades, que o guardem de dia e de noite como homem em prisão, até que o apresentem diante do senhor de Óstia, que é o senhor, protetor e corretor de toda a fraternidade.
34 E não digam os frades: "Esta é outra Regra", porque esta é uma recordação, admoestação, exortação e meu testamento, que eu, Frei Francisco, pequenino, faço a vós, meus irmãos benditos, para isto: para que mais cristãmente ( no original catolicamente) observemos a Regra que prometemos ao Senhor.
35 E o ministro geral e todos os outros ministros sejam obrigados por obediência a não acrescentar ou diminuir (cfr. Dt 4,2; 12,32) nestas palavras.
36 E tenham sempre este escrito consigo junto da Regra.

Sobre o uso deste testamento:
37 E em todos os capítulos que fazem, quando lêem a regra, leiam também estas palavras.
38 E a todos os meus frades, clérigos e leigos, mando firmemente por obediência que não ponham glosas na regra em nestas palavras, dizendo: "Assim devem entender-se".
39 Mas assim como o Senhor me deu de dizer e escrever simples e puramente a regra e estas palavras, assim simplesmente e sem glosa as entendais e com santas obras as guardeis até o fim.

Sua Bênção Final:
40 E todo aquele que observar estas coisas, no céu seja repleto da bênção do altíssimo Pai e na terra seja repleto da bênção do seu dileto Filho com o santíssimo Espírito Paráclito e todas as virtudes do céu e todos os santos.
41 E eu, Frei Francisco, pequenino servo vosso, tanto quanto posso vos confirmo por dentro e por fora esta santíssima bênção.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um desenho baseado na História

  Francisco: O Cavaleiro de Assis


Sinopse: Esta emocionante história acontece no tempo dos cavaleiros e reis, quando a honra pertencia aos heróis e a glória era conquistada nos campos de batalha. Nesta época vivia na cidade de Assis, na Itália, um jovem nobre e valente chamado Francisco, cuja família desejava que se tornasse um grande guerreiro e conquistasse um magnífico castelo. Porém, um dia, Francisco sente um forte chamado para uma glória maior do que ser mais um herói nos campos de batalha. Deus confia-lhe uma missão muito especial, que exigirá dele um supremo gesto de coragem. Por causa do amor de Deus, seu único e verdadeiro Rei,doa todos os seus bens e toda a sua riqueza e, cheio de alegria, embarca numa excitante e inesperada aventura: amar os pobres, acolher os desprezados pela sociedade e ser instrumento de reavivamento da Igreja. Ao abraçar essa difícil missão, o jovem Francisco enferenta violentas persiguições por parte dos familiares, amigos, da sociedade e dos responsáveis pela Igreja.




Servidor: Emule
Duração: 30 minutos
Formato: mpg/SVCD
Tamanho: 526 mb
Linguagem: Português

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ordem Franciscana Secular

Como Surgiu a Ordem Franciscana Secular?

A Ordem Franciscana Secular é formada historicamente por leigos e leigas, e até mesmo clérigos que desejam viver a espiritualidade franciscana no seu cotidiano.
No Século XII já existiam os chamados “penitentes”. Eram homens e mulheres que viviam a vida cristã em arrependimento e busca de santidade no cotidiano.
Vemos que a Terceira Ordem Franciscana, ou Ordem Franciscana Secular, surgiu no século XIII, pelo desejo manifestado por Francisco de incluir os leigos entre os seus seguidores (I Fiorette 1,16).
Na Obra de Thomaz de Celano 1, 15, vemos como o povo gostava de estar junto de Francisco e servi-lo. Luquésio de Poggibonzi e sua esposa Buona Donna desejaram ser seguidores de Francisco; e Francisco prometeu uma Regra para que o pudessem segui-lo sem sair de casa.
Na Legenda dos Três Companheiros (14,60), lê-se que os leigos “dedicavam-se a uma penitência muito generosa em suas casas”. 
Muitos autores ao falarem do século XIII, relataram que a partir de 1207 Francisco foi um penitente, até 1209, quando fundou a Ordem Primeira, sendo que ele com seus confrades se tornaram “pregadores itinerantes”.
“Se já na metade Século XII se tinha constatado no movimento penitencial um acréscimo, agora, sob o influxo dos frades menores, numerosos guias e orientadores, milhares de pessoas se reuniram, a vidas por viver este ideal”.
O imã atrativo era Francisco mesmo, com sua vivencia autentica aquilo que aspiravam.  A maior parte dos penitentes passou a seguir sua espiritualidade, difundida por seus confrades, e se tornaram então “ Penitentes de São Francisco”, embora nos documentos oficiais continuassem chamados “irmãos e irmã da penitencia”.
Somente no fim do século XIII, decênio depois da morte de Francisco se fala “da Ordem Terceira de São Francisco”.
Francisco é considerado o fundador da Ordem Terceira porque muitos jovens, homens e mulheres casados seguiram fielmente a espiritualidade franciscana e deram a origem à “ Ordem dos irmãos e irmãs da penitencia de São Francisco”, contudo, não existia um documento canônico assinado a respeito.
De 1221 a 1228, viveram o que dispunha “Memoriali Propositi”, regra aprovada pelo papa Gregório IX para todos os penitentes da época, por tanto sem nenhuma influencia franciscana.
Na regra não bulada dos frades menores – “Cap. XXIII, 16 a 22”, consta o ardente desejo de Francisco pelo salvação de toda humanidade.
Texto original no link: http://www.saofranciscogopouva.com.br
A inspiração original de Francisco consta da “carta aos fieis” onde está escrito:

Em nome do Senhor!
Dos que fazem penitência 
Todos os que amam o Senhor, "de todo coração, de toda a alma e de toda a mente, com todas as suas forças" (Mc 12,30) e "amam o seu próximo como a si mesmos" (Mt 22,39), e odeiam o próprio corpo com seus vícios e pecados, e que recebem o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e fazem dignos frutos de penitência: quão felizes são estes e estas que assim agirem e perseverarem até o fim, porque "sobre eles repousará o Espírito do Senhor" (Is 11,2) e Ele fará neles sua habitação e sua "morada" (Jo 14,23), e eles são filhos do Pai celestial (Mt 5,45) cujas obras fazem e são esposos, irmãos e mães de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 12,50).
Somos esposos, quando a alma fiel está unida a Nosso Senhor Jesus Cristo pelo Espírito Santo. Somos seus irmãos, quando fazemos "a vontade do Pai, que está nos céus" (Mt 12,50). Somos mães, quando o trazemos em nosso coração e em nosso corpo (1Cor 6,20) pelo amor divino e por uma consciência pura e sincera; e o damos à luz pelas obras santas que, pelo exemplo, devem ser luz para os outros (Mt 5,16).
Como é honroso ter no céu um Pai santo e grandioso! Como é santo ter um tal esposo, consolador, belo e admirável Como é santo e como é amável ter um tal irmão e um tal filho agradável, humilde, pacífico, doce, amorável e sobre todas as coisas desejável: Nosso Senhor Jesus Cristo que entregou sua vida por suas ovelhas (Jo 10,15) e por nós orou ao Pai, dizendo: "Pai santo, guarda-os em teu nome (Jo 17,11), os que me deste no mundo; eram teus, mas tu m’os deste (Jo 17,6). E as palavras que me deste, eu as dei a eles e as receberam e creram em verdade que saí de ti e conheceram que tu me enviaste" (Jo 17,8). Rogo por eles, "não pelo mundo" (Jo 17,9). Abençoa-os e "santifica-os" (Jo 17,17) e "por eles eu próprio me santifico" (Jo 17,19). "Não rogo somente por eles, mas também por quantos hão de crer em mim mediante a palavra deles (Jo 17,20), para que sejam santificados na unidade (Jo 17,23), como nós" (Jo 17,11). "Pai, quero que, onde eu estou, eles estejam comigo para que vejam a minha glória (Jo 17,24) no teu reino" (Mt 20,21). Amém.

Dos que não fazem penitência
Todos aqueles e aquelas que não vivem em espírito de penitência e não recebem o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, e praticam vícios e pecados, e caminham atrás da má concupiscência e dos maus desejos da sua carne e não cumprem o que prometeram ao Senhor e com seu corpo servem ao mundo, aos desejos carnais, às solicitudes deste mundo e às preocupações desta vida: dominados pelo demônio, do qual são filhos e cujas obras praticam (Jo 8,41), estão cegos, porque não reconhecem a verdadeira luz, Nosso Senhor Jesus Cristo. Não possuem a sabedoria espiritual porque não têm o Filho de Deus, que é a verdadeira sabedoria do Pai; dos quais está escrito: "A sabedoria deles foi devorada" (S1 106,27) e: "Malditos os que se afastam dos teus mandamentos" (S1 118,21).

Percebem e reconhecem, têm consciência e praticam o mal e perdem deliberadamente suas almas. Reparai, ó cegos, iludidos por vossos inimigos: pela carne, pelo mundo e pelo demônio; porque é agradável ao corpo praticar o pecado, e amargo fazê-lo servir a Deus, porque todos os vícios e pecados "saem do coração do homem e de lá procedem" como diz o Senhor no Evangelho (Mc 7,21).

E nada tendes de bom neste mundo, nem no futuro. E julgais possuir por longo tempo as coisas deste mundo, mas estais enganados, porque virá o dia e a hora na qual não pensais, que desconheceis e ignorais. O corpo adoece, a morte se avizinha e assim o homem morre de uma morte infeliz. E onde, quando e de tal modo como venha a morrer um homem em pecado mortal, sem penitência e reparação - e ele pôde fazer penitência mas não a fez o demônio lhe arranca a alma do corpo sob tal angústia e medo, que ninguém é capaz de conhecer, senão aquele próprio que o experimenta. E ser-lhes-ão tirados (cf. Lc 18; Mc 4 25) todos os talentos e os poderes e a ciência e a sabedoria (2Cr 1,12) que julgavam possuir. E deixam os seus bens parentes e aos amigos e depois que estes se apoderam deles e os distribuíram entre si disseram: Maldita seja a sua alma, porque pôde ter dado e ganho mais para nós do que aquilo que conseguiu. 0 corpo, comem-no os vermes e assim eles perderam o corpo e a alma neste mundo passageiro, e irão para o inferno, onde serão atormentados para sempre.

Ao conhecimento de todos quantos chegar esta carta, rogamos, por aquele amor que é Deus (1Jo 4,16), que recebam benignamente estas palavras odoríferas de Nosso Senhor Jesus Cristo. E os que não sabem ler, façam-nas ler muitas vezes; e guardem-nas na memória, pondo-as santamente em prática até o fim, pois elas são "espírito e vida" (Jo 6,64). E os que não o fizerem, terão de prestar "contas no dia do juízo" (Mt 12,36), "perante o tribunal" de Nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 4,10).

Esser K., Opuscula S. Patris Francisci.
Editiones Colegii S. Bonaventurae, Ad
Claras Aquas, Grottaferrata, 1978, pp. 108-112.

            É seguindo esta tradição histórica que existem na atualidade Ordens Franciscanas Seculares na Igreja católica, Anglicana, Luterana e em muitas outras denominações cristãs.
            É baseado neste seguimento histórico que estamos trabalhando a OFSE – Ordem Franciscana Secular Evangélica. Que Deus nos abençoe nesta caminhada de fé e espiritualidade.
            Você é evangélico/protestante e deseja caminhar conosco? Entre em contato: franciscanoevangelico@hotmail.com