segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Vida de Francisco antes da Conversão.

       Faremos uma breve introdução de cada parte da Biografia de Tomás de Celano (nasceu em 1200 d.C.) Tomás de Celano foi discípulo de Francisco e o autor da primeira biografia oficial do irmão de Assis. É interessante estudar nas primeiras fontes biográficas de Francisco e descobrir o homem de Deus levantando para influenciar toda uma geração. O segredo de Francisco foi sua verdadeira conversão a Jesus Cristo. Jesus é o caminho, a verdade e a Vida. Louvado seja o Senhor Jesus.
         Iremos iniciar com a vida de Francisco antes de sua conversão.

Vida Mundana de Francisco
Francisco vivia em Assis e teve uma criação mundana e arrogante: ”Desde os primeiros anos foi criado pelos pais com arrogância, ao sabor das vaidades do mundo. Imitou-lhes por muito tempo a via mesquinha e os costumes e tornou-se ainda mais arrogante e vaidoso”. 

Na época de Francisco os cristãos tinham atitudes pecaminosas e mundanas. Era comum ver cristãos envolvidos em pecados e luxúria: 2 Esse péssimo costume difundiu-se por toda parte, entre os que se dizem cristãos, como se fosse lei pública, tão confirmada e preceituada em toda parte que procuram educar seus filhos desde o berço com muito relaxamento e dissolução”. 

            Francisco foi educado no pecado: Nesses tristes princípios foi educado desde a infância... Neles perdeu e consumiu miseravelmente o seu tempo quase até os vinte e cinco anos”.

Francisco era um dos piores jovens de sua época. Era o líder mundano de seus amigos de Assis: “Pior ainda: superou desgraçadamente os jovens da sua idade nas frivolidades e se apresentava mais generosamente como um incitador para o mal e um rival em loucuras”.

Ele era um mau exemplo para todos os jovens. “Todos o admiravam e ele procurava sobrepujar aos outros no fausto da vanglória, nos jogos, nos passatempos, nas risadas e nas conversas fúteis, nas canções e nas roupas delicadas e luxuosas”.

Francisco também não sabia lidar com o dinheiro de seu pai. “Na verdade, era muito rico, mas não avarento, antes pródigo; não ávido de dinheiro, mas gastador; negociante esperto, mas esbanjador insensato”.

Pessoas de má índole se aproximavam de Francisco. “Porque era principalmente por isso que muitos o seguiam, gente que fazia o mal e incitava para o crime. Cercado por bandos de maus, adiantava-se altaneiro e magnânimo, caminhando pelas praças de Babilônia”.

Por isso a Conversão de Francisco foi verdadeiramente um milagre de Deus. Uma ação da graça do Senhor. “Até que Deus o olhou do céu. Por causa do seu nome, afastou para longe dele o seu furor e pôs-lhe um freio à boca com o seu louvor, para que não perecesse de vez”.

Francisco foi transformado pela Graça de Deus para ser um ganhador de almas. Deus o salvou e transformou num Evangelista. Homem que foi missionário em sua época e levou muitas vidas a Cristo: “Desde então esteve sobre ele a mão do Senhor e a destra do Altíssimo o transformou para que, por seu intermédio, fosse concedida aos pecadores a confiança na obtenção da graça e desse modo se tornasse um exemplo de conversão para Deus diante de todos”. 

domingo, 17 de abril de 2011

Cronologia da Semana Santa

Francisco de Assis foi um homem apaixonado por Jesus. Seu grande segredo espiritual foi sua profunda intimidade com o Senhor Jesus. Sua principal reflexão era sobre o Sacrifício do Senhor Jesus. Desejo que esta semana nos ajude a crescer na graça e no conhecimento do sacrifício e amor do Senhor Jesus. 




DOMINGO DE RAMOS
Jesus viaja de Betânia, a 3 km de Jerusalém. Entrada de Jesus em Jerusalém Mateus 21.1-11









SEGUNDA-FEIRA Jesus protesta contra o comércio no templo em Jerusalém Mateus 21.12-13

Jesus ensina no templo em Jerusalém Mateus 21.28-23.29


TERÇA-FEIRA
Jesus prediz a data de sua execução e debate com líderes religiosos. Jesus é ungido em Betânia. Mateus 26.6-13











QUARTA-FEIRA Judas é contratado para trair. Jesus chora, no Monte das Oliveiras, a rejeição de Jerusalém e lamenta a destruição da cidade. Lucas 19.41-44




QUINTA-FEIRA
18 às 23h30min Última Ceia com os discípulos em Betânia Mateus 26.17-29
23h30min a Sexta-feira - 1h - Jesus no Jardim do Getsêmani Mateus 26.36-46




SEXTA-FEIRA 1h às 1h30min Jesus espera por sua prisão Mateus 26.36-46
1h30min às 3h Jesus passa pelo primeiro julgamento diante de Anás.
Jesus é atacado fisicamente.


Jesus passa pelo segundo julgamento diante de Caifás e da Corte do Sinédrio. Mateus 26.47-56
3h às 5h Jesus é preso no palácio de Caifás Mateus 26.57
5h às 6h Jesus passa pelo terceiro julgamento. Sai a decisão de pedir ao governo romano para matar Jesus - Mateus 27.1
6h às 7h Jesus passa pelo quarto julgamento diante de Pilatos, que afirma não ter encontrado pecado nEle.- Mateus 27.11-14
7h às 7h30min Jesus passa pelo quinto julgamento diante de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande, que tinha jurisdição sobre a Galiléia. Jesus se recusa a responder a qualquer questão e é devolvido rapidamente a Pilatos. Lucas 23.7-11
7h30min às 8h30min Jesus passa pelo sexto julgamento. Pilatos tenta repetidamente libertar Jesus, mas os líderes judeus não aceitam. Pilatos tortura fisicamente e bate em Jesus para satisfazer os líderes judeus, mas eles exigem sua crucificação.


Jesus acabou condenado. Mateus 27.26
8h30min às 9h Soldados de Pilatos pegam Jesus no tribunal -- Pretório -- e se divertem com ele, torturando-o e colocando uma coroa de espinhos na sua cabeça. Mateus 27.27-31



9h às 12h Jesus é forçado a carregar sua própria cruz para a crucificação no Calvário. Mateus 27.32-34



12h Jesus é crucificado Mateus 27.35-36 13h Jesus clama pelo Pai: "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" Mateus 27.46


15h Falecimento de Jesus Terremoto Mateus 27.51-52 Soldados furam o corpo de Jesus, mas não Lhe quebram as pernas João 19.34
18h Enterro de Jesus no túmulo de José de Arimatéia Mateus 27.57-66

terça-feira, 12 de abril de 2011

Semana Santa

A Semana Santa e a crucificação de Jesus tinha para Francisco um valor incomparável. Segundo alguns autores, quando Francisco de Assis via uma torre de Igreja com a linda cruz, ele ajoelhava e dizia: Senhor! Obrigado! Porque com a Tua Cruz Remiste o mundo!
Foi a imagem de Jesus na cruz que despertou a sua vocação. Ouviu o Senhor falar: Francisco! Restaura a minha Igreja que está em ruínas!
Hoje um dos grandes símbolos de Francisco é a Cruz de São Damião.
Mas qual o valor da Cruz para nós cristãos?

             Muitas pessoas desprezam o significado da Cruz. Outras tem até aversão ao símbolo da cruz. .
            Precisamsos entender o ensinamento do apóstolo Paulo quando diz que “a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (I Co 1. 18).
            Paulo diz que a palavra da Cruz é poder de Deus.
            Infelizmente muitas pessoas desconhecem esse poder.
            Quantos crentes até evitam falar no Cristo crucificado?
            Mas Paulo diz: “nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos”. (I Co 1.23).

            Observe: “pregamos (anunciamos)  a Cristo crucificado”.
            Pregar o Cristo crucificado é anunciar a história da morte de Cristo e mostrar o valor desta morte para a nossa vida.
            A crucificação de Cristo, assim como sua ressurreição, continua sendo o Poder de Deus para nos resgatar do pecado.
Nossa libertação e cura dependem da Cruz de Cristo.
            Diga: Eu dependo da Cruz de Cristo.
            A sexta-feira santa histórica foi um dia de vitória. Lá na cruz o Senhor triunfou e nos deu a salvação. Vamos entender  os motivos da Cruz de Cristo:

1. Na cruz, Deus se revelou ao homem (Mt 27.51).
            Ficamos conhecendo o amor de Deus na cruz.
Ali Ele apareceu para nós. Morrendo por nós. Amando-nos até o fim. Sendo nosso Cordeiro e nosso Salvador. O véu se rasgou na morte de Jesus na Cruz. A cruz abriu acesso ao Pai.
Hoje, pelo sangue derramado na cruz, podemos ir a Cristo e nos alegrar Nele.
            Quando você conheceu realmente o amor de Deus?

2. Na cruz, Deus tomou a iniciativa e entrou em ação a favor do ser humano (II Co 5.19; Lc 12.50).
            A iniciativa pela nossa Salvação veio de Deus.
Ele foi à cruz por nós. Ele nos amou primeiro. Ele quis nos resgatar na Cruz.

3. Na cruz, o Filho de Deus consumou sua identificação com o homem pecador (Is 53.12; Hb 2.11);
            Na cruz Jesus se identifica com a nossa humanidade caída.
Ali era o nosso lugar, mas Ele quis morrer por nós e ser semelhante ao homem pecador.
Essa identificação nos gera vida eterna e cancelamento de todas as maldições.

4. Na cruz, foi oferecido um sacrifício pelos pecados do mundo ( Mt 27.46; I Pe 3.18);
            Todos os nossos pecados foram cravados na cruz. Ali ficaram nossas enfermidades da alma, do corpo e do Espírito.
            Os nossos pecados foram eliminados na cruz.
            Hoje podemos deixar na cruz tudo que nos causa dor e mágoas.
            A cruz é lugar de remissão e perdão de pecados.

5. Na cruz foi oferecido um sacrifício expiatório (II Co 5.14);
            A palavra expiar significa “reparar”; “sofrer no lugar do outro”.
Lá era o nosso lugar. Nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados.
            Ele se ofereceu por nós, morreu por nós e nos resgatou.
            Ele tirou nosso pecado e nos declarou santos e justos.
            Quando que você sentiu-se perdoado de todos os pecados?

6. Na cruz o pecador é identificado com Cristo e a Ele unido (Gl 2.20).
            A cruz é o local onde nos unidos a Cristo. Somos unidos no seu sofrimento, na sua dor e na sua ressurreição.
Toda a maldição da lei é cancelada na cruz.
Gl 3.13 diz que o Senhor levou nossa maldição. Somos libertados pela vitória da cruz.
            Estamos mortos com Cristo e assim vencedores.
            Assim disse João Wesley: “Pois o que está morto com Cristo está livre da culpa do passado e do poder do pecado presente, como os mortos estão livres do comando dos seus antigos comandantes[1]”.

7. A ressurreição de Cristo
            A Morte não teve vitória sobre o Senhor Jesus. Ele triunfou na Cruz. O Túmulo ficou vazio. Hoje somos slavos e libertos porque Jesus morreu verdadeiramente e ressuscitou verdadeiramente. Adoramos o Cristo vivo que foi morte por nós e por nós derramou seu precioso sangue.
            O Túmulo vazio é a cosntatação de que Jesus é Deus, é vencedor, é soberano.
            Não existe nenhum obstáculo para aquele que venceu o obstáculo da morte.
            Jesus ressuscitou e triunfou para a nossa vitória eterna. Podemos cantar: Morte, onde está ó morte a tua vitória! (I Coríntios 15.55-57).

            Esta semana é especial. Podemos aproveitar a data para Evangelizar, cultuar e adorar ao Senhor.
            Nossa célula precisa estar sempre na alegria da Páscoa. Nossa mensagem é a Páscoa. Páscoa de Jesus da morte para a Vida.
            A Páscoa dos Judeus celebrava a saída da opressão do Egito.
A nossa Páscoa Celebra a ressurreição do Senhor e a nossa esperança num novo céu e uma nova terra. Celebramos a Páscoa de Jesus. A Nossa vitória!
Podemos falar como Francisco: Senhor Obrigado! Porque pela tua cruz remiste o mundo!


[1] Teologia de João Wesley p. 80

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Domingo de Ramos na Vida de Clara de Assis


Domingo de Ramos de 1212, no dia 18 de Março.
Nesta data Clara resolve assumir a vocação de intercessora diante de Deus. Conhece Francisco de Assis e seu ministério. Como pertencia a uma família Nobre, ele tinha naturalmente duas opções: Ou se casar com um homem rico e nobre ou ser Abadessa de um famoso mosteiro.
Clara escolhe o pior. Escolhe viver sem rumo como Francisco. Deus o leva a um ministério perpétuo de adoração e oração pela Igreja.
Sua fuga foi justamente no Domingo de Ramos.
A data quando a Igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém para sua última semana antes de sua dolorosa morte e gloriosa ressurreição.
No dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, Jesus entrou definitivamente na vida de Clara. Tem coragem para enfrentar os pais, o futuro, a sociedade. Sua vocação é forte e irresistível. Seria uma mulher pobre, casada com Jesus e vivendo o carisma de Francisco no ministério da Intercessão. Foi fiel ao seu ministério até a sua morte. O seu maior milagre foi ser uma serva de Deus.
Como evangélicos não cultuamos ou veneramos Clara. Nunca oramos para Clara, somente para a Trindade. Mas temos a alegria em ver Deus agindo em sua vida. Clara foi um exemplo de perseverança e fidelidade a oração e a pobreza. Viveu até a sua morte na Igreja de São Damião. Morre no dia 11 de Agosto de 1253.
Clara foi uma serva do Senhor que deixou exemplo de vida consagrada.
Jesus entrou triunfalmente em seu coração.
Já vivia em santidade, mas decide, na Missa de Domingo de Ramos dar o seu SIM definitivo ao Senhor Jesus.
Louvado seja o senhor Jesus!