Francisco pediu ao discípulo que o levasse em
sua barquinha a uma ilha do lago, onde não habitasse ninguém, e isto fizesse na
noite de Quarta-feira de Cinzas sem que nenhuma pessoa o percebesse. Francisco
só levou consigo dois pãezinhos.
E, chegando à ilha, Francisco lhe rogou por
favor que não revelasse a quem quer que fosse a sua permanência na ilha e só o
fosse procurar na Quinta-feira Santa; e assim o discípulo voltou para casa.
E Francisco ficou sozinho: e ali não havendo
habitação em que ficasse, entrou num bosque muito copado, no qual muitos
espinheiros e arbustos se reuniam a modo de uma cabana ou de uma cova, e
naquele lugar se pôs em oração e a contemplar as coisas celestiais.
E ali passou toda a Quaresma sem comer nem
beber, além da metade de um daqueles pãezinhos, conforme o que encontrou o seu discípulo
na Quinta-feira Santa, quando o foi procurar: o qual achou dois pãezinhos, um
inteiro e outro pela metade.
E depois, naquele lugar, onde Francisco
fizera tão maravilhosa abstinência, realizou Deus muitos milagres; pela qual
coisa começaram os homens a edificar casas e habitá-las; e em pouco tempo
construiu-se um bom e grande castelo e houve um convento de frades, o qual se
chama o convento da Ilha; e ainda os homens e mulheres daquela aldeia têm
grande reverência por aquele lugar, onde Francisco passou a sua Quaresma.
(Baseado no I Fioretti de São Francisco de Assis. Capitulo 07. Editora
Vozes-1985-Pg. 29-30).
Mas o que é Quaresma?
A primeira
Campanha de Oração da Igreja primitiva foi chamada de Quaresma. Eram quarenta
dias de oração e jejum pela santificação da igreja e das vidas que iriam ser
batizadas no domingo da Páscoa. Era uma caminhada de luta e oração. A quaresma
começa com a quarta-feira de cinzas e termina na semana Santa. Era um período
de consagração e Luta espiritual. Era uma campanha de Oração de conversão e
pelo arrependimento. Era uma luta contra a carne e contra as forças espirituais
do mal.
Todo cristão
vive em guerra espiritual. Existem forças malignas orientadas
pelo diabo para atacar e contra-atacar o cristão. Nesta guerra não podemos
lutar isolados. Necessitamos da igreja e da Unidade Cristã na nesta Luta
Espiritual. Esta é a orientação de Paulo aos filipenses. É sobre este assunto
que iremos refletir, lendo Filipenses 1.27-30.
I. Temos uma meta
Paulo diz que
os cristãos tem um projeto de vida. O projeto é viver a cima de tudo por modo
digno do evangelho (27).
O Evangelho de
Cristo apresenta normas de vida e conduta. O cristão vive como o Evangelho
descreve. Devemos viver de modo digno do Evangelho de Cristo. Nosso lema é:
Amar a deus sobre todas as coisas e o próximo como a nos mesmos. Cumprindo esta
máxima do Evangelho, seremos discípulos fiéis e preparados.
Você tem
conseguido viver de modo digno do Evangelho?
II. Temos um progresso para alcançar
Para que
soubesse que os filipenses estavam progredindo espiritualmente, Paulo exigiu
três posturas (27):
Firmes em um
só espírito: Nosso espírito é o Espírito de Cristo. É o Espírito de expressar
Cristo pela nossa unidade.
Com uma só
alma: Nosso ânimo é um só. Agradar a Deus. Glorificar o Pai, o Filho e o
Espírito Santo. Não temos outra intenção.
Lutando juntos
pela fé evangélica: A fé evangélica é levar vidas Cristo. Esta é a nossa meta.
Lutamos para levar vidas à fé em Cristo.
Nosso símbolo
de Unidade é a Igreja. Não podemos deixar o altar de Deus e a Santa Ceia. Nossa
unidade gera a vitória que necessitamos e faz com que progredimos na fé.
Você tem
progredido na fé?
III. Temos um combate pela frente
Paulo pede
para que os filipenses em nada estivessem intimidados pelos adversários (28).
Existem
adversários: O mundo, o diabo e a carne. Mas não podemos andar intimidades e
com medo.
Não precisamos
ficar com vergonha da fé evangélica diante do mundo e dos adversários. O que os
adversários entendem como perdição e loucura, para nós é salvação da parte de
Deus.
Ser discípulo
de Jesus é salvação e felicidade. Para o mundo é prisão e fanatismo. O mundo
não consegue enxergar a liberdade que temos em Cristo.
Neste combate
espiritual poderemos sofrer muito com as perseguições, chacotas e retaliações.
Mas Paulo diz que temos a graça de sofrer por Cristo, e não somente de crer
nele (29).
Os filipenses
tiveram um grande consolo: O combate dos filipenses era o mesmo combate de
Paulo (30). Estavam sofrendo com o apóstolo pelo progresso do Evangelho.
Você tem
sofrido como crente?
Conclusão:
Somos
livres e abençoados, mas precisamos perseverar na Unidade. A Igreja é a nossa
maior marca de unidade cristã. Não importam nossas diferenças, temos um só
espírito, uma só alma e uma só luta. Lutamos para salvar as pessoas da morte e
do inferno. Lutamos para dar dignidade e salvação a todas as pessoas. Não
desistimos das pessoas. Cremos na obra de Deus. Cremos no Encontro com Deus.
Cremos que no Senhor, as pessoas são salvas e transformadas. Louvado seja o
Senhor.
Como
Francisco, devemos reservar os dias da Quaresma para orar pelas conversões e
pela santificação da Igreja de Cristo na face da terra.
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