quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Franciscanos Protestantes e o início da Reforma de Francisco

Amados e Amadas do Senhor.


              Coloquei alguns links da Sociedade de São Francisco da Igreja Anglicana. Tem fotos e textos lindos. Navegando pelo Google Chrome você tem a tradução de todas as páginas dos textos em outros idiomas.
              No final coloquei um vídeo do Filme Irmão Sol e Irmã Lua onde Francisco encontra com a igreja de São Damião totalmente destruída. Ali ele recebe de Deus o chamado para reconstruir a Igreja. A partir dali, Francisco passa a ser um dos grandes reformadores da História da Igreja.    

Irmãos da Sociedade de São Francisco (Primeira Ordem):
- Europa - http://www.franciscans.org.uk
- América - http://www.s-s-f.org
- Austrália - http://www.franciscan.org.au
- Nova Zelândia - http://www.franciscan.org.nz
- Coréia do Sul- http://www.francis.or.kr
- Brasil - http://www.ssf.org.br
Irmãs da Comunidade de São Francisco (Primeira Ordem):
- Província  das Américas - http://www.communitystfrancis.org

Terceira Ordem:
- Província  Européia - http://orders.anglican.org/tssf/
- Província  das Américas - http://www.tssf.org
- Província  da Austrália e Nova Zelândia - http://www.tssf.org.au

Associados:
- Província  das Américas - http://www.ssf-associates.org

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Oração de Francisco de Assis, cantada por Angelina, EWTN

Oração de Francisco de Assis, cantada por Angelina, EWTN



Este vídeo foi filmado na cidade natal de Francisco de Assis, na Itália. 
Angelina escreveu: "Foi uma honra para mim ser capaz de filmar em tais lugares onde São Francisco andou e pregou o Evangelho aos pobres desta terra".
As imagens são lindas. Nos levam de volta a Assis. É uma linda Música com a oração "Fazei de Mim um instrumento de sua paz". Esta oração é de amor ao Senhor e de total consagração ao Evangelho. Vale apena ouvir em oração. 


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dia de São Francisco de Assis

Hoje é comemorado o dia de Francisco de Assis. No dia 3 de outubro de 1226, à tarde, Francisco morreu cantando. Era um sábado. No domingo, o dia seguinte, 4 de outubro, é sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis, mas o cortejo fúnebre passa antes pelo mosteiro de São Damião, para a despedida de Clara.
No dia do seu sepultamento é comemorado o seu dia. O dia que entrou no céu e encontrou o seu amado Jesus. Francisco foi um homem convertido a Jesus. Amava Jesus. Adorava Jesus. Aceitou Jesus como Senhor e Salvador. Viveu radicalmente por amor a Jesus e ao Evangelho de Jesus. Foi um crente fiel e um evangelista. Pregou o Evangelho integral e viveu o Evangelho na alegria do cotidiano.  Francisco foi evangélico na íntegra, pois viveu o Evangelho de Cristo. Foi considerado pela Revista Time, em uma pesquisa, a maior personalidade do segundo milênio. O que mais atrai no testemunho de Francisco é a sua alegria e liberdade. Foi um dos homens mais livres do cristianismo. Aceitou a liberdade integral de Cristo. Foi feliz com Jesus até a morte. Transformou-se num grande exemplo de fé. Um herói da fé. Um modelo de crente para nós evangélico-protestantes. Não adoramos Francisco. Não veneramos Francisco. Não oramos a Francisco. Não fazemos ladainha a Francisco. Mas temos Francisco de Assis como modelo de fé e vida. Modelo que merece ser seguido. Paulo disse: Sede meus imitadores, assim como eu sou de Cristo. Esta é a Visão da OFSE. Desejamos ser imitadores de Francisco, assim como ele foi de Cristo.
            Neste dia tão especial, Dia de Francisco de Assis, desejo compartilhar uma palavra da luterana Madre Basiléia, fundadora da Irmandade Evangélica de Maria. Madre Basiléia (uma grande crente e evangelizadora do século XX)
compartilha o seguinte no prefácio do seu livreto, O Mundo de São Francisco (não traduzido em português):
Em sua personalidade, seu caráter e sua vida descobri a mensagem do Evangelho: "Se não vos tornardes como crianças... Graças te dou, ó Pai, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos, aos fracos e ignorantes..."
“O cativante coração infantil e humildade de Francisco de Assis, que se tornaram a fonte de todo poder e autoridade no seu ministério por Jesus, tocaram o meu coração.
O ardente amor por Jesus, nascido do arrependimento, a estreita comunhão do coração com Jesus, quem é a fonte de toda a alegria. Tudo isso eu podia ver na vida de S.Francisco.
Isso fortaleceu em mim o desejo de amar mais a Jesus. Dos resultados da vida e discipulado de S.Francisco, percebi que somente o amor ardente por Jesus traz a solução para os problemas e dificuldades na Igreja e no mundo,  como foi demonstrado em certo sentido na sua época”.




Este foi o seu último cântico e seu mais famoso escrito:

Cântico de Frei Sol ou Louvor das Criaturas


Altíssimo, onipotente, bom Senhor, teus são o louvor, a glória, a honra e toda bênção (cfr. Ap 4,9.11). 
Só a ti, Altíssimo, são devidos; E homem algum é digno de te mencionar. 
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas (cfr. Tb 8,7), especialmente o senhor Frei Sol, que é dia e nos iluminas por ele. 
E ele é belo e radiante com grande esplendor; de ti, Altíssimo, carrega a significação. 
Louvado sejas, meu Senhor, pela Irmã Lua e as Estrelas (cfr. Sl 148,3), no céu as formaste claritas e preciosas e belas. 
Louvado sejas, meu Senhor pelo Frei Vento, pelo ar, ou nublado ou sereno, e todo o tempo (cfr. Dn 3,64-65), pelo qual às tuas criaturas dás sustento. 
Louvado sejas, meu Senhor pela Irmã Água (cfr. Sl 148, 4-5), que é muito útil e humilde e preciosa e casta. 
Louvado sejas, meu Senhor, pelo Frei Fogo (cfr. Dn 3, 63) pelo qual iluminas a noite (cfr. Sl 77,14), e ele é belo e alegre e vigoroso e forte. 
Louvado sejas, meu Senhor, por nossa Irmã a mãe Terra (cfr. Dn 3,74), que nos sustenta e governa, e produz frutos diversos e coloridas flores e ervas (cfr. Sl 103,13-14). 
Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam por teu amor (cfr. Mt 6,12), e suportam enfermidades e tribulações. 
Bem-aventurados os que as suportam em paz (cfr. Mt 5,10), que por ti, Altíssimo, serão coroados. 
Louvado sejas, meu Senhor, por nossa Irmã a Morte corporal, da qual nenhum homem vivo pode escapar. 
Ai dos que morrerem em pecados mortais! Felizes os que ela achar conformes à vossa santíssima vontade, porque a morte segunda não lhes fará mal! (cfr. Ap 2,11; 20,6) 
Louvai e bendizei a meu Senhor (cfr. Dn 3,85), e dai-lhe graças, e servi-o com grande humildade. 



Veja e ouça este Louvor na língua original de Francisco:


sábado, 2 de outubro de 2010

Franciscanos Evangélicos/protestantes da Alemanha

O texto abaixo foi copiado do site http://www.canaan.org.br/irmandade_irmaos.htm
O Ministério de Canaã é um ramo evangélico/protestante criado na Alemanha. As irmãs Madre Basilea e Madre Martyria eram Luteranas. Uniram-se a elas mulheres Batistas,  Metodistas, presbiterianas e de várias igrejas evangélicas. Este grupo permanece forte e tem um convento no Brasil, em Curitiba. São irmãs evangélicas que vivem e pregam o Evangelho de Cristo. 
               Em 1967 nasceu o ramo masculino. Este ramo vive ainda hoje o carisma de Francisco. É um grupo Franciscano. 
               Leia o belíssimo texto abaixo e depois assista o vídeo de Canaã no Brasil em oração e contemplação. 




Em meados da década de 1960, Deus mostrou que ali em Canaã haveria uma Irmandade de Irmãos, com a mesma vocação de servir em Canaã, no espírito do primeiro amor por Jesus.
 Assim como o nome “Irmandade de Maria” indica o objetivo espiritual de seguir a Jesus até a cruz, segundo o exemplo de Maria, a Sua mente, assim também São Francisco de Assis é, em sentido especial, o exemplo para os Irmãos Franciscanos de Canaã. Na vida de São Francisco podemos ver o sinal e as bênçãos de um homem dedicado a Deus, inspirando cristãos através dos séculos.

40º  Aniversário:
Repetidasvezes encontramos pessoas que olham interessadas para nós e reagem com surpresa, quando compartilhamos quem somos e o que fazemos: Oh, em Canaã existem Irmãos também? Nós não sabíamos!
Realmente existimos  já há 40 anos.  alguns de nós desde o início, mas a maioria veio mais tarde. Pelo fato de sermos apenas um pequeno grupo e não envolvidos tanto com o ministério ativo fora de Canaã, não somos tão conhecidos.
Assim, pois, o que leva um rapaz a fazer parte de uma comunidade, composta predominantemente por mulheres?
Acima de tudo, existe um chamado de Deus e Sua orientação na vida individual de cada Irmão. Cada um de nós poderia compartilhar pessoalmente a sua história de como descobriu o amor de Deus por meio de Jesus Cristo, e como tornou-se cada vez mais forte o anseio do seu coração: Quero amar a Jesus acima de tudo o mais, porque Ele me amou tanto. Em nossas fundadoras, Madre Basilea e Madre Martyria, bem como nas Irmãs, podíamos ver uma alegria tão radiante, que nenhum ser humano por si mesmo pode produzir. Será que isto seria também possível para nós, homens?
Por que existem apenas Irmãs de Maria? Por que não há Irmãos de Maria? Essa questão foi resolvida em 1967. Nessa época as duas madres da Irmandade Evangélica de Maria aceitaram alguns homens na comunidade como Irmãos Franciscanos de Canaã. Embora não tenhamos o mesmo nome, Maria, a mãe de Jesus, em sua vida singular de fiel discipulado, tem sido da mesma forma um exemplo brilhante para nós.
São Francisco! Quão fascinante é este homem simples e despretensioso de Assis. Muitos anos antes da fundação da nossa fraternidade, a vida e o exemplo de São Francisco tiveram um profundo significado para a Madre Basilea, abençoando-a ricamente. Ela compartilha o seguinte no prefácio do seu livreto, O Mundo de São Francisco (não traduzido em português):
Em sua personalidade, seu caráter e sua vida descobri a mensagem do Evangelho: "Se não vos tornardes como crianças... Graças te dou, ó Pai, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos, aos fracos e ignorantes..."
O cativante coração infantil e humildade de Francisco de Assis, que se tornaram a fonte de todo poder e autoridade no seu ministério por Jesus, tocaram o meu coração. O ardente amor por Jesus, nascido do arrependimento, a estreita comunhão do coração com Jesus, quem é a fonte de toda a alegria. Tudo isso eu podia ver na vida de S.Francisco. Isso fortaleceu em mim o desejo de amar mais a Jesus. Dos resultados da vida e discipulado de S.Francisco, percebi que somente o amor ardente por Jesus traz a solução para os problemas e dificuldades na Igreja e no mundo,  como foi demonstrado em certo sentido na sua época.
 Não podemos imaginar adequadamente a influência tremenda que Francisco exerceu em sua época. Dentro de alguns anos havia cerca de 5.000 homens que seguiam o seu exemplo. Anteriormente, ele tinha levado uma vida semelhante a muitos outros rapazes do seu tempo e, contudo, havia um grande anseio em seu coração por algo mais profundo e autêntico. No entanto, ele havia ignorado isso por muito tempo. Ele provavelmente percebeu que esse anseio interior não poderia ser satisfeito, sem antes desprender-se de várias outras coisas. Ele ouviu então o chamado extraordinário: Francisco, vá e restaura a Minha casa! Não era ele uma pessoa para quem a igreja significava tão pouco? Mas Francisco atendeu a esta voz e reconheceu Aquele que lhe havia falado: Jesus Cristo.
Até os dias de hoje este chamado também nos move profundamente: Vem, e segue-Me! Dessa forma, cada Irmão tem experimentado um chamado muito pessoal do Senhor, para responder ao Seu amor, deixando seu lar e familiares, e consagrando-se inteiramente a Jesus e à maneira como Ele nos dirige, e para alguns isto significou um vôo sobre o oceano.
Na sua carta do Jubileu de 60 anos, em 2007, as Irmãs compartilharam a respeito dos carismas originais (adoração, arrependimento, caminhos de fé, etc), que basicamente surgiram do caminho pelo qual foram conduzidas as nossas duas Madres. Na época em que nós, Irmãos, começamos a participar da comunidade, as Irmãs já haviam partilhado a vida comunitária durante vinte anos e colocado os alicerces para toda a nossa comissão. A nossa fundação não correspondeu a eventos tão dramáticos como a destruição da cidade de Darmstadt, a 11 de setembro de 1944, conforme nos relataram as Madres e Irmãs. Nem mesmo tivemos que construir nossa própria casa. Quando chegamos, Canaã estava praticamente estabelecida, embora no decorrer dos anos estivéssemos envolvidos em vários projetos de construção. Contudo, como poderemos continuar edificando sobre esses fundamentos, enquanto trabalhamos ao lado da Irmandade?
Mesmo nos primeiros anos da fraternidade, já estivemos envolvidos em alguma medida nos retiros  e serviços em outros lugares. Dessa maneira pudemos adquirir experiência em compartilhar a mensagem espiritual da nossa comunidade com outras pessoas, e ainda continuamos a ministrar aos nossos visitantes masculinos. Entretanto, na maior parte do tempo nossos talentos e habilidades foram aplicados principalmente em áreas técnicas, mecânicas e em jardinagem. Em todas essas atividades, a nossa vida espiritual tem crescido de maneira escondida. Debaixo das pressões do dia-a-dia, repetidamente elevamos as nossas falhas e insuficiências ao Senhor e experimentamos a cura para o nosso coração. Chegamos assim a conhecê-lO melhor e aprendemos como testemunhar das nossas experiências com Jesus. É um contínuo processo de crescimento, embora às vezes nos pareça que estamos regredindo. Entretanto, visto que o nosso Pai celestial cuida ternamente de nós, vivemos na expectativa de como Seus planos serão desenrolados para nós, e de como poderemos continuar complementando-nos como Irmãos e Irmãs.
Desejamos aceitar renovadamente esse desafio, em agradecimento por tudo que temos recebido das nossas Madres e Irmãs. Mesmo que a nossa vida em muitos aspectos não corresponda aos ideais dos tempos atuais, e não tenhamos muito para apresentar em termos de padrões terrenos, ainda assim desejamos cada vez mais tornar-nos canais úteis para o Senhor. Procuramos viver e andar no caminho do primeiro amor a Deus. Na verdade, para nós homens também, este é o caminho do amor nupcial por Deus, o amor profundo e exclusivo.
Deus tem nos carregado através de altos e baixos nos 40 anos passados, durante tempos de crescimento e ministérios específicos, mas também através de períodos de poda e redução. Alguns homens compartilharam a nossa vida comunitária por um período mais longo ou mais curto, sendo dirigidos então de maneira diferente. A sua saída muitas vezes foi dolorosa para ambas as partes. Mas nós confiamos no Senhor que Ele nos guiará ao longo do nosso caminho especial e incomum e nos sustentará para a Sua glória.
Se Francisco de Assis andava chorando pelas ruas no seu tempo, lamentando o amargo sofrimento do nosso Senhor, não deveríamos fazê-lo muito mais hoje, quando Ele raras vezes é tomado a sério? S.Francisco anelava de todo coração que Deus fosse reconhecido e amado, e que as pessoas deixassem seus velhos caminhos e tivessem um novo encontro com Deus.
Assim, nesse quadragésimo aniversário da nossa fundação, oramos para que que esse fervor de glorificar a Deus seja novamente despertado em nossa vida. Nos dias de hoje sofremos a dor pelo nosso mundo ímpio sem Deus. Entretanto, também nós, os cristãos, precisamos perguntar-nos onde temos obstruído ou obscurecido a visão das outras pessoas, porque as confundimos ou ferimos através da nossa imaturidade ou cristianismo superficial. Queremos viver hoje na presença de Deus a fim de testemunhar: ELE vive, ELE nos criou, ELE nos redimiu e ELE completará a obra que começou em nós. Que Ele guie a cada um de nós, e a muitos outros que O amam, para o alvo que Ele carregou por nós em Seu coração desde a fundação do mundo.

 Os Irmãos Franciscanos de Canaã
Endereço: Heidelberger Landstrasse 107, 64297 Darmstadt, Alemanha

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Vídeo dos Protestantes Franciscanos: São Anglicanos

Assista este vídeo protestante. São protestantes franciscanos desde 1909. São irmãos e irmãs da Igreja Anglicana. Um belíssimo Vídeo com uma linda Música Franciscana: Veja e ouça em Oração.

Você possui a Verdadeira Alegria?

Recentemente li na internet a discussão de dois grandes ícones da Teologia e do Protestantismo brasileiro. Discutiam e trocavam injurias. Dois grandes homens, mas que valorizavam o poder, a política, o discurso teológico, a aparência na internet e na televisão, mas demonstraram vazios de espiritualidade. Vazios de fé e da verdadeira alegria. Creio que a briga pela posição institucional é terrível. A instituição tem garras malignas. Fico triste em ver protestantes se auto-destruírem em agressões e pecados. Estes homens crentes demonstraram a vergonhosa briga pelo poder.

Você é cristão? Você tem a verdadeira alegria? Como você reage às acusações e as injúrias? Qual a minha e a tua reação diante da crítica?

Desejo ler novamente esta passagem de Francisco citada no Livro biográfico I FIORETTI DI SAN FRANCESCO. Esta passagem nos ensina o que é a verdadeira alegria:

Como, andando pelo caminho, São Francisco e Frei leão, expôs para ele coisas que são a perfeita alegria. 

Vindo uma vez São Francisco de Perusa para Santa Maria dos Anjos com Frei Leão, era tempo do inverno e o frio grandíssimo o cruciava fortemente. Chamou Frei Leão, que ia indo na frente, e disse assim: “Frei Leão, se acontecer, por graça de Deus, que os frades menores dêem em todas as terras grande exemplo de santidade e de boa edificação; apesar disso, escreve e anota diligentemente que não está aí a perfeita alegria”. 

E andando mais adiante, São Francisco chamou-o uma segunda vez: “Ó Frei Leão, ainda que o frade menor ilumine os cegos, estenda os encolhidos, expulse os demônios, faça os surdos ouvirem e coxos andarem, e os mudos falarem e, o que é coisa maior, ressuscite os mortos de quatro dias; escreve que não está aí a perfeita alegria”. 

E, andando um pouco, São Francisco gritou forte: “Ó Frei Leão, se o frade menor soubesse todas as línguas, todas as ciências e todas as escrituras, de modo que soubesse profetizar e revelar não somente as coisas futuras mas até os segredos das consciências e das pessoas; escreve que não está nisso a perfeita alegria”. 

Andando um pouco mais adiante, São Francisco ainda chamava forte: “Ó Frei Leão, ovelhinha de Deus, ainda que o frade menor fale com a língua do Anjo e saiba os caminhos das estrelas e as virtudes das ervas, e lhe fossem revelados todos os tesouros da terra, e conhecesse as virtudes dos pássaros e dos peixes e de todos os animais, e das pedras e das águas; escreve que não está nisso a perfeita alegria”. 

E andando ainda mais um pedaço, São Francisco chamou com força: “Ó Frei Leão, ainda que o frade menor soubesse pregar tão bem que convertesse todos os infiéis para a fé de Cristo; escreve que aí não há perfeita alegria”. 

E durando esse modo de falar bem duas milhas, Frei Leão, com grande admiração, lhe perguntou, dizendo: “Pai, eu te peço da parte de Deus que tu me digas onde há perfeita alegria”.

E São Francisco lhe respondeu: “Quando nós estivermos em Santa Maria dos Anjos, tão molhados pela chuva, enregelados pelo frio, enlameados de barro, aflitos de fome, e batermos à porta do lugar, e o porteiro vier irado e disser: Quem sois vós? E nós dissermos: Nós somos dois dos vossos frades. E ele disser: Vós não dizeis a verdade, aliás sois dois marotos que andais enganando o mundo e roubando as esmolas dos pobres; ide embora; e não nos abrir, e fizer-nos ficar fora na neve e na água, com o frio e com a fome até de noite; então, se nós suportarmos tanta injúria e tanta crueldade, e tantas despedidas pacientemente, sem nos perturbarmos, e sem murmurar dele, e pensarmos humildemente que aquele porteiro nos conhece de verdade, que Deus o faz falar contra nós; ó Frei Leão, escreve que aqui há perfeita alegria. E se, apesar disso, continuássemos batendo, e ele saísse para fora perturbado, e nos expulsasse como velhacos importunos, com vilanias e bofetões, dizendo: Ide embora daqui, ladrõezinhos muito vis, ide ao hospital, porque aqui vós não comereis, nem vos abrigareis; se nós suportarmos isso pacientemente, com alegria e com bom amor; ó Frei Leão, escreve que aqui há alegria perfeita. 

E se nós, mesmo constrangidos pela fome, pelo frio e pela noite, ainda batermos mais, chamarmos e pedirmos por amor de Deus com muito pranto que nos abra e nos ponha para dentro assim mesmo, e ele escandalizado disser: Estes são patifes importunos, eu os pagarei bem, como merecem; e sair para fora com um bastão cheio de nós, e nos agarrar pelo capuz e jogar por terra, e nos revirar na neve e nos bater nó por nó com aquele bastão: se nós suportarmos todas essas coisas pacientemente e com alegria, pensando nas penas de Cristo bendito, que temos que agüentar por seu amor; ó Frei Leão, escreve que aqui e nisto há perfeita alegria. 

E, por isso, ouve a conclusão, Frei Leão. Acima de todas as graças e dons do Espírito Santo, que Cristo concede aos seus amigos, está a de vencer a si mesmo e de boa vontade, por amor de Cristo, suportar penas, injúrias, opróbrios e mal-estares; porque de todos os outros dons de Deus nós não podemos nos gloriar, pois não são nossos mas de Deus, como diz o Apóstolo: Que é que tu tens que não recebeste de Deus? E se recebeste dele, por que te glorias, como se o tivesses por ti? Mas na cruz da tribulação e da aflição nós podemos nos gloriar, pois diz o Apóstolo: Não quero me gloriar a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. 

Texto do I FIORETTI DI SAN FRANCESCO  - Capítulo VIII.

Rev. Edson e Irmã Marisa – metodistas -  edsoncortasio@hotmail.com

Recado aos Teólogos e Evangelistas em Pecado

                   Francisco deixou um duro recado aos Teólogos Protestantes do Século XXI (os doutores das academias) e aos Pregadores Protestantes que arrebatam multidões (Os Evangelistas da Televisão). Pessoas que possuem títulos e resultados, mas trabalham com a intenção de pecado, mundanismo, poder, política e lucro por de trás da aparência de sucesso. Escute Francisco comigo. O Texto está registrado na Legenda Maior (LM VIII,2): 

             "Por isso dizia que era lamentável, porque destituído de verdadeira piedade, o pregador que em seu ofício não busca a salvação das almas mas o próprio louvor, ou que, com sua vida depravada, destroe o que edifica com a verdade da doutrina. Dizia que a um desses deveria ser preferido um frade simples e sem eloqüência, que provocasse os outros para o bem pelo bom exemplo.
             E assim explicava aquela palavra: 
A estéril deu à luz muitos filhos (1Re 2,5) dizendo: “A estéril é o frade pobrezinho, que não tem na Igreja o ofício de gerar filhos. 
             Ele vai dar à luz, no juízo, muitos filhos, porque o Juiz vai acrescentar então à sua glória os que está convertendo agora para Cristo com suas orações em segredo.
             Mas a que tem muitos filhos ficará estéril (cfr. 1Re 2,5), porque o pregador vazio e falador, que agora se alegra por ter gerado ele mesmo muitos filhos, vai saber, então, que não tem nada de seu com eles”. 



              Rev. Edson e Irmã Marisa - Metodistas - edsoncortasio@hotmail.com
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Conversões no Ministério de Francisco de Assis

Conversões no Ministério de Francisco de Assis

Francisco de Assis era um evangelista leigo. Através de sua vida milhares de pessoas se converteram a Cristo e passaram a viver a radicalidade do Evangelho. Desejo compartilhar vários testemunhos de conversões baseados nas primeiras biografias do século XIII
Neste texto veremos a Conversão de Frei Pacífico e a libertação espiritual de um frade. Estes textos foram baseados na legenda maior (LM IV,9; LM XI,11).

Conversão de Frei Pacífico
Um famoso compositor de canções profanas, que por isso tinha sido coroado pelo imperador e então era chamado rei dos versos, resolveu ir a Francisco. 
Encontrou Francisco pregando em certo mosteiro. Deus lhe deu uma visão sobre a pessoa de Francisco. Ele viu Francisco, marcado em forma de cruz por duas espadas atravessadas e muito brilhantes, uma das quais ia da cabeça até os pés e outra se estendia de uma mão a outra, atravessando o peito. 
          Assim ele reconheceu Francisco. Nunca tinha lhe visto antes.
          Foi convencido pelas palavras de Francisco e se converteu.
         Francisco viu a conversão sincera em sua vida e lhe chamou de Frei Pacífico, pois sentiu paz em sua vida. Frei pacífico foi o primeiro ministro franciscano na França. Foi um grande homem para a obra de Deus no século XIII.

Conversão de um Frei insubmisso por causa do demônio
Francisco teve várias experiências com relação a expulsão de demônios. Ele ministrava libertação. Seu ministério também era de oração e libertação, pela graça de Deus e o poder do nome de Jesus.
Certa vez Francisco ministrou uma disciplina sobre seus irmãos. Quando um deles, cobrindo-se com certo manto de defesa, não se submeteu à disciplina, Francisco, vendo isso em espírito, chamou um dos frades e lhe disse: 
“Irmão, vi o diabo nas costas daquele frade desobediente, apertando o seu pescoço. Submetido a esse cavaleiro, desprezou o freio da obediência e se entregou às rédeas do seu instinto. Quando eu roguei a Deus pelo frade, o demônio foi embora confuso na mesma hora. Vai, portanto, e diz ao frade que submeta sem demora o seu pescoço ao jugo da santa obediência!”. Avisado pelo intermediário, o frade voltou-se imediatamente para Deus e se lançou humildemente aos pés do vigário. 

Reflexões:

Frei Pacífico viu Deus na vida e Francisco. A conversão dele veio das palavras e da ação de Deus na vida de Francisco. As pessoas tem visto Deus em nossa vida? 



Na visão, Francisco estava traspassado pela cruz de Cristo. A cruz de Cristo já dominou toda a minha vida? Já tomei a cruz que Cristo e estou seguindo o mestre Jesus?



 O Frade desobediente tinha sobre sua vida uma carga de demônios. Temos sido insubmissos para com Deus e para com as pessoas que Deus coloca como líder em nossa vida?



A desobediência a Deus é fruto espiritual da ação de demônios. Como vencer o espírito da desobediência?




  1. Rev. Edson Cortasio Sardinha

       Pastor metodista
       edsoncortasio@hotmail.com

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Testamento de Francisco de Assis

O “TESTAMENTO” de Francisco de Assis.
Depois da Regra Bulada, o Testamento é o documento melhor e mais amplamente documentado de Francisco. Ninguém duvida de sua autenticidade. Apenas existe uma leve suspeita com os parágrafos 31 a 36.
 O próprio título Testamento procede do texto de Francisco. Sabe-se que Francisco o ditou em seus últimos dias, depois de ter discutido vários pontos com os frades.
Ele queria que fosse lido sempre depois da Regra, e isso sempre foi feito. Mas, desde o início, houve discussões a respeito do valor obrigatório desse documento.
Já o próprio Gregório IX declarou, em 1230, que o Testamento não era obrigatório.
Mas não há dúvida de que ele expressa de maneira muito candente, o pensamento de Francisco sobre a sua própria vida e a que Deus lhe havia inspirado para os Frades Menores.
Vamos estudar com detalhe e na íntegra o Testamento de Francisco:
Sua conversão, arrependimento e sua relação com os leprosos:
1 O Senhor assim deu a mim, Frei Francisco, começar a fazer penitência: porque, como estava em pecados, parecia-me por demais amargo ver os leprosos.
 
2 E o próprio Senhor me levou para o meio deles, e fez ter misericórdia com eles.
3 E afastando-me deles, aquilo que me parecia amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo; e depois parei um pouco e saí do século.

Sua oração nas igrejas:
4 E o Senhor me deu tal fé nas igrejas, que assim simplesmente orava e dizia:
5 Nós te adoramos, Senhor Jesus Cristo, também em todas as tuas igrejas, que estão em todo o mundo, e te bendizemos, porque por tua santa cruz remiste o mundo.

Seu amor pelos sacerdotes:
6 Depois o Senhor me deu e dá tanta fé nos sacerdotes, que vivem segundo a forma da santa Igreja Romana, por causa de sua ordem, que, se me fizerem perseguição, quero recorrer a eles mesmos.
7 E se tivesse tanta sabedoria, quanta teve Salomão (cfr. 3Rs 4,30-31), e encontrasse sacerdotes pobrezinhos deste século, nas paróquias onde moram não quero pregar além da sua vontade.
8 E a eles e todos os outros quero temer, amar e honrar como a meus senhores.
9 E não quero considerar pecado neles, porque enxergo neles o Filho de Deus, e são meus senhores.
10 E o faço por isto: porque nada vejo corporalmente neste século do mesmo Filho de Deus, senão o santíssimo Corpo e o seu santíssimo Sangue, que eles recebem e só eles administram aos outros.
11 E esses santíssimos mistérios sobre todas as coisas quero que sejam honrados, venerados e colocados em lugares preciosos.
12 Os santíssimos nomes e suas palavras escritas, onde quer que os encontre em lugares ilícitos, quero recolher e rogo que sejam recolhidos e colocados em lugar honroso.
13 Também a todos os teólogos e aos que nos administram as santíssimas palavras divinas devemos honrar e venerar como a quem nos administra espírito e vida (cfr. Jo 6, 64).

Sua sabedoria e suas palavras
14 E depois que o Senhor me deu frades, ninguém me ensinava o que deveria fazer, mas o próprio Altíssimo me revelou que deveria viver segundo a forma do santo Evangelho.
15 E eu o fiz escrever em poucas palavras e simplesmente, e o senhor papa confirmou para mim.

Os primeiros discípulos:
16 E os que vinham tomar a vida davam aos pobres tudo que podiam ter (Tob 1,3), e estavam contentes com uma única túnica, remendada por dentro e por fora, com o cíngulo e as bragas.
17 E não queríamos ter mais.
18 Os clérigos dizíamos o Ofício segundo os outros clérigos, os leigos diziam: Pai-nosso (Mt 6,9-13); e ficávamos nas igrejas muito de boa vontade.
19 E éramos iletrados e súditos de todos.

Sobre o trabalho:
20 E eu trabalhava com minhas mãos (cfr. At 20,34), e quero firmemente que todos os outros frades trabalhem em trabalho que convém à decência.
21 Os que não sabem, aprendam, não pela cobiça de receber o preço do trabalho mas pelo exemplo e para repelir a ociosidade.
22 E quando não nos derem o preço do trabalho, recorramos à mesa do Senhor, pedindo esmola de porta em porta.

Sua saudação:
23 Uma saudação me revelou o Senhor, que disséssemos: O Senhor te dê a paz (cfr. 2Ts 3,16).

A vida dos frades:
24 Cuidem os frades que de nenhum modo recebam as igrejas, habitações pobrezinhas e tudo que para eles se constrói, se não forem como convém à santa pobreza, que na Regra prometemos, sempre aí se hospedando como forasteiros e peregrinos (cfr. 1Pd 2, 11).
25 Mando firmemente por obediência a todos os frades que, onde quer que estejam, não se atrevam a pedir letra alguma na Cúria Romana, por si ou por pessoa intermediária, nem para alguma igreja ou algum outro lugar, nem por aparência de pregação nem por perseguição de seus corpos;
26 mas onde quer que não forem recebidos, fujam para outra terra, para fazer penitência com a bênção de Deus.

Sobre a Obediencia:
27 E firmemente quero obedecer ao ministro geral desta fraternidade e ao outro guardião que lhe aprouver dar-me.
28 E de tal modo quero estar preso em suas mãos que não possa ir ou fazer mais do que a obediência e a sua vontade, porque é meu senhor.
29 E embora seja simples e enfermo, contudo sempre quero ter um clérigo que me faça o ofício como está contido na Regra.
30 E todos os outros frades tenham que obedecer assim aos seus guardiães e a fazer o ofício segundo a Regra.

O Zelo pela regra: (O seu zelo pela regra o faz intolerante para com a pessoa que não deseja segui-la fielmente. Será que Francisco foi de fato autor destes parágrafos? A princípio ele não queria regras para sua irmandade. Sua regra era somente o Santo Evangelho. Este zelo e esta intolerância levantam suspeitas da autenticidade desta parte do Testamento. Leia-o com atenção.)
31 E os que se descobrisse que não fazem o ofício segundo a Regra, e quisessem variar de outro modo, ou não fossem universais, cristãos (católicos no original), todos os frades, onde quer que estejam, sejam por obediência obrigados a, onde quer que encontrem algum desses, apresentá-lo ao custódio mais próximo desse lugar onde o tiverem encontrado.
32 E o custódio seja firmemente obrigado por obediência a guardá-lo fortemente, como um homem em prisão de dia e de noite, de modo que não possa ser arrancado de suas mãos, até que em sua própria pessoa o apresente nas mãos de seu ministro.
33 E o ministro firmemente esteja obrigado, por obediência a enviá-lo por meio de tais frades, que o guardem de dia e de noite como homem em prisão, até que o apresentem diante do senhor de Óstia, que é o senhor, protetor e corretor de toda a fraternidade.
34 E não digam os frades: "Esta é outra Regra", porque esta é uma recordação, admoestação, exortação e meu testamento, que eu, Frei Francisco, pequenino, faço a vós, meus irmãos benditos, para isto: para que mais cristãmente ( no original catolicamente) observemos a Regra que prometemos ao Senhor.
35 E o ministro geral e todos os outros ministros sejam obrigados por obediência a não acrescentar ou diminuir (cfr. Dt 4,2; 12,32) nestas palavras.
36 E tenham sempre este escrito consigo junto da Regra.

Sobre o uso deste testamento:
37 E em todos os capítulos que fazem, quando lêem a regra, leiam também estas palavras.
38 E a todos os meus frades, clérigos e leigos, mando firmemente por obediência que não ponham glosas na regra em nestas palavras, dizendo: "Assim devem entender-se".
39 Mas assim como o Senhor me deu de dizer e escrever simples e puramente a regra e estas palavras, assim simplesmente e sem glosa as entendais e com santas obras as guardeis até o fim.

Sua Bênção Final:
40 E todo aquele que observar estas coisas, no céu seja repleto da bênção do altíssimo Pai e na terra seja repleto da bênção do seu dileto Filho com o santíssimo Espírito Paráclito e todas as virtudes do céu e todos os santos.
41 E eu, Frei Francisco, pequenino servo vosso, tanto quanto posso vos confirmo por dentro e por fora esta santíssima bênção.