O Domingo na espiritualidade Franciscana é Metodista.
Na espiritualidade cristã, o Domingo sempre foi chamado de “o Dia do Senhor” (Ap 1.10). Ele recorda a ressurreição de Jesus, a vitória da vida sobre a morte e a inauguração de uma nova criação. Para nós, metodistas, o Domingo é mais do que um dia de descanso: é um memorial da graça, um tempo de culto, de comunhão e de renovação do coração na presença de Deus.
Quando olhamos para a vida de São Francisco de Assis, percebemos que ele também via no Domingo uma ocasião especial para louvar o Senhor. Tomás de Celano, em sua Primeira Vida, relata:
> “Ele honrava de modo especial o domingo, porque neste dia começou a nossa salvação. Dizia que todos os cristãos deviam se alegrar nele mais do que nos outros dias, pois nesse dia o Senhor, ressuscitando, encheu de alegria o céu e a terra” (1Cel 82).
Esse testemunho mostra como Francisco não apenas amava a criação e os pobres, mas também tinha consciência litúrgica: via o tempo como espaço de encontro com Deus. Para ele, o Domingo era uma festa da esperança, uma proclamação da vitória de Cristo, celebrada tanto no coração quanto na vida em comunidade.
Na tradição metodista, aprendemos com John Wesley que a graça de Deus é ordinariamente comunicada por meio dos meios de graça — e o culto dominical é central entre eles. É no Domingo que a comunidade metodista se reúne para ouvir a Palavra, cantar hinos, partilhar a Ceia do Senhor e renovar o compromisso com a santidade prática. Assim, o Domingo é um dia missionário, pois nos envia de volta ao mundo para vivermos a fé em amor.
O blog OFSE entende que celebrar o Domingo é também um exercício franciscano de simplicidade: parar as atividades comuns, alegrar-se no Senhor, reconhecer o dom da vida e renovar o compromisso com Cristo ressuscitado. Para Francisco, cada Domingo era uma antecipação do céu, e para nós, discípulos metodistas, também é um sinal escatológico, apontando para a plenitude do Reino de Deus.
Aplicação para hoje
1. Guardar o Domingo não como obrigação, mas como alegria do evangelho.
2. Viver o Domingo com gratidão pela criação e pela redenção.
3. Celebrar em comunidade, mas também cultivar um coração franciscano: simples, alegre e cheio de louvor.
Assim, unindo o testemunho de São Francisco à herança metodista, proclamamos: “Este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos e regozijemo-nos nele” (Sl 118.24).