quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Mensagem de Natal 2025 aos irmãos e irmãs da OFSE
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
“Preparai o Caminho do Senhor” (Is 40.3): Um Caminho Franciscano-Protestante para o Natal
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
VIDA DE ORAÇÃO!
EVANGELHO DE JOÃO 16,24
24- Até agora, não pedistes nada em meu nome.
Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja
completa.
É esta confiança maravilhosa que Cristo Jesus nos dá ao nos assegurar
que pedindo em seu nome, teremos nossas petições atendidas desde que
estejam em conformidade com a Santa Vontade do Pai que tanto nos ama!
Temos que ter fé e descansar em Cristo Jesus, pois desde sempre seu amor
por nós é infinito.
Amados irmãos e irmãs, lembremo-nos sempre que Deus nosso Pai nunca se
agrada da morte do ímpio sem salvação.
Saibamos pedir e pedir com amor por todos, pois cabe somente a Deus julgar
e temos nosso grande intercessor, Jesus Cristo!
Ainda no Evangelho de João 16-33, diz:
33- Eu vos disse estas coisa para que, em mim,
tenhais paz.
No mundo tereis aflições.
Mas tende coragem!
Eu venci o mundo.
Sim, com Cristo Jesus, venceremos nossas aflições e o encontraremos tendo uma
vida de oração.
Tendo uma vida de renúncias e entrega aos cuidados do Pai amado!
Somos de Deus!
Somos de Cristo Jesus!
Somos do Espírito Santo de Deus!
Paz e bem!
Frei Isaac do Sagrado Silêncio de Deus
OESI- ORDEM EVANGÉLICA DOS SERVOS INTERCESSORES
OFSE-ORDEM FRANCISCANA DOS SERVOS EVANGÉLICOS
VIDA DE ORAÇÃO!
EVANGELHO DE JOÃO 16,24
24- Até agora, não pedistes nada em meu nome.
Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja
completa.
É esta confiança maravilhosa que Cristo Jesus nos dá ao nos assegurar
que pedindo em seu nome, teremos nossas petições atendidas desde que
estejam em conformidade com a Santa Vontade do Pai que tanto nos ama!
Temos que ter fé e descansar em Cristo Jesus, pois desde sempre seu amor
por nós é infinito.
Amados irmãos e irmãs, lembremo-nos sempre que Deus nosso Pai nunca se
agrada da morte do ímpio sem salvação.
Saibamos pedir e pedir com amor por todos, pois cabe somente a Deus julgar
e temos nosso grande intercessor, Jesus Cristo!
Ainda no Evangelho de João 16-33, diz:
33- Eu vos disse estas coisa para que, em mim,
tenhais paz.
No mundo tereis aflições.
Mas tende coragem!
Eu venci o mundo.
Sim, com Cristo Jesus, venceremos nossas aflições e o encontraremos tendo uma
vida de oração.
Tendo uma vida de renúncias e entrega aos cuidados do Pai amado!
Somos de Deus!
Somos de Cristo Jesus!
Somos do Espírito Santo de Deus!
Paz e bem!
Frei Isaac do Sagrado Silêncio de Deus
OESI- ORDEM EVANGÉLICA DOS SERVOS INTERCESSORES
OFSE-ORDEM FRANCISCANA DOS SERVOS EVANGÉLICOS
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
A Espiritualidade da Franciscana Isabel da Hungria
Nessa situação, mandou cantar um Te Deum, para agradecer a
Nosso Senhor a graça de sofrer em união com Ele.
Texto baseado em: QUEIROZ, Antonio. Revista Arautos do Evangelho, Nov/2004, n. 35, p. 22 à 25)
O Presépio de Greccio – Releitura Protestante da narrativa de Tomás de Celano
O Presépio de Greccio – Releitura Protestante da narrativa de Tomás de Celano
Era tempo de Natal. Francisco, servo do Senhor, desejava celebrar o nascimento do Salvador de modo profundamente espiritual.
Dizia ele aos irmãos:
“Quero trazer à memória o nascimento do Senhor Jesus em Belém; quero contemplar, com os olhos da fé, a humildade daquele Menino que se fez carne por nós; quero recordar o modo como foi deitado numa manjedoura, entre o boi e o jumento, para que jamais esqueçamos o amor de Deus que se fez pobre para nos enriquecer com a sua graça.”
Com o coração ardente, pediu que num bosque de Greccio fosse preparado um lugar simples, com feno e uma manjedoura, e que se colocassem ali os animais do campo. Não se tratava de um espetáculo, mas de uma oração viva, um Evangelho em imagem, para reacender no povo o amor por Cristo encarnado.
Chegada a noite de Natal, irmãos e irmãs das vilas vizinhas subiram ao monte com tochas e cânticos. A luz das chamas iluminava o escuro da montanha como se o próprio céu descesse à terra. Todos se reuniram ao redor da manjedoura, e Francisco, cheio de alegria, contemplava aquele sinal: o Verbo feito carne, o Senhor da glória deitado no feno.
Ali, na simplicidade daquele lugar, a Palavra foi lida e proclamada. Francisco falou do Rei que veio pobre, do Criador que se fez criatura, do Senhor que desceu para servir. Sua voz tremia de emoção, e muitos choravam, pois compreendiam que o Salvador nasceu não em palácios, mas entre os humildes, para redimir os pecadores e reconciliar o mundo com Deus.
Entre os presentes, um dos irmãos teve uma visão interior: parecia-lhe ver o Menino Jesus deitado na manjedoura, e Francisco o tomava com ternura, como quem desperta alguém do sono. E compreendeu-se que o sentido dessa visão era espiritual: por meio do testemunho de Francisco, o amor por Cristo adormecido em muitos corações foi despertado novamente.
Desde então, Greccio tornou-se símbolo de renovação espiritual, lembrando a todos que o verdadeiro Natal acontece quando Cristo nasce no coração de quem crê.
E ali, onde antes havia apenas feno e silêncio, ergueu-se o louvor do povo que compreendeu o mistério:
“O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1.14).
Reflexão devocional
O presépio de Greccio nos ensina que o Natal não é um enfeite, mas uma confissão: Deus veio habitar conosco.
A manjedoura é um altar da humildade divina, onde o Senhor da eternidade se curva para servir.
Assim, quando contemplamos o presépio, somos convidados não a adorar as formas, mas a adorar o Cristo vivo, o Emanuel, Deus conosco, que nasceu, morreu e ressuscitou por nós.
domingo, 2 de novembro de 2025
Comentário Devocional do Cântico das Criaturas - nos 800 anos.
Comentário Devocional do Cântico das Criaturas - nos 800 anos.
A criação que se torna oração
Por Ir. Rev. Edson — para a OFSE (Ordem Franciscana dos Servos Evangélicos)
O Cântico das Criaturas, composto por São Francisco de Assis em 1225, é mais do que poesia: é uma profissão de fé cósmica. Nascido do sofrimento e da contemplação, ele traduz o Evangelho em linguagem da criação. A OFSE, ao lê-lo em chave protestante, reconhece nele uma confissão que une o amor bíblico por Deus à gratidão pela obra de suas mãos.
“Altíssimo, onipotente, bom Senhor, teus são o louvor, a glória, a honra e toda bênção.”
Francisco inicia o Cântico com uma doxologia. Como nos salmos, o louvor não é opção, mas obrigação santa (Sl 150). A teologia reformada também começa aqui: Deus é o centro de toda glória. Como declara João Calvino (Institutas, I.1.2), “a verdadeira sabedoria consiste em conhecer a Deus e a si mesmo”. A OFSE reconhece que toda vocação franciscano-evangélica começa na contemplação do Altíssimo e termina no serviço humilde.
“Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o senhor irmão Sol...”
O Sol é símbolo da presença benevolente do Criador. Em Gênesis 1, o Sol e a Lua são servos de Deus, não divindades. Francisco, iluminado pela graça, os vê como irmãos. Lutero também afirmava que “todas as criaturas são máscaras de Deus” (WA 10/3, 392), isto é, instrumentos pelos quais Ele se revela. Assim, o servo da OFSE aprende a ver na natureza uma liturgia: cada raio de luz é um versículo do Evangelho natural que proclama a glória do Senhor (Sl 19.1).
“Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Lua e pelas estrelas...”
Francisco não adora os astros, mas adora o Criador que lhes deu ordem e esplendor. O monge Basílio Magno, em suas Homilias sobre a Criação (Hom. II), dizia: “Quando contemplas o céu, não te detenhas na beleza das estrelas, mas sobe em pensamento até o Criador.” A espiritualidade da OFSE retoma essa escada da contemplação: a beleza é um degrau, não o destino.
“Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão Vento, e pelo ar, e pelas nuvens, e pelo sereno e todo o tempo...”
Aqui se revela uma teologia da providência. Francisco louva o Deus que governa o clima, o invisível e o imprevisível. Em linguagem protestante, é o mesmo Deus que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons” (Mt 5.45). Louvar o vento é confiar na soberania divina em meio às mudanças — uma lição para cada servo evangélico que vive o ministério em tempos incertos.
“Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Água... pelo irmão Fogo...”
Francisco contempla a utilidade das criaturas. A água purifica e o fogo aquece — sinais sacramentais da graça. João Wesley, em seu Sermão sobre os Meios de Graça (Sermão 16), ensina que “Deus se comunica a nós por instrumentos materiais, simples e visíveis.” A natureza, portanto, é um sacramental do amor de Deus, e a OFSE vê nela uma escola de humildade e dependência.
“Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a Mãe Terra...”
A terra é fecunda e paciente, como o próprio Cristo que, no silêncio do túmulo, germinou a nova criação. O servo franciscano evangélico aprende a amar o chão que pisa e a cuidar dele como mordomo do Reino (Gn 2.15). Lutero escreveu que “o trabalho do camponês é tão santo quanto o do pregador, pois ambos servem à criação de Deus” (WA 15, 664).
“Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor...”
Aqui o cântico se eleva do cosmos ao coração humano. O perdão é o milagre moral da criação redimida. É neste ponto que Francisco encontra o Cristo crucificado. A cruz é o verdadeiro sol da alma, e a OFSE, ao contemplar esse versículo, recorda que o maior louvor é suportar as dores com paz e intercessão.
“Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a Morte corporal...”
Francisco encerra com um canto de esperança. Para o mundo, a morte é silêncio; para o servo de Cristo, é o último versículo de um salmo que termina em glória. Paulo declarou: “Morrer é lucro” (Fp 1.21), e Wesley reafirmou: “O crente morre cantando.” A espiritualidade franciscano-evangélica acolhe essa verdade: quem vive em louvor morre em adoração.
Assim, o Cântico das Criaturas é, para a Ordem Franciscana dos Servos Evangélicos (OFSE), uma lectio divina da criação — um salmo maior, onde tudo canta o Evangelho. Cantar este cântico é confessar que Cristo é Senhor do visível e do invisível, e que “nele tudo subsiste” (Cl 1.17).
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
o Cântico das Criaturas e a Reforma Protestante
O Cântico da Criaturas e a Reforma
A espiritualidade franciscana protestante do louvor
Por Ir. Rev. Edson — para a OFSE (Ordem Franciscana dos Servos Evangélicos)
Em 1225, São Francisco de Assis entoou o Cântico das Criaturas, também chamado de Cântico do Irmão Sol, oferecendo à Igreja um dos mais belos testemunhos da integração entre fé e criação. O texto, nascido da pobreza e da contemplação, tornou-se uma das expressões mais puras da teologia do louvor. O que muitos esquecem é que esse mesmo espírito atravessou os séculos e reencontrou sua voz na Reforma Protestante, quando o louvor foi novamente reconhecido como resposta livre e viva à graça de Deus.
A OFSE, como expressão contemporânea do franciscanismo protestante, lê o Cântico das Criaturas à luz da Escritura e da Reforma, reconhecendo que, tanto em Francisco quanto em Lutero, há uma mesma paixão pelo Deus encarnado e pela bondade de sua criação. Ambos reagiram à espiritualidade fria e distante do seu tempo. Francisco o fez saindo dos palácios para cantar com os pobres; Lutero, saindo dos claustros para cantar com o povo de Deus.
Martinho Lutero afirmou: “A música é dom de Deus, não invenção humana; ela expulsa o demônio e torna as pessoas alegres” (WA 50, 370). O Cântico das Criaturas reflete o mesmo princípio: a criação é uma sinfonia que louva o Criador. Assim como Lutero traduziu os salmos para que o povo pudesse cantar a fé, Francisco traduziu a criação em louvor para que toda a natureza se tornasse oração.
A teologia reformada da criação, expressa em João Calvino (Institutas, I.14.20), reforça essa mesma visão: “Toda a criação é um espelho no qual podemos contemplar a glória de Deus”. Francisco, sete séculos antes, já havia contemplado essa glória ao chamar o sol, o vento e a água de irmãos e irmãs. Na espiritualidade da OFSE, esses ecos se encontram — a humildade franciscana e a reverência reformada formam uma única melodia de adoração.
Mas o louvor franciscano-protestante não é apenas estético; ele é ético e missionário. Como recorda João Wesley, “a santidade não é outra coisa senão amor em ação” (Sermão 92, Sobre a Santidade Interior e Exterior). O cântico torna-se missão quando se transforma em cuidado, quando o servo evangélico vê no irmão, na criação e nos pobres o rosto de Cristo sofredor. Assim, o louvor se faz serviço.
A Ordem Franciscana dos Servos Evangélicos (OFSE) vive, portanto, essa herança de maneira encarnada: cantar é evangelizar, louvar é servir, contemplar é cuidar. No cântico e na cruz, o servo franciscano reconhece que “dele, por ele e para ele são todas as coisas” (Rm 11.36).
O Cântico das Criaturas, relido à luz da Reforma, é uma ponte espiritual entre Assis e Wittenberg. Em ambos, o Evangelho é redescoberto como liberdade e gratidão. Na OFSE, celebramos esse cântico não como relíquia medieval, mas como oração viva do coração protestante que crê, trabalha e louva — porque, em Cristo, “toda a criação geme e aguarda” (Rm 8.22), mas também canta a esperança de sua redenção.