O Encontro de Francisco e Clara
A Festa Ágape
Algumas igrejas cristãs, como a metodista, relembram a festa primitiva chamada Festa ágape. Hoje no ritual metodista temos um roteiro para esta graciosa celebração com Pão e Água.
Francisco também teve sua Festa ágape com Clara.
Francisco já havia feito um caminho de seis anos após a sua conversão quando recebeu Claro no seu ministério.
Assim escreveu Omer Englebert, em sua “Vida de São Francisco de Assis”: "Clara possuía grande bom senso, um coração afetuoso e fiel, uma doce e prudente obstinação, uma coragem que não recuava diante de nada. Tinha o dom de fazer-se amar e era tão persuasiva que Francisco, os cardeais e os papas acabavam cedendo ao seu parecer (...). Clara é uma crente de Jesus com as características mais nobres e encantadoras de que a história tem notícia.
Francisco deixou Clara caminhar e descobrir sua própria experiência com Deus. Clara foi morar
Omer Englebert diz: "Se, por vários anos, Francisco deixou de percorrer com a mesma assiduidade de antes o caminho que leva da Porciúncula a São Damião, foi sobretudo para instrução dos seus: "Não penseis, dizia aos que o censuravam, que meu amor por irmã Clara e suas companheiras tenha diminuído, mas é que devo servir-vos de exemplo. O ministério das irmãs somente devem exercê-lo aqueles que tenham demonstrado, através de longa experiência, possuir o espírito de Deus".
Um dia consentiu
- Então, pensais que devo jantar com ela?
- Seguramente! E ainda que te pedisse muito mais, tu devias lho conceder.
- Pois bem, se este é vosso parecer, concordo convosco. E para que seja maior o contentamento de nossa irmã Clara, tomaremos a refeição aqui na Porciúncula. Pois há muito tempo que ela vive reclusa
No dia combinado, Clara chegou acompanhada de outra irmã. Reviveu com carinho seus primeiros passos de consagração integral a Deus.
Francisco, que, segundo seu costume, fizera servir a mesa sobre o chão, sentou ao lado dela; os demais tomaram seus respectivos lugares e todos se dispuseram a comer. Mal, porém, haviam tomado os primeiros bocados, Francisco se pôs a falar de Deus e todos foram arrebatados em êxtase.
Logo, uma multidão acorreu ao convento. Eram habitantes de Assis, de Bettona e arredores que, vendo chamas sobre o bosque, acreditavam ter irrompido um grande incêndio
O documento biográfico intitulado “Fioretti” diz que foi tal a abundância de consolações espirituais, que Francisco, Clara e os demais irmãos mal tocaram nos alimentos, e vários deles não provaram sequer bocado.
O amor de Francisco e Clara era intenso. Eram irmãos na fé. Fortaleciam-se com palavras de poder e unção. Por isso, nas horas de desalento, lutas e de trevas, encontramos Francisco “regressando aos humildes muros de São Damião, berço de sua vocação, para buscar junto à sua filha espiritual o consolo e a confiança de que necessitava”.
“Francisco e Clara ensinam para nós que o humano se define
EDSON CORTASIO SARDINHA
[1] http://www.franciscanos.org.br/carisma/frei_vitorio/clara_francisco.php
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