Francisco, os Ladrões e os Leprosos[1].
Quando deixou a herança de seu pai, Francisco passou a andar com uma roupa pobre e velha. Andava cantando louvores a Deus em francês. Certa vez estava passando por um bosque louvando ao Senhor e foi atacado por ladrões.
Os ladrões perguntaram-lhe brutalmente quem era, e ele respondeu forte e confiante: “Sou um arauto do grande Rei! Que é que vocês têm com isso?”
Os ladrões, vendo que era pobre, bateram nele e o jogaram numa fossa cheia de neve, dizendo: “Fica aí, pobre arauto de Deus”.
Quando se afastaram, revirou-se na fossa e conseguiu sair, sacudindo a neve. Com alegria redobrada, começou a cantar em voz alta pelos bosques os louvores do Criador de tudo.
Chegando a um mosteiro, passou muitos dias na cozinha como servente, vestido apenas com uma túnica velha e vil. Quisera saciar-se com um pouco de caldo. Mas ninguém teve pena dele e não conseguiu sequer alguma roupa velha. Foi, na realidade, maltratado pelo mosteiro.
Saiu do mosteiro por causa da necessidade e foi para a cidade de Gúbio, onde conseguiu uma túnica com um de seus velhos amigos.
Algum tempo depois, quando sua fama de homem de Deus cresceu, o prior daquele mosteiro, recordando e compreendendo o que fora feito contra ele, procurou-o e pediu-lhe perdão por amor de Deus em seu nome e no dos monges.
Depois disso, transferiu-se para um leprosário.
Vivia com os leprosos, servindo com a maior diligência a todos por amor de Deus. Lavava-lhes qualquer podridão dos corpos e limpava até o pus de suas chagas. Sobre isso escreveu: “Como estivesse ainda em pecado, parecia-me deveras insuportável olhar para leprosos, mas o Senhor me conduziu para o meio deles e eu tive misericórdia com eles”.
Antes, ver os leprosos era tão insuportável que, em suas próprias palavras, tapava o nariz só de ver suas cabanas a duas milhas de distância.
Mas, um dia, quando, por graça e força de Deus, já sendo trabalhado pelo Senhor, encontrou-se com um leproso e, superando-se, chegou e o beijou.
A partir de então, foi ficando cada dia mais humilde e simples.
Tinha um carinho pelos pobres e os ajudava com muita misericórdia. Mesmo antes de ser totalmente transformado pelo Senhor. Sua vida foi uma conversão progressiva.
Houve um dia em que, contra seu costume, porque era muito bem educado, tratou mal um pobre que lhe pedia esmola. Mas logo, arrependido, começou a dizer consigo mesmo que era grande ofensa e vergonha negar a quem estivesse pedindo no nome de tão grande Rei, o que quisesse.
Resolveu que jamais negaria a quem lhe pedisse em nome de Deus o que estivesse ao seu alcance. Desejou seguir as palavras de Jesus: “Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te pedir emprestado” (Mt 5,42).
O segredo de Francisco foi sua conversão ao Senhor Jesus e ao Evangelho. Leu a Palavra de Deus e passou a crer e a viver o Evangelho. Foi um crente fiel ao Evangelho do Senhor.
Seu segredo foi aceitar Jesus como Senhor e Salvador. Jesus o transformou pela graça.
Oração: “Senhor Jesus! Entra na minha vida. Assim como o Senhor transformou Francisco num homem de Deus, transforme minha vida. Desejo ser o que o Senhor deseja que eu seja. Mude a minha vida e salve o meu coração. Eu necessito de Jesus Cristo. Jesus entra na minha vida e opere em meu ser hoje e para sempre”.
Rev. Edson Cortasio Sardinha - edsoncortasio@hotmail.com
Rev. Edson Cortasio Sardinha - edsoncortasio@hotmail.com
[1] Tomás de Celano – Vida I - Capítulo 7 - Como, preso por ladrões, foi jogado na neve, e como serviu os leprosos.
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